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segunda-feira, 2 de junho de 2014

RESENHA DO LIVRO – PERDIDOS NA TOSCANA


                               fonte da ilustração - gogle - página abaixo.
www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=fotos%20da%20toscana

Autor:   Affonso Romano de Sant´Anna        29052014


Resenha pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida

Editora – L&PM,  Porto Alegre-RS, ano 2009, 252 páginas – 1ª.edição

     Eu não conhecia o nome e a obra desse autor que para mim foi surpreendente.   Um dia, a convite do SESC de Maringá, fui a uma palestra e bate papo com autores e um dos dois palestrantes da noite era o poeta, doutor em letras, mineiro, ex-dirigente da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.   Autor de vasta obra entre livros em prosa e verso e ensaios.    Viajou por muitos países representando nosso País em conclaves envolvendo literatura.

     Perdidos na Toscana no sentido de deslumbramento com a beleza da região envolvendo paisagem, edificações, história do seu povo.
     Página 9 – Mântua.  Cita a Torre do Relógio, Palácio da Razão, Palácio Ducal e outros lugares.    Virgilio nasceu nas cercanias de Mântua.
     12 – Certaldo Alto – cidadezinha medieval onde Boccacio passou a infância.
     13 – San Geminiano – tem edifício de quatorze torres.  Eram antigamente setenta e duas torres, das quais restaram as quatorze atuais.    Segundo o autor do livro, este local foi a New York da Idade Média.
     13 – Arezzo – cidade de Petrarca.   Cidade do poeta Aretino, que também inventou as Notas Musicais da forma que hoje conhecemos.
     15 – Catedral de Milão – Igreja com 135 agulhas apontando para o céu.
     16 -    ...”Aristóteles quando dizia que a poesia essencializa mais os fatos que a história.”
     16 – Na livraria em Milão.   Disse que notou que o escritor da moda lá era o chileno Luis Sepúlveda.
     17 – O Teatro Scalla de Milão continua na ativa com música clássica.
     Índia
     18 – O número de dialetos na Índia é grande e as línguas são 18.  Ele cita que, ironicamente, o idioma inglês (do colonizador) acabou sendo útil aos povos da  Índia para se comunicarem entre si.
     21 – Velha Deli e Nova Deli.  Cidades densamente povoadas.   Fala inclusive do Forte Vermelho.
     Rússia
     58 – Cita o livro 1917 A Revolução Mês a Mês de autoria de A. Nenarokov
     59 – A cidade de Leningrado, após a queda do comunismo voltou a se chamar São Petsburgo.
     60 – O que fazer do Museu de Lênin.   O autor deste livro sugeriu que até fosse ampliado o citado museu para abrigar acervo do tempo do comunismo para preservação e estudos, além da visitação.
     65 – O autor faz inclusive uma provocação:   “Os ditadores estão acabando no continente, não é, Fidel?”
     Argentina
     70 – O episódio do soldado argentino que lutou na Guerra das Malvinas.   Bastante mutilado, manda carta à mãe dizendo que vai voltar para casa (ela não sabe das mutilações) mas com a condição que possa levar consigo – se ela aceitar – um amigo mutilado.   Ela não aceita.   Ele se suicida.
     Colômbia
     73 – Cidade de Medellín    (que pela  Wikipédia tem 2,2 milhões de habitantes e IDH Índice de Desenvolvimento Humano 0,8 – relativamente alto – qualidade de vida bom)
     Ele foi a um encontro de poetas em Medellín.   Ficou surpreso com o enorme teatro cheio e gente do lado de fora assistindo as palestras pelo telão.  Poesia!    Ele ficou surpreso inclusive pelo fato de que há três anos em relação à sua visita ao local, as guerrilhas e o narcotráfico tinham matado ao longo do tempo milhares de pessoas na região. 
     Irã
     79 – Visitou Teerã e algumas outras cidades do Irã que era a antiga Pérsia e tem muita história.    Ele falou um pouco do que é Teerã na atualidade.   Em 1979, o Irã tinha 49% de analfabetos.  Hoje (2004), o Irã tem 83% de leitores.    O Irã tem a metade da população do Brasil e lá há 1.500 bibliotecas espalhadas pelo país.   Na parte de cinema, eles tem vasta produção de renome internacional inclusive.  Só no ano de 1997 para ficar num exemplo, os filmes deles ganharam 118 prêmios internacionais.
     Citou o intelectual Avicena (ano 980 a 1037) que era filósofo, médico, que codificou toda a ciência árabe do seu tempo e interpretou a sabedoria grega.    (continua o texto)