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terça-feira, 26 de dezembro de 2017

DESAFIO AGRONÔMICO - ANOS 80 - UM ALENTO DO BRASIL RURAL

UM ALENTO DO BRASIL RURAL
Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
Conclui a minha graduação em Engenharia Agronômica na ESALQ-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - em Piracicaba-SP). Casualmente a escola é de 1901, bem anterior à USP (1934) à qual foi incorporada. Me formei em 1976, eu aos 26. 
Meu primeiro emprego no ramo foi em 1977 pelo Banco Mercantil de SP, na parte de projetos agropecuários, sediado em Umuarama-PR atuando numa região que ia até o Rio Piquiri. Curiosamente, toda a região Noroeste do PR onde se insere Umuarama é areião e o solo é complexo para agricultura por conta do risco de erosão. Predomina por lá a pastagem. Andando pouco mais de 30 km rumo a Assis Chateaubriand, há o rio Piquiri e do rio pra lá, a terra em geral é roxa e fértil, com menos risco de erosão. Região de lavouras e muita riqueza. E o Rio não só divide as terras mas também "divide" povos do Norte (que colonizaram inclusive o Noroeste do PR) do povo "do sul" que colonizou a região de Toledo/Cascavel e que chega até a barranca do Piquiri. O cenário é esse. 
Vou falar um pouco de como se fazia a cultura de trigo em 1977 na região, deixando claro que tive pouco contato com a cultura na época porque eu ficava do lado de cá do Rio, do lado de terras arenosas e pastagens. 
Nas poucas vezes que eu "pulava o rio Piquiri", constatava que o pessoal ainda não usava técnicas de controle de erosão adequadas e chegavam a fazer curvas de "nível" com gradiente, ou seja, de forma que a água que chegava nas curvas desciam no rumo da divisa da propriedade que comumente era estreita e comprida da estrada para o fundo. Nas divisas entre as propriedades, erosões pequenas e erosões grandes eram comuns e os córregos sofriam com isso, além de fauna e flora. Sem contar o risco de acidentes com máquinas. Na década de 80 começou com mais força a adoção de práticas de terraços em nível que retém a água na lavoura e não provoca erosão, principalmente quando associado a plantio direto na palha, sem aração do solo entre um plantio e outro. Aqui então já destaco o progresso trazido pela classe agronômica, no sentido de combater erosão e o plantio direto que mantém a matéria orgânica no solo.
Outra prática que ainda ocorria na região (e suponho que era prática meio generalizada) era, após a colheita do trigo, queimar a palha que ficava na roça para "facilitar" o preparo do solo. Era contra toda a teoria e prática agronômica, mas o povo usava. E para queimar a palha rasteira ao chão, o agricultor amarrava um arame comprido atrás do trator amarrado a um pneu velho que era incendiado e que era arrastado pelo campo, queimando e pingando borracha em combustão, espalhando o fogo na palha. Era de doer o coração. Logo a prática foi abolida com o trabalho de orientação Agronômica.
A semeadura do trigo ainda na época era feita por muitos agricultores no sistema "a lanço". Não era feito em linha, como geralmente é feita semeadura. O gasto de semente era enorme. Nas ocasiões de passar com trator e implemento para pulverizações nas lavouras, amassava-se grande quantidade de plantas. Era o que se tinha para "hoje" para muita gente de então. A boa técnica colocou o pessoal na semeadura em linha e houve ganho econômico e ambiental.
Um resumo da ópera: Num olhar do Conjunto da Obra nos 40 anos (1977/2017) podemos fazer um balanço positivo da evolução nos cuidados com o solo e o meio ambiente e ganhos em produtividade nas lavouras em geral e do trigo em particular, sempre tendo à frente o trabalho do Engenheiro Agrônomo e seus auxiliares técnicos por uma Agropecuária mais racional.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

FICHAMENTO DO LIVRO - MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA - Autor: Paulo Coelho

FICHAMENTO DO LIVRO – MANUSCRITO ENCONTRADO EM ACCRA – Autor:  Paulo Coelho           15-12-17    (editora Sextante – 2012 – 175 páginas)
Fichamento pelo leitor:   Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
Página 18 – Invasão da cidade de Jerusalém no ano de 1099...
     No livro se refere ao personagem chamado Copta, um grego que fala ao povo da cidade na véspera da invasão dos Cruzados.
     19 – O Copta acredita no “Moira”, um deus desconhecido...
     21 - ... partam para os quatro cantos do mundo...
     26 - ... nos libertamos da carne ...      
     28 -  Falando da guerra:   “Só é derrotado quem desiste.  Todos os outros são vitoriosos”
     31 – “A derrota é para os valentes.  Só eles podem ter a honra de perder e a alegria de ganhar”
     32 -  (opinião do que faz o fichamento -  o personagem prega o conflito e não menciona o mérito de evitar conflitos...)
     38 – Quem nunca está só já não conhece mais a si mesmo”
     39 – Sobre o amor - “Na solidão, entenderão e respeitarão o amor que partiu. Na solidão, eles saberão decidir se vale a pena pedir para que retorne, ou se deverão permitir que ambos sigam um novo caminho”.
     46 – (algo bizarro)...    “Não tente ser útil.  Tente ser você...”
     52 – (frase que pode ter sentidos positivos ou negativos) -    “Sonhar não implica riscos.  Perigoso é querer transformar os sonhos em realidade”.
     56 – “A fé mostra que em nenhum momento estamos sozinhos”.
     62-  O Copta, solicitado, fala sobre a beleza:   “... nos deixamos levar pelo julgamento alheio”.
     65 – Sobre o desencontro no amor:    “Tentaram imitar os outros, quando o Amor buscava algo original”.
     72 - ... no impenetrável plano de Deus, sabe que está no caminho correto”.
     (curioso que o próximo não entra na parada)
     75 -  “O amor é um ato de fé, e não uma troca”.

     77 -  “É melhor ter amado e perdido do que jamais ser amado”.      END