Total de visualizações de página

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

PRESTAÇÃO DE CONTAS - RELATÓRIO DA PREVI - ANO BASE 2017 - CURITIBA PR


         Local e data:   14-09-18 na GEPES do BB em Curitiba – PR
         Quem apresentou a Prestação de Contas:   O Diretor da PREVI Marcel Barros.  
         Anotações pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
         Havia ao redor de 75 pessoas (maioria aposentados) lá e o relatório se refere especificamente ao Plano 1.    Ontem foi a explanação do Plano Previ Futuro.
         O Diretor Marcio Moreira também estava presente para interagir na hora das perguntas ao fim da apresentação.
         Somos ao redor de 114.000 colegas no Plano 1, dos quais ao redor de 10.000 estão na ativa.
         Falou um pouco da Missão, Visão e Valores da Previ.
         Alguns números do superávit (ou déficit) levando em conta a linha de corte representada pela Meta Atuarial que é de INPC+ 5%.   
Ano
Superávit ou déficit
2010
22,6 bi +
2011
24,3 bi +
...

2015
16,1 bi neg
2016
13,9 bi neg
2017
4,3 bi neg
2018 (até julho)
8,9 bi neg



         Mostrou dados das 12 principais empresas das quais temos expressivo valor em ações com soma de 70 bilhões de reais nesse conjunto de empresas   (dados também disponível no site da Previ).   Destacou que muitas dessas ações são computadas por valor econômico e atualizadas uma vez por ano no Relatório.    Que muitas ações subiram no período e ainda seus reflexos positivos não estão nos números acima, que serão bem melhores na avaliação para balanço.     (eu vou pegar a cotação das ações dessas 12 companhias na base 31-12-17 e conferir a evolução para a atualidade e já dá uma tendência).
         Mostrou um gráfico de evolução positiva dos resultados da Previ de 2005 a 2017 com crescimento nominal de 308%, bem acima de outros indicadores do mercado.
         O cenário atual é de juros decrescentes.    A Previ tem optado por reduzir a Meta Atuarial porque o Plano 1 está maduro (quase todo mundo já aposentado).   Era de 6% + INPC e por etapas já passou para 5,75%, 5,5% e agora está em 5% + INPC.
         Em termos de gestão, disse que nosso Estatuto nos dá uma segurança muito grande.   Nossos representantes tem que ser funcionários há mais de 10 anos no BB para se candidatarem.    E temos estrutura segregada.    Quem elabora não executa e quem executa não administra.     Temos um corpo técnico qualificado e certificado e do nosso quadro de associados.
         Houve CPI dos Fundos de Pensão e o nosso foi aprovado sem problemas.  
         Nossa gestão é compartilhada 3 e 3, entre indicados pelo Banco e pelo voto dos funcionários e não há voto de minerva.   Tudo tem que ser via consenso.
         Destacou a preocupação com o Projeto de lei 268 (do Aécio) que foi aprovado por unanimidade e está na Câmara em regime de urgência.   É ameaça ao nosso plano porque obriga os planos terem gente “de mercado” na administração dos planos.  
         Transparência e o chamado Novo Mercado.     Todo mês a Previ envia por e mail aos associados, boletim com o desempenho do período e também tem dados no site dela.    A cada 2 anos, renova parte da diretoria da Previ.
         Planejamento Estratégico.     Horizonte de cinco anos com reavaliação anual das metas.   O atual é de 2018 a 2022.    Uma das metas é o fortalecimento na relação com os associados com soluções adequadas a cada segmento.     Meta de 95% de associados satisfeitos.     Meta de ter uma taxa de carregamento do plano de 3,5%.
         Meta de equilíbrio do Plano, que está com déficit nestes tempos recentes.
         Política de Investimentos
         Utilizam um horizonte de 7 anos.  Norma (4661)? Que rege esse tipo de plano.
         Decisão da Previ
         Reduzir nossa exposição à Renda Variável  (ações, etc)
         2018                                              2024
Renda Variável  48%             meta           31%
Renda Fixa        42%              meta           59%
         12 ativos maiores da Previ (ações de empresas) somam 70 bilhões de reais e 93% das nossas Rendas Variáveis.    Muito concentradas.
         Litel (Vale do Rio Doce)    30 bilhões
         Em 2017 vendemos 10,4 bi em ações e compramos 1,4 bi.
         Programa de Integridade.      Envolve ações de gestão de risco, capacitação, normas e procedimentos.   ANTES tínhamos papel de Ator  e agora passamos ao papel de Indutor em novas aquisições.
         Atualmente para investir, vamos ver o rating de governança adequado.  Só estamos investindo, por diretriz traçada, em empresas Risco A.   Que cumpre  de 89 a 100% dos parâmetros de governança exigidos pelo Novo Mercado  (B 3).
         Nossos ativos totais:   162,14 bilhões de reais.    (Previ)
         Na Litel  (Vale do Rio Doce) temos 30 bilhões de reais em ações.
         Na Litel nossos ativos estão na modalidade de valor econômico, sendo reajustado anualmente o seu valor de mercado nos balanços.
         Vendemos nossa parte na CPFL   Companhia Paulista de Força e Luz, parte das ações da Ambev e parte das do BB.   Soma:   10,4 bilhões.
         Há pouco tempo (passado contrato que engessava por 20 anos) em novo acordo Previ e Vale, temos liberada boa fatia da participação para vendermos quando for oportuno.   Dos 30,8 bilhões de reais, podemos vender até 16,3 bilhões.     Cada ação da Vale está atualmente na casa dos 55,00 reais.
         Vendemos nossa participação no complexo do Resort Costa do Sauipe da Bahia que nunca nos deu lucro.   Deixaremos de ter prejuízo.
         Vendemos nossa parte na CELESC Centrais Elétricas de SC.  Para empresa de Portugal.
         Neoenergia – aumentamos a participação nela que tem a espanhola Iberdrola no controle.   Atende parte da Grande São Paulo e algumas outras regiões.
         Invepar  -   Ações avaliadas anualmente no sistema de valor econômico.    Alguns problemas pois dentre as controladoras há a OAS que teve problema na Lava Jato e isso dificultou algumas atividades da empresa que contém vários tipos de ativos inclusive concessão no Aeroporto de Guarulhos, que é bem rentável.    Positivo o fato de ter empresas na Invepar que tem concessões rentáveis e de contrato de longa duração.
         Rendimento comparativo de ativos.
         Bradesco máster           rendimento anual          3,55%
         Bradesco “B”                “                                    3,08
         Bradesco “C”                ‘                                    3,65
         Brasilprev                     “                                    2,87 
         Itau                               ‘                                    3,72
         Plano 1 da Previ           “                                    5,95
         Notar que no mercado se fala em ineficiência em administrar fundos e que a solução seria contar com a competência do mercado.   No comparativo aí, nossa Previ tem feito gestão melhor que o mercado em si.
         Na modalidade dos nossos fundos comparáveis aos acima citados, em seis meses se os fundos estivessem nas mãos do “mercado” privado, teríamos deixado de ganhar 1,55 bilhão de reais, o que dá para pagar a folha de pagamento da Previ por 7 anos.
         Imóveis da carteira da Previ
         Nossa meta atuarial para aplicação em imóveis:    5,80%
         Rentabilidade alcançada em 2017                       6,97%
         Nas modalidades de Investimentos Estruturados e de Investimentos no Exterior, também estamos com resultados bem acima da meta estabelecida.
         Despesas Administrativas da Previ
Ano
Em milhões de reais
2013
371
2014
362
2015
338
...

2017
297
         A meta é reduzir para chegar com as Despesas Administrativas à taxa de 3,5% dos ativos.
         Ações Judiciais
         Há plano em execução para reduzir o número de ações judiciais.
Ano
Número de ações
2012
23,9 mil
2013
22,9
2014
22,0
2015
20,8
2016

2017
16,6


         Eventualmente alguns associados ou pensionistas morrem e os parentes não avisam a Previ e ela deposita mais alguns créditos na conta e depois tem que buscar isso de volta.
         Funcionários do Plano 1 ainda não aposentados – ao redor de 10 mil.
         Média atual das aposentadorias da Previ por funcionário:  R$.9.830,00.
         CAPEC – alerta -  atualizar dados dos beneficiários em caso de morte.  Nome, parentesco e CPF da pessoa.   Há muitos casos em que consta “a esposa” e tem colega que já está na segunda, terceira esposa...
         (um carioca colocou lá como beneficiário no seu seguro o time do coração dele:   Botafogo)
         Pagamentos efetuados aos associados/pensionistas em 2017:   12,229 bilhões de reais .
         As projeções do Plano 1 é que tenha que pagar aposentadoria até 2088.    O mais novo associado deste plano tem 45 de idade e é casado com uma mulher mais nova.
         Empréstimos Simples:    75.000 contratos em ser.
         CARIM  (empréstimo imobiliário):   3,59 bilhões de reais
         Número de contratos de imóveis da CARIM:   11.000
         Clube de Benefícios:   Sony, Chevrolet, Dell, Compra Certa, etc.
         Cartão Alelo – sem cobrança de anuidade.
         Eles tem um setor de Assessoria Previdenciária.  Tira dúvidas.
         No site da Previ, logo abaixo do cabeçalho dos ativos, tem local para clicar e abrem os ativos um a um, detalhados.    Eles tem APP para celular.
         Isto foi o que consegui anotar da forma que entendi.    Mais detalhes, é sempre bom dar uma lida no próprio site da Previ.     
         Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida, aposentado do BB.      Curitiba PR.      (41)  999172552      orlando_lisboa@terra.com.br
         Blog      www.resenhaorlando.blogspot.com.br
      Turismo (amador):    www.orlandolisboa.blogspot.com.br

         

domingo, 2 de setembro de 2018

RESENHA DA ENTREVISTA E ANÁLISE DE CENÁRIO NA 75ª SOEA EM MACEIÓ – AGOST0/2018

         Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

         Os participantes das falas:   Jornalista Marcelo Firmino, a Professora Cientista Política Luciana Santana e os políticos convidados: Ricardo Maranhão (ex funcionário da Petrobrás), José Tomas Nonô, Promotor Público aposentado e seis mandatos como deputado federal e a acadêmica de Engenharia e líder universitária Tainá (coordenadora do CREA Junior).
         SOEA Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, 75ª Edição
         Foi um tipo mesa redonda e houve outras falas, entre elas a do anfitrião Eng. Dacal que é o Presidente do CREA Alagoas.
         Palavras do Dacal -  Se referindo à revolução 4.0 da indústria, consta que apenas 2% das nossas indústrias estão preparadas para este desafio.   Há no Nordeste engenheiro recebendo salário de R$.2.900,00.    Um soldado em Alagoas recebe R$.3.900,00.     O salário do engenheiro no patamar citado, este não consegue nem comprar um livro técnico para reciclagem e nem participar de congresso da sua área.

         Fala da Cientista Política Luciana Santana:
         Estamos vivendo um período crítico em termos econômicos e políticos desde 2015.   Por outro lado, há alguns sinais de melhora na economia.
         Destacou o papel fundamental do Legislativo para reverter a má fase.  Espera-se que este setor passe a atuar de forma mais propositiva.   Ideal é que os eleitos para o Executivo e Legislativo estejam comprometidos de fato com um Brasil melhor.
         Os políticos no Brasil tem baixa credibilidade junto à sociedade.   Ela disse que há tendência de se reelegerem na Câmara Federal e Senado até 75%, o que não é nada animador.
         Os congressistas hoje (tanto na Câmara quanto no Senado) ao votarem, estão mais de olho na reeleição do que no que interessa ao Brasil e seu povo.
         Ela destaca que o voto criterioso é parte da estratégia cidadã.  Há que depois de eleger, acompanhar, cobrar, participar de conselhos, etc.    Hoje há mais ferramentas de denúncia e punição do faltoso que não faz o que promete na campanha.    As redes sociais são parte das ferramentas.
         O governador tem uma função importante nas diretrizes para o Estado.    Destacou também o clima de confronto que está na sociedade nestes tempos.  Uma forte polarização.    Na opinião dela, quem quer que seja o novo presidente, não conseguirá superar de vez essa polarização que divide a sociedade.
         Sobre um breve balanço das duas últimas décadas ela disse que vinhamos caminhando, depois paramos de caminhar e recentemente começamos dar passos para trás.
         A Engenharia pode focar inclusive na melhoria da qualidade da formação dos seus quadros.   No BR temos muitas obras paradas, o que é preocupante.    O mercado atualmente está com um pé atrás.   A partir de 2019, empossados os eleitos, há que se retomar a confiança e tocar os projetos.
         O fato de um dos candidatos à presidência ter o risco de não estar legalmente no páreo no dia da eleição aumenta a incerteza no mercado.
         O papel do judiciário preocupa.   Citou exemplos destes ministros indicarem ou vetarem ministros indicados para o Executivo.   Judiciário partidarizado na visão dela como Cientista Política.
         Por outro lado, ela diz que parte dos problemas irem parar no judiciário tem a ver com o fato de Executivo e Legislativo empurrarem problemas com a barriga (medo de decisões impopulares e temor de depois ter que enfrentar os eleitores) e repassarem os problemas ao judiciário.    Judiciário este que não tem sintonia com o povo.
         O ideal seria uma Reforma do Judiciário, mas vai mexer com peixes grandes.   Ela não vê chance disso acontecer por aqui.
         O nosso presidencialismo de coalizão vem aos trancos e barrancos, mas ela acha que ainda é menos ruim que o Parlamentarismo para o Brasil.
         Os mais de trinta partidos são um complicador para se construir consensos.
         Disse que recentemente caiu o percentual de indecisos em pesquisas de intenção de voto o que seria positivo.   Por outro lado, se abster de votar é se abster de tentar ajudar a administrar o País.       

         Nas considerações finais, recomenda a todos que pensem coletivamente e se comprometam com a participação para aperfeiçoar nossa vivência cidadã.