Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida
Os participantes das falas:
Jornalista Marcelo Firmino, a
Professora Cientista Política Luciana
Santana e os políticos
convidados: Ricardo Maranhão (ex
funcionário da Petrobrás), José Tomas
Nonô, Promotor Público aposentado e seis mandatos como deputado federal e a
acadêmica de Engenharia e líder
universitária Tainá (coordenadora do CREA Junior).
SOEA Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, 75ª Edição
Foi um tipo mesa redonda e houve outras falas, entre elas a
do anfitrião Eng. Dacal que é o Presidente do CREA Alagoas.
Palavras do Dacal -
Se referindo à revolução 4.0 da indústria, consta que apenas 2% das
nossas indústrias estão preparadas para este desafio. Há no Nordeste engenheiro recebendo salário
de R$.2.900,00. Um soldado em Alagoas
recebe R$.3.900,00. O salário do
engenheiro no patamar citado, este não consegue nem comprar um livro técnico
para reciclagem e nem participar de congresso da sua área.
Fala da Cientista Política Luciana Santana:
Estamos
vivendo um período crítico em termos econômicos e políticos desde 2015. Por outro lado, há alguns sinais de melhora
na economia.
Destacou o papel fundamental do Legislativo para reverter a
má fase. Espera-se que este setor passe
a atuar de forma mais propositiva.
Ideal é que os eleitos para o Executivo e Legislativo estejam
comprometidos de fato com um Brasil melhor.
Os políticos no Brasil tem baixa credibilidade junto à
sociedade. Ela disse que há tendência
de se reelegerem na Câmara Federal e Senado até 75%, o que não é nada animador.
Os congressistas hoje (tanto na Câmara quanto no Senado) ao
votarem, estão mais de olho na reeleição do que no que interessa ao Brasil e
seu povo.
Ela destaca que o voto criterioso é parte da estratégia
cidadã. Há que depois de eleger,
acompanhar, cobrar, participar de conselhos, etc. Hoje há mais ferramentas de denúncia e punição
do faltoso que não faz o que promete na campanha. As redes sociais são parte das ferramentas.
O governador tem uma função importante nas diretrizes para o
Estado. Destacou também o clima de
confronto que está na sociedade nestes tempos.
Uma forte polarização. Na
opinião dela, quem quer que seja o novo presidente, não conseguirá superar de
vez essa polarização que divide a sociedade.
Sobre um breve balanço das duas últimas décadas ela disse
que vinhamos caminhando, depois paramos de caminhar e recentemente começamos
dar passos para trás.
A Engenharia pode focar inclusive na melhoria da qualidade da
formação dos seus quadros. No BR temos
muitas obras paradas, o que é preocupante.
O mercado atualmente está com um pé atrás. A partir de 2019, empossados os eleitos, há
que se retomar a confiança e tocar os projetos.
O fato de um dos candidatos à presidência ter o risco de não
estar legalmente no páreo no dia da eleição aumenta a incerteza no mercado.
O papel do judiciário preocupa. Citou exemplos destes ministros indicarem ou
vetarem ministros indicados para o Executivo.
Judiciário partidarizado na visão dela como Cientista Política.
Por outro lado, ela diz que parte dos problemas irem parar
no judiciário tem a ver com o fato de Executivo e Legislativo empurrarem
problemas com a barriga (medo de decisões impopulares e temor de depois ter que
enfrentar os eleitores) e repassarem os problemas ao judiciário. Judiciário este que não tem sintonia com o
povo.
O ideal seria uma Reforma do Judiciário, mas vai mexer com
peixes grandes. Ela não vê chance disso
acontecer por aqui.
O nosso presidencialismo de coalizão vem aos trancos e
barrancos, mas ela acha que ainda é menos ruim que o Parlamentarismo para o
Brasil.
Os mais de trinta partidos são um complicador para se
construir consensos.
Disse que recentemente caiu o percentual de indecisos em
pesquisas de intenção de voto o que seria positivo. Por outro lado, se abster de votar é se
abster de tentar ajudar a administrar o País.
Nas considerações finais, recomenda a todos que pensem
coletivamente e se comprometam com a participação para aperfeiçoar nossa
vivência cidadã.
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