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domingo, 2 de setembro de 2018

RESENHA DA ENTREVISTA E ANÁLISE DE CENÁRIO NA 75ª SOEA EM MACEIÓ – AGOST0/2018

         Anotações feitas pelo Engenheiro Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida

         Os participantes das falas:   Jornalista Marcelo Firmino, a Professora Cientista Política Luciana Santana e os políticos convidados: Ricardo Maranhão (ex funcionário da Petrobrás), José Tomas Nonô, Promotor Público aposentado e seis mandatos como deputado federal e a acadêmica de Engenharia e líder universitária Tainá (coordenadora do CREA Junior).
         SOEA Semana Oficial da Engenharia e Agronomia, 75ª Edição
         Foi um tipo mesa redonda e houve outras falas, entre elas a do anfitrião Eng. Dacal que é o Presidente do CREA Alagoas.
         Palavras do Dacal -  Se referindo à revolução 4.0 da indústria, consta que apenas 2% das nossas indústrias estão preparadas para este desafio.   Há no Nordeste engenheiro recebendo salário de R$.2.900,00.    Um soldado em Alagoas recebe R$.3.900,00.     O salário do engenheiro no patamar citado, este não consegue nem comprar um livro técnico para reciclagem e nem participar de congresso da sua área.

         Fala da Cientista Política Luciana Santana:
         Estamos vivendo um período crítico em termos econômicos e políticos desde 2015.   Por outro lado, há alguns sinais de melhora na economia.
         Destacou o papel fundamental do Legislativo para reverter a má fase.  Espera-se que este setor passe a atuar de forma mais propositiva.   Ideal é que os eleitos para o Executivo e Legislativo estejam comprometidos de fato com um Brasil melhor.
         Os políticos no Brasil tem baixa credibilidade junto à sociedade.   Ela disse que há tendência de se reelegerem na Câmara Federal e Senado até 75%, o que não é nada animador.
         Os congressistas hoje (tanto na Câmara quanto no Senado) ao votarem, estão mais de olho na reeleição do que no que interessa ao Brasil e seu povo.
         Ela destaca que o voto criterioso é parte da estratégia cidadã.  Há que depois de eleger, acompanhar, cobrar, participar de conselhos, etc.    Hoje há mais ferramentas de denúncia e punição do faltoso que não faz o que promete na campanha.    As redes sociais são parte das ferramentas.
         O governador tem uma função importante nas diretrizes para o Estado.    Destacou também o clima de confronto que está na sociedade nestes tempos.  Uma forte polarização.    Na opinião dela, quem quer que seja o novo presidente, não conseguirá superar de vez essa polarização que divide a sociedade.
         Sobre um breve balanço das duas últimas décadas ela disse que vinhamos caminhando, depois paramos de caminhar e recentemente começamos dar passos para trás.
         A Engenharia pode focar inclusive na melhoria da qualidade da formação dos seus quadros.   No BR temos muitas obras paradas, o que é preocupante.    O mercado atualmente está com um pé atrás.   A partir de 2019, empossados os eleitos, há que se retomar a confiança e tocar os projetos.
         O fato de um dos candidatos à presidência ter o risco de não estar legalmente no páreo no dia da eleição aumenta a incerteza no mercado.
         O papel do judiciário preocupa.   Citou exemplos destes ministros indicarem ou vetarem ministros indicados para o Executivo.   Judiciário partidarizado na visão dela como Cientista Política.
         Por outro lado, ela diz que parte dos problemas irem parar no judiciário tem a ver com o fato de Executivo e Legislativo empurrarem problemas com a barriga (medo de decisões impopulares e temor de depois ter que enfrentar os eleitores) e repassarem os problemas ao judiciário.    Judiciário este que não tem sintonia com o povo.
         O ideal seria uma Reforma do Judiciário, mas vai mexer com peixes grandes.   Ela não vê chance disso acontecer por aqui.
         O nosso presidencialismo de coalizão vem aos trancos e barrancos, mas ela acha que ainda é menos ruim que o Parlamentarismo para o Brasil.
         Os mais de trinta partidos são um complicador para se construir consensos.
         Disse que recentemente caiu o percentual de indecisos em pesquisas de intenção de voto o que seria positivo.   Por outro lado, se abster de votar é se abster de tentar ajudar a administrar o País.       

         Nas considerações finais, recomenda a todos que pensem coletivamente e se comprometam com a participação para aperfeiçoar nossa vivência cidadã.

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