RESENHA DO LIVRO – A ARTE DE
ESCREVER (Primeira Parte) 01-12-2014
Autor: Schopenhauer (Arthur Schopenhauer – 1788 – 1860)
Resenha feita pelo Eng. Agr.
Orlando Lisboa de Almeida
(critério pessoal, sem
metodologia acadêmica)
Trata-se de uma edição de bolso
da editora L&PM – Porto Alegre – RS – 2014
P.12 – O livro “O mundo como
vontade e representação”. “As
principais referências do livro, que ele acabou de redigir em 1818, são Platão
e Kant, mas seu pensamento é marcado também pelo estudo da tradição indiana e
dos clássicos gregos e latinos”.
...”foi praticamente ignorado na época...”
12 -
Ministrou aulas (1820) na Universidade de Berlim e passou a dar aulas no
mesmo departamento em que
Hegel ocupava uma cátedra.
Hegel era da linha filosófica idealista, diferente da linha de
Schopenhauer, que se viu quase sem alunos no final do ano letivo (terminou o
turno com quatro alunos apenas).
Abandonou as aulas após esse revés.
13 – Em 1851 lança o livro Parerga und
Paralipomena (Acessórios e
Remanescentes) que lhe dá notoriedade.
Influencia artistas, escritores, filósofos das gerações seguintes como
Nietzsche, Wagner, Horkheimer, Thomas Mann, Tolstoi e Sartre, entre outros.
Sua influência foi marcante inclusive no
desenvolvimento da Psicologia. Thomas Mann num ensaio sobre o filósofo chega
a afirmar que “Schopenhauer, psicólogo da vontade, é o pai de toda a psicologia
moderna; dele se vai, pelo radicalismo psicológico de Nietzsche, em linha reta
até Freud”.
14 – Este livro em pauta é parte do
Parerga und Paralipomena. “...
diversos aspectos como a erudição, a escrita e o estilo, a leitura e os livros,
a língua e as palavras, a filosofia livresca e o pensamento próprio.”
19 – No capítulo Sobre a Erudição e os
Eruditos:
“É com esse objetivo que tal geração
freqüenta a universidade e se aferra aos livros, sempre aos mais recentes, os
de sua época e próprios para sua idade.
Só o que é breve é novo! Assim
como é a nova geração, que logo passa a emitir seus juízos.”
20 – A busca mais pela informação, não a instrução. “Não ocorre a
eles que a informação é um mero meio para a instrução...”
“Ah, essa pessoa deve ter pensado muito
pouco para poder ter lido tanto!”
...”sinto a necessidade de me perguntar se
o homem tinha tanta falta de pensamentos próprios que era preciso um afluxo
contínuo de pensamentos alheios.... (leitura).”
21 - ...”da clareza e a profundidade do
saber e da compreensão...”
21 - ...”um bom escritor pode tornar
interessante mesmo o assunto mais árido.”
21 – “elaborar novas e grandes concepções
fundamentais aquele que tenha suas próprias idéias como objetivo direto de seus
estudos, sem se importar com as idéias dos outros.”
22- “Não é possível alimentar os outros
com restos não digeridos, mas só com o leite que se formou a partir do próprio
sangue.”
23 – A ocupação - ...”se ocupe dele com amor...”
24 - ...”a inépcia é um direito de todos.
Em compensação, comentar a burrice e a maledicência é um crime...”
24 – “O grande público culto busca viver
bem e se distrair, por isso deixa de lado o que não é romance, comédia ou
poesia”. (isto dito em 1851).
25 – “A pessoa que ensina a ciência não e
a mesma que entende dela e a realiza com seriedade, pois a esta não sobra tempo
para ensinar.”
25 -
(negrito meu) “...é uma obrigação dos governos, que pagam as
academias, encarregá-las de investigar o assunto por meio de uma comissão, como
ocorre na França com casos de muito menor importância”. “Senão, para que existem essas academias
que se tornam tão amplas e abrigam tantos imbecis sempre a se vangloriar?”
27 – “Em todo o caso, o erudito alemão
também é pobre demais para ser honesto e honrado”. ...”qualquer coisa é melhor do que dizer
a verdade e contribuir para o trabalho dos outros – são esses o seu
procedimento e o seu método”.
...”sem nenhuma consideração pelo bem
comum...”
....”única coisa com que todos
estão de acordo é não deixar que desponte uma cabeça realmente eminente quando
ela tende a se destacar.... representaria
um perigo para todos ao mesmo tempo”.
29 -
“...eruditos independentes tem...
vantagens relativas ao reconhecimento por parte da posteridade... exige certo ócio e uma certa independência”
29 – Para os medíocres da academia. “.. a forragem da cocheira dos professores
é a mais apropriada para esses ruminantes.”
29 – “ Cada geração que passa rapidamente
alcança, de todo o saber humano, somente aquilo que ela precisa. Em seguida desaparece. A maioria dos eruditos é superficial. Segue-se cheia de esperanças, uma nova
geração que não sabe nada e tem de aprender tudo desde o início; de novo ela
apanha aquilo que consegue ou aquilo de que pode precisar em sua curta viagem,
depois desaparece igualmente.”
30 – Empreendimento científico -
...”deve-se dedicar apenas a um campo específico, sem dar importância para todo
o resto”. (ele faz ressalvas a
isso) “Com isso veremos eruditos que,
fora do seu campo específico, são verdadeiras bestas”.
31 – “Em contrapartida, a verdadeira
formação para a humanidade exige universalidade e uma visão geral...”
33 – “Isso mostra que os críticos também
são uns ignorantes, ou estão mancomunados com os responsáveis pela publicação,
ou então com os editores.”
35 – O autor defende o conhecimento do
Latim, do grego, etc.
“... Bacon de Veralam traduziu ele mesmo
seus ensaios para o latim...”
36 – Ele propõe que deveria estar em
lei...
“A melhora da qualidade dos estudantes...
deveria ser determinada...
Nenhum deles teria permissão para
freqüentar a universidade antes de completar vinte anos, idade em que passaria
por um examen rigososum nas duas línguas antigas (latim e grego) antes de fazer a
matrícula.
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