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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
RESENHA DO LIVRO - CHATÔ - O REI DO BRASIL (PARTE III)
(resenha sem perfil acadêmico - por Orlando Lisboa Almeida)
Página 219 - A morte de João Pessoa. Foi crime passional ocorrido lá na Paraíba, mas a Aliança Liberal fez um bafafá para dar contornos políticos ao caso. Embalsamaram o corpo e trouxeram para o Rio de Janeiro (capital Federal) para levantar o povo contra o governo federal, culpando este pela morte, e tentando dar um golpe para não assumir Julio Prestes que ganhou a eleição.
248 - Os revolucionários gaúchos prometeram amarrar seus cavalos no obelisco da Avenida Rio Branco no Rio de Janeiro e três semanas depois, conseguiram o feito.
249 – Chatô dizia que queria aprender a ser um caudilho. (Vargas foi um)
250 - A pequena cidade de Senges-PR, vizinha da fronteira com São Paulo – 5 km perto de Itararé-SP. Em Senges, estacionadas tropas revolucionárias e em São Paulo, tropas legalistas.
258 – Chatô pergunta ao “ditador” Vargas se ele não deixa um pouco dos seus tenentes que estão sempre do seu lado. Vargas responde: “Prefiro conviver com estes tenentes a ouvir os políticos da Aliança Liberal e suas questiúnculas pessoais”.
261 – Nasce de uma expressão o nome do grupo empresarial do Chatô. “Diários Associados”. (Consta que das poucas empresas que restaram do grupo, a de maior destaque na atualidade – 2015 – seria o jornal Correio Brasiliense)
262 – A Revolução de 30 fechou o Congresso Nacional.
270 - Fala um pouco das obras de infraestrutura feitas no BR pela canadense Light: obras como Ferrovias (incluindo a polêmica Madeira-Mamoré) , portos diversos, colonização do Vale do Rio do Peixe (SC), etc. Levou Osvaldo Cruz, nosso grande médico-cientista sanitarista para sanear Guajará-Mirim – AM.
292 - Chatô, brigado com o governo Vargas, sendo deportado no navio japonês e o bafafá que apronta para abortar a viagem. Consegue abortar a viagem.
301 – Chatô ficou preso político no RJ por um mês e meio.
301 – A Revolução Paulista foi de 09-07 a 02-10.
301 – Nas refregas que Chatô teve por razões políticas, saquearam sua mansão no RJ e de tudo o que ele mais lamentou foi o saque de telas de vários pintores.
322 – Prisões em São Paulo - ele destaca o paradoxo dos nomes das prisões, que levam os nomes dos respectivos bairros. Paraíso e Liberdade.
322 – Chatô ajudou a fundar em 1933 a Escola de Sociologia e Política de São Paulo.
326 – Fala de empresários chegados da Europa por via aérea pelo Dirigível Zeppelin. Este que fazia vôos regulares entre Europa, USA e BR inclusive.
337 – O jornalista e cronista capixaba Rubem Braga era irreverente e anticlerical. No dia de S.Sra.de Lourdes, padroeira de BH, ele escreveu artigo que foi considerado desrespeitoso à padroeira.
352 – Anos 30. Coqueluche da publicidade no BR. Indústria lança o Toddy no BR e na propaganda tem que explicar o que é o produto. Na época também o lançamento dos cheques bancários no BR. Em 1935 foi inaugurada a Radio Tupi no RJ. Chatô trouxe para o ato inaugural da Radio Tupi nada menos que o inventor Gugliermo Marconi.
367 – Fala dos anos 60 e progressos na agropecuária. Irrigação, produção de cafés finos, inseminação artificial em bovinos, algodão de fibra longa. Centro de pesquisa na Fazenda Queluz, município de Capirari-SP.
377 – Os Integralistas planejavam “empastelar” o jornal de Chatô. Era invadir, quebrar tudo. Houve vários episódios desse tipo com jornais dele e de outros por questões políticas.
381 – Rotisserie Americana, estabelecimento comercial famoso na época, no RJ, Rua do Ouvidor.
394 – Chatô com sua influência, consegue a doação de 100 aviões pequenos para treinamento de pilotos, tudo num prazo de dois meses. Ele na verdade chantageava os empresários (que sempre tinham rabo preso) e conseguia os aviões para doação a clubes de pilotagem pelo país afora. Tudo com inaugurações, festas e discursos.
396 – Entra na briga a feminista Berta Lutz no RJ.
408 – Chatô conseguiu duas leis do Getulio Vargas só para resolver seu caso de família. A primeira foi para legalizar sua filha Tereza e para retirá-la da mãe. A segunda lei para ele conseguir o pátrio poder sobre a filha em detrimento da mãe. Na sequencia, tentou a expulsão da mãe da sua filha do Brasil, sendo que ela era argentina. Este intento ele não conseguiu.
412 – Chatô demitiu o seu Diretor Dário e teve que pagar uma indenização a ele. Por birra, publicou no jornal que o Dário recebeu uma grande herança e que iria distribuí-la aos pobres. Notícia com endereço e telefone do Dário. Imagina o barraco.
421 – A Segunda Guerra Mundial (década de 40) e os carros passam a ser movidos por gasogênio. À base de carvão. (Meus pais lembram disso)
426 – Os pesos pesados da imprensa despontando na revista O Cruzeiro (dele). Personagens como Millor e outras feras.
427 – O BR rodava a imprensa com papel jornal importado, principalmente da Finlândia. Na primeira semana da Guerra, o papel subiu 40%.
428 – No período da Guerra, Getulio viu que precisava incentivar no BR a siderurgia e criou a estatal CSN Companhia Siderúrgica Nacional. Apoiou a indústria do papel via iniciativa privada. Por dica de Chatô, Getulio apoiou o empresário Klabin para a indústria de papel, já que este tinha grandes áreas com reflorestamentos no Paraná. Município de Tibagi e outros.
431 - Getulio manda no aniversário de Hitler, em guerra, votos de parabéns. Depois, em 1942, o BR declara guerra à Itália e Alemanha. Declara mas não manda soldados para as batalhas....
435 – Getúlio cria a FEB Força Expedicionária Brasileira em 1944 e expropria os bens de imigrantes oriundos dos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) que moravam no BR. Era o Eixo contra os Aliados.
444 – O início da fortuna dos Matarazzo foi com a indústria de banha de porco. Os Matarazzo tinham mais de 30.000 empregados.
446 – Chiquinho Matarazzo em seu gabinete ficava só ele sentado e todos os seus interlocutores ficavam o tempo todo em pé.
460 – O autor deste livro faz a comparação entre o Chatô com o jornalista dos USA cuja vida inspirou o filme Cidadão Kane.
.........................................em breve...........trecho final da resenha deste livro.............. OLA
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