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sábado, 23 de setembro de 2017

RESENHA DE PALESTRA - SUSTENTABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 31-08-17

     RESENHA DE PALESTRA  - SUSTENTABILIDADE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

     Local da Palestra – Auditório do IFPR Campus Curitiba  31-08-17
     Palestrante:   Gisele  Doetzer  (DNIT)
     Ela atua há quatro anos no DNIT  Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte.     Ela tem especialização na Alemanha.
     Planeta Terra – sistema fechado.    Extremos de clima nos tempos atuais.    Seca/alagamentos/poluição.    Afetam inclusive a população.    Lixões/dengue, etc.
     Sustentabilidade – Ambiental, Econômica e Social.
     Desafio de conter o consumo desenfreado inclusive como parte das ações na busca da Sustentabilidade.
     Há que se ter o consumo responsável.    Sem agredir o meio ambiente.
     Visão holística:   do berço ao berço.     Que se preocupe com o produto de onde vem, como é feito, como se dá o destino aos rejeitos.
     Pensar no longo prazo.
     Os desafios na Administração Pública.    A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 170 cobra ações nesse tema.   No artigo 225 consta que todos temos direito ao ambiente equilibrado.
     Artigo 174 -  Que as ações visando o meio ambiente equilibrado envolva um efetivo engajamento do Estado  (no sentido amplo).
     Falou um pouco do papel da Administração Pública como consumidora de produtos e serviços e os desdobramentos no meio ambiente.     De 10 a 15% do PIB do Brasil é movimentado pela Administração Pública.    Esta tem altos deveres no quesito ambiental.    Tem poder para influenciar o mercado sobre o que é mais adequado em termos de Sustentabilidade.
     Precisamos de tudo que compramos???    Evitar o desperdício.
     O desperdício é um gasto que não agregou nada de positivo.
     Gerador de resíduos.     Política dos 5 Eres:
Ø  Reciclar
Ø  Reutilizar
Ø  Repensar
Ø  Reduzir
Ø  Recusar  o que prejudica o Meio Ambiente
     PLS -  Plano de Logística Sustentável
     Na Administração pública tem que ser feita uma Comissão com no mínimo três servidores para elaborar e fazer o acompanhamento do PLS.
     O Decreto que trata do assunto traz sete temas.   Consumo de papel, de tonner (“tinta em pó” para impressoras), energia elétrica, copos plásticos, redução do uso de água e esgoto.    Qualidade de vida no trabalho está no contexto.
     Na IN Instrução Normativa 10/2012  (e Acordão 1056/2017, A3P) é cobrado que se   “tenha o apoio da Alta Administração para as ações do PLS”.     Se a alta administração não se envolve, os subordinados também não compram a idéia.
     A meta é buscar a participação de todos os servidores.    Ela recomenda que se faça persuasão para que os próprios fornecedores de serviços também se engajem nessa luta pelo meio ambiente, que é uma luta de todos.    Apoiar em treinamentos, etc.
     Citou como exemplo de dicas de encaminhamento.   Engajar os terceirizados para que estes sejam treinados para ajudar a buscar as metas do Plano de Logística Sustentável.
     O TCU Tribunal de Contas da União andou cobrando que essa busca pelo Desenvolvimento Sustentável seja levada a sério.
     Atualmente já são mais de sete temas contemplados.   São 11 temas.       
     CISAP Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública.
     IASA -  Índice de Acompanhamento da Sustentabilidade Ambiental.       Atualmente avaliam 11 eixos temáticos.
     Sustentabilidade em Redes GPS  Gestão Pública Sustentável.
     Os diferentes GPS interagem e as pessoas trocam idéias para aprimorar seus planos.     Fazem periodicamente um Forum Governamental de Responsabilidade Social.    Isto inclusive no Paraná.
     Ela destacou que no mercado há copos biodegradáveis feitos do bagaço da cana que se degradam em 4 meses.  Há também de derivado do milho.    Ela disse que por enquanto são bem mais caros que os de plástico e por isso a demanda ainda é pequena.    Tentam os órgãos públicos comprarem copos biodegradáveis, mas muitas concorrências resultam em desertas, ou seja, não aparecem fornecedores para suprir ao preço estipulado.     Atualmente cada copo biodegradável está saindo ao redor de R$.0,30.   Caro.   Espera-se que aumente o mercado e a oferta e em escala, o preço fique menor.
     Citou como referência positiva em Curitiba o TRT Tribunal Regional do Trabalho, que está bastante avançado no quesito Responsabilidade Sócio Ambiental e a Sustentabilidade.   Eles tem Comissão de Responsabilidade Ambiental estruturada e atuante.
     Na busca das Boas Práticas Ambientais temos inclusive a figura do Multiplicador  voluntário que articula e incentiva as ações.   No caso  do TRT do Paraná, eles contam com 244 multiplicadores e há até premiação por resultados positivos como incentivo.      Eles tem ações até na racionalização do uso de elevadores (o prédio tem ao redor de 10 andares).   Adotam campanha Devolve Móveis que não servem mais e que poderão ser usados em outros locais.    Eles articulam o Forum Lixo & Cidadania (do qual eu que anotei esta palestra participo há mais de dez anos – trabalho que envolve os catadores de recicláveis).   Há também o Instituto Lixo e Cidadania que tem página no Facebook e os protagonistas são os catadores e as catadoras de recicláveis de Curitiba e região.
     O próprio TCU Tribunal de Contas da União, até por cobrar dos outros ações com foco na Sustentabilidade, tem um bom trabalho nesse quesito.
     No DNIT há um trabalho articulado de Sustentabilidade, há PLS Plano de Logística Sustentável e eles contam inclusive com urnas para os colaboradores darem sugestões de incremento das ações.  Usam e mail para articular e motivar todos.
     Eles tem as metas e o acompanhamento destas que são expostas em mural para todos poderem acompanhar e se sentirem motivados a colaborar sempre.    Usam inclusive um sistema de cores entre verde, amarelo e vermelho para acompanhamento das metas item por item.    Verde, reduziu uso em 20% ou mais.   Amarelo, reduziu em nível abaixo de 20%.   Vermelho – aumentou o uso.
     O DNIT no Paraná tem 111 servidores.   Ela mostrou dados das metas aferidas do órgão.     Usam inclusive envelope vai e vem.  Dá para usar o envelope internamente por um bom tempo.
     Eles colaboram com o Instituto Fukuoka que é uma ong atuante na comunidade.
     Encerrou a palestra com a frase:    “Nós podemos ser a mudança que queremos ver”.   
             (disponível no blog   www.resenhaorlando.blogspot.com.br )
    
    

     

domingo, 10 de setembro de 2017

RESUMO DA PALESTRA DO PROFESSOR MARCOS POCHMANN (DA UNICAMP) NO 11º CONSENGE EM CURITIBA PR (SET/17)

RESENHA DA PALESTRA DO PROF. MARCIO POCHMANN NO 11º CONSENGE EM CURITIBA – PARANÁ  - 07-09-2017

     Consenge – Congresso Nacional de Sindicatos de Engenheiros
     Assisti a palestra e fiz as anotações do que pude destacar, dentro do entendimento que tive da fala.   
     TEMA: “Soberania, Desenvolvimento e o Papel do Estado Brasileiro”
     O palestrante é graduado em Ciência Política e tem Doutorado na Unicamp em Economia.    É pesquisador e professor da UNICAMP.
     Revela-se o acirramento da luta de classes no Brasil.  Disse que no enredo do “livro” da nossa história, o golpe pode ser apenas um capítulo de um conjunto de ações no qual podemos tomar rumos positivos como resultado da luta.
     Entre as décadas de 30 a 50 fomos o país que mais cresceu no mundo, mesmo contrariando os interesses dos USA.    Ele citou Osvaldo Aranha e seus planos para o desenvolvimento do Brasil.
     Diz que naquelas décadas, o Brasil optou por um foco na urbanização e industrialização.    Estamos com 195 anos de independência, mas sabemos que ainda há muita dependência.
     Perdemos recentemente uma batalha, mas não perdemos a guerra.
     O trabalho é uma variável dependente da capacidade de produção.   Há uma visão do trabalho labor, trabalho para a sobrevivência e que geralmente é alienado.     Ele falou do trabalho heterônomo – pela sobrevivência.
     O Brasil hoje é produto de pressão que vem de fora.   USA – 2008 e o estouro da bolha.   Reflexo pelo mundo.  Crise complexa.   USA deixa de ser a centralidade do capitalismo mundial.    Perde parte da capacidade de produção e trabalho; sua moeda perde força; suas forças armadas perdem poder relativo no contexto global.
     Antes dos USA, foi a Inglaterra a potência mundial.   Os USA passaram a potência mundial do período das Guerras para cá.
     O cenário atual é de MULTIPOLARIDADE de poder econômico e político.   Polos como China, Rússia, Alemanha, Índia, África do Sul. 
     A China desponta.     Lá fora, alguns países se prepararam para suportar as pressões.   Citou os casos, como exemplo, de Turquia e Venezuela.   Reforço das forças armadas, mexer na formatação da justiça para ter posição.    Politizar a classe baixa da pirâmide social.  Quem não fez essa lição de casa não tem resistido às pressões que vem de fora.
     China e os outros tigres asiáticos formam a nova Rota da Seda.  Eles tem o capital de 26 trilhões de dólares (quase o dobro do PIB dos USA que está na casa dos 15) para aplicar em outros países.  Essa hegemonia de capital gera poder geopolítico.
     O cenário também mostra mudança na sociedade urbana mundial, Brasil no meio.    (clique no local lindicado para abrir a continuação....)