Editora Record – RJ – 10ª edição – ano 2009 – 350 páginas
Eu li e fiz
o fichamento em letra cursiva deste livro em julho de 2017. O livro é resultado de ampla pesquisa do
Jornalista na documentação das ações da ROTA Ronda Ostensivas Tobias Aguiar de
São Paulo nos tempos da Ditadura Militar.
Página 33 –
A ROTA foi criada para combater guerrilheiros.
Página 34 –
Exército no governo e PM Polícia Militar orientada para defesa da propriedade
dos ricos. Combater o “marginal”. A imprensa acompanha essa lógica também.
Página 38 –
brigas, som alto, jovem alterar o Fusca ... coisa de jovens da classe média
local de SP de então.
Página 41 –
O Clube Paulistano (em 1975) e os embalos da juventude de classe média. Comum o grupo de amigos fumar maconha.
Os jovens
personagens do livro veem a polícia como sendo para combater os pobres e ser
contornada com grana quando o abordado é rico.
Página 45
- Carro preparado para racha.
No rodapé
da página, o autor descreve a sub metralhadora Beretta usada pela ROTA.
... Página 48 -
O Jornalista Caco Barcellos é ameaçado num velório de um jovem pobre
morto pela polícia. Ameaçado por ser da
imprensa que nos casos que se apresenta no lugar dos fatos, relata sempre a
versão dos policiais. A polícia faz as vítimas (o povo) virarem réus.
Página 49
- Reporter correto irrita os dois lados,
inclusive a polícia. A polícia costuma
só ter a versão dele e um repórter decente pode apresentar outra versão.
Caco
trabalhava na Folha da Manhã em Porto Alegre no passado.
Página 51
- A PM e a PF na época da Ditadura
aproveitaram para aumentar a violência contra o crime dos pobres.
Página 54
- Caco foi despedido do jornal gaúcho por
pressão dos policiais. A queixa dos
policiais chegou até o governo e deste partiu a pressão para o jornal
demiti-lo.
O Caco
chegou a fazer bico após demitido, como motorista de taxi.
Página 58
- Agora atuando em São Paulo, foca no
caso dos jovens de classe média que foram abordados “por engano” pelos
policiais. Policiais da ROTA partem em
perseguição aos jovens do fusca incrementado.
Os jovens no embalo, na farra, tinham roubado um toca-fitas. O jornalista estima que a perseguição por um
contingente grande de policiais teria tido um custo estimado de dez mil dólares,
para recuperar um toca fitas de um “bacana”.
Lema de
então da ROTA: “A ROTA é reservada aos
heróis”
Páginas
63/64 - Os jovens do fusca cercados e
executados.
Página 75 –
O comandante da abordagem da ROTA nessa operação tinha 21 anos de idade. Despreparo para ação.
Página 78
- O Secretário de Segurança era o
Coronel Erasmo Dias.
Página 81
- Cada sub metralhadora pesava 8 kg.
Página 87 –
A vizinha da casa da frente de onde houve a chacina viu tudo pela janela. Em seguida telefonou para a mãe de um dos
jovens. Em seguida, ela deu entrevista
para a imprensa. Em seguida, foi
ameaçada e sumiu para o interior, temendo pela própria vida.
Página 88
- Em 09-04-1970 houve a fusão da Polícia
Civil com a Força Pública. Surgiu a PM
Polícia Militar.
Página 89
- Exército mais Polícia Civil – casos de
combate ao terror. No período todo
foram executadas 269 pessoas. Destas,
144 oficialmente mortas e 125 desaparecidas.
Página 91
- Cita ação da Operação
Bandeirantes (Caça aos Terroristas).
Página 92
- Guerrilheiros no Vale do Ribeira – SP. Houve cerco da PM e os da guerrilha escaparam. Esta ação foi comandada pelo Coronel Erasmo
Dias.
Página 96 - “O morto é sempre culpado pela morte dele na
versão oficial”. No Boletim de
Ocorrência era recorrente... “resistiu à
bala...”.
Página 327 –
Caco ficou 22 anos investigando dados das mortes por policiais de São Paulo e
dos crimes dela e da Polícia Civil.
65% das
vítimas fatais eram inocentes. Não tinham ficha criminal.
O Caco
passou uma enorme temporada levantando dados nos processos dos casos para
chegar ao percentual acima. Analisou
mais de dois mil processos.
Página 331
- A maior parte dos estupradores eram
brancos mas os que mais foram mortos eram negros e pardos.
Página 337
- Caco entrevista um assaltante
procurado junto com o repórter Pena Branca.
Cita uma síntese que o Pena Branca faz de tudo (1981). .... – “Quem mata é o sistema da PM, do
Comando à Justiça. O matador só aperta o
gatilho”.
Página 351
- O autor terminou de escrever o livro
em 1986. O regime militar terminou em
1985.
Fim. (eu sou de 1950 e vivi a
juventude em Mauá-SP que pertence à Grande São Paulo e no mínimo era
desconfortável viver a juventude nesse tempo por sentir no ar o risco de ser
integrante da periferia)