capítulo 12/22
A operação do câncer no
intestino de Queiroz em 2018 foi no Hospital Albert Einstein em São Paulo. Despesas pagas como particular.
Num caderninho, a esposa
dele, Márcia, anotou as despesas da cirurgia de Queiroz, incluindo viagem,
hotel e o Hospital em si. Total de R$.148.000,00. Não se tem informação da origem do dinheiro.
“A ex mulher de Adriano da
Nobrega (ex policial envolvido em crimes de morte) fora assessora de Flávio
Bolsonaro por onze anos”.
A mãe de Adriano foi
assessora de Flávio por dois anos.
Anteriormente, em 2005,
Bolsonaro condecorou o miliciano Adriano (então PM) inclusive com ele preso por
crime de morte. (relembrando que depois
de expulso da PM, Adriano se assumiu como miliciano e chegou a chefiar o
chamado Escritório do Crime que dominava a comunidade de Rio das Pedras e mais
adiante foi caçado, cercado e fuzilado por PM de MG)
Queiroz fica meses
escondido pelo advogado Wassef numa casa deste em Atibaia-SP.
Sobre o paradeiro do
Queiroz sumido: “Mas até no governo
havia quem desconfiasse de que o presidente e os filhos sabiam de tudo”.
Página 150. Capítulo 11 – Mensagem na madrugada.
“Madalena” (fonte com nome
fictício para protege-la) revela caminho do esquema até Jair.
A repórter no passado, já
pesquisando sobre Jair, procurava alguma pessoa que conviveu por tempos próxima
dele. Certo dia, pelas redes sociais,
encontrou uma mulher que só aceitou falar se houvesse sigilo de fonte. Isto porque temia pela sua segurança e pelo
seu emprego.
A jornalista/repórter passa
a chama-la com o nome de “Madalena”. Ela,
“Madalena”, disse que a imprensa estava muito focada no Queiroz e que o foco
deveria ser no Negócio do Jair.
Madalena declara: “ Jair
Bolsonaro envolveu toda a família nessa história”. (rachadinha e assessores fantasmas)
Disse que tudo passava por
Jair. “Tenho nomes para passar...”
Dados de 1991 foram
checados entre o depoimento da fonte e documentos públicos. A jornalista depois de longos contatos com
Madalena, por telefone, conseguiu um encontro com ela.
O MP Ministério Público
quebra sigilo dos assessores fantasmas de Flávio Bolsonaro. Agem de forma lenta. Isto depois de 2018 quando Flávio já estava
eleito senador. Flávio investigado mesmo
antes da posse no Senado.
Ele conseguiu barrar o
processo na justiça.
Madalena mostra gravação
com diálogo de Andrea Siqueira Valle, ex cunhada de Jair Bolsonaro, que foi assessora
fantasma do clã, mesmo morando em MG. Andrea
declara no áudio que fez errado, que participou do esquema. Isto foi parar nas mãos da justiça. (página 158)
Andrea passou vinte anos
como assessora em gabinetes de vários integrantes do clã Bolsonaro. Em valores atualizados para o ano de 2019,
ela teria recebido nesses vinte anos, acima de 2,6 milhões de reais. Agora em 2019 quando a jornalista procurou e
teve contato com Andrea, ela já exonerada do cargo de assessora, estava
desempregada e em aperto financeiro.
Quando a repórter tentou
entrevistar Andrea, ela fugiu e se trancou em casa mas ela já sabia que estava
com o sigilo de sua conta quebrado pela justiça.
Justiça rastreando
rachadinhas também no gabinete do então vereador do RJ, Carlos Bolsonaro. (Página 165)
“O clã Bolsonaro, sendo
Jair e seus três filhos mais velhos, usou seus
mandatos em três casas legislativas (prefeitura do Rio, Assembleia do RJ
e Câmara Federal) para nomear ao longo do tempo, 286 pessoas que foram
contratadas como assessores. Destes,
102 tinham algum laço familiar entre si e pertenciam a 32 famílias diferentes.
Rastreados os funcionários
assessores, a jornalista chegou a 37 assessores que não davam expediente – os “fantasmas”
que participavam das rachadinhas.
Devolviam ao clã a maior fatia do que ganhavam nisso.
Continua no capítulo 13/22