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quarta-feira, 2 de novembro de 2022

CAP. 11/25 - fichamento - livro - O NEGÓCIO DO JAIR - A História Proibida do Clã Bolsonaro - edição 09/2022 - Autora - Jornalista - JULIANA DAL PIVA

capítulo 11/25

 

         O advogado Wassef depois de ficar agindo meio no bastidor, afirmou que conhecia Jair Bolsonaro desde 2014.

         “É sabido que em 28 anos na Câmara dos Deputados Jair Bolsonaro apresentou 171 projetos e aprovou dois”.    Um dos projetos aprovados tratava da liberação de uma pílula contra o câncer sem registro nem eficácia.  Essa pílula foi indicação de Wassef que na época enfrentou um câncer.  O tal projeto de lei da pílula foi vetado no STF.    

         Página 133 – Jair Bolsonaro ainda tem correndo contra ele o processo no qual ele ofendeu a deputada gaúcha Maria do Rosário (PT) por ele ter dito que não estupraria ela porque ela é feia.

         Ele só não foi julgado ainda porque está no mandato de presidente, mas o processo está ativo.

         Outro processo contra Bolsonaro é de racismo.   Naquele caso que ele disse conhecer um quilombo onde os quilombolas eram acima do peso e pesariam tantas arrobas, medida pela qual se pesam animais.

         P. 134 – Wassef estava na casa do presidente no dia que este ganhou a eleição no segundo turno em 2018.

         Bebianno foi Ministro Chefe da Secretaria da Presidência até se desentender com Bolsonaro.

         Cancelamento de multa milionária conseguida junto ao governo federal pela esposa de Wassef.  Também negócio de alguns milhões de reais entre a empresa dela e o governo federal.    Ela cresceu na área de informática após ser referida pela esposa do Bill Gates e conseguir representação de certos aplicativos da Microsoft.    Andou fornecendo materiais do ramo da informática para o governo.

         Wassef nada cobrava de honorários na defesa dos Bolsonaro, mas recebeu alguns milhões por honorários da empresa da filha da esposa que mantinha negócios com o governo federal.  

         Em 2021 Wassef conseguiu anular os relatórios do COAF que continham provas de movimentações financeiras atípicas que seriam associadas às rachadinhas do clã Bolsonaro.   (página 138)    ...”alegando que o documento foi produzido de forma injustificada”.

         Capítulo 10 do livro.     Marionetes do Anjo

         Familia Queiroz tensa com as promessas vazias de Wassef.

         Rio de Janeiro, 25-11-2019

         Wassef foi adepto de uma obscura seita criada por um argentino chamado José Teruggi, autor de um livro que nega Deus e cujo autor tem ligação com magia negra.   O advogado chegou a ir à Argentina se encontrar com Teruggi.    Houve casos de crimes envolvendo meninos nos anos 90 (1992) em Guaratuba – PR e Altamira – PA que se ligam à seita.

         Grupo místico LIS Lineamento Universal Superior.

         Wassef no caso Queiroz, queria tirar Márcia, esposa dele do RJ e ela se revolta.  Quer tentar tocar a vidinha onde sempre viveu.   Inclusive onde teve a dor de perder em 2012 o filho mais velho que se matou com uma arma do pai, Queiroz.   (página 142)

         Queiroz tinha histórico de agressão física à esposa (2008) e ela fez boletim de ocorrência.    Mais adiante ela retirou o BO do caso.

         Marcia era uma das assessoras fantasmas do gabinete do Flavio Bolsonaro.  Na vida real ela era cabeleireira em tempo integral.

         Em 2015 o casal Queiroz frequentava a casa da família de Jair Bolsonaro.   Marcia chegou a postar fotos no Facebook de evento no local.

         O Queiroz chegou a ter oito familiares empregados nos gabinetes do clã Bolsonaro e eram daqueles que não davam expediente.  Fantasmas que engordavam as rachadinhas.

         Página 143 -  “Além dos salários, os assessores tinham acesso a benefícios.  Valores para alimentação, transporte e gastos com educação”.

 

         Continua no capítulo 12/25


sábado, 29 de outubro de 2022

CAP. 10/25 - fichamento - livro - O NEGÓCIO DO JAIR - A História Proibida do Clã Bolsonaro - edição 09/2022 - Autora - Jornalista - JULIANA DAL PIVA

capítulo 10/25

 

         A justiça do RJ descobriu a falcatrua das rachadinhas envolvendo o clã Bolsonaro e um policial amigo do presidente alertou-o sobre o caso.   “Ele ainda contou que a operação não iria mais ocorrer entre o primeiro e o segundo turno da eleição de 2018 para não criar embaraços durante a campanha”.    (página 110)

         A Operação Furna da Onça que investigava deputados do RJ, desencadeada em 08-11-2018, prendeu dez deputados, mas não chegou ao Queiroz que era investigado também no caso, ligado ao gabinete do Flávio Bolsonaro.  Como já foi dito, vazaram dados de investigações que afetavam inclusive Bolsonaro em plena disputa presidencial em 2018.     E a justiça “segurou” o andamento da coisa para depois da eleição para não afetar o momento eleitoral.   (algo descabido essa de segurar.)

         O fato é que Queiroz ficou sabendo da bronca tanto que entre o primeiro e o segundo turno da eleição, foi exonerado do gabinete do Flávio, assim como sua filha Nathalia.

         Advogado destacado para defender Queiroz se reúne inclusive com Bebianno em São Paulo para tocar a causa que atingia o clã Bolsonaro.   As rachadinhas.   Entra em cena o advogado paulista Frederick Wassef para ajudar na defesa do clã Bolsonaro.

         Jair Bolsonaro aceitou logo o Wassef para sua defesa porque já não confiava mais no amigo empresário Paulo Marinho, na mansão de quem fez muitas reuniões de campanha para a presidência.

         Motivo especial para sair do advogado indicado por Marinho e passar para Wassef.   Desconfiança em relação a Marinho pois este é suplemente do Senador Flávio e se o senador perdesse o mandato, assumiria Marinho.

         Flávio Bolsonaro foi diplomado senador no dia 18-12-18 nesse climão.   Medo de ser cassado por conta de anos de rachadinha.

         Wassef como parte da estratégia de defesa resolve “sumir” com Queiroz.  E assim fez.  Wassef age de forma meio anônima por meses.  Ele conquista poder e passa a indicar pessoas próximas para elevados cargos no governo Bolsonaro.   Um toma lá, dá cá.

         Inclusive Wassef é “padrinho” da indicação de Kassio Nunes Marques que foi parar no STF com apoio do Bolsonaro.  Uma pessoa quase desconhecida e que surpreendeu muita gente no círculo do poder de então.

         Wassef orientou o pessoal do clã Bolsonaro a não comparecer para depor na Justiça, incluídos aí os funcionários fantasmas.   Assim fizeram.

         Pelas mãos de Wassef, Queiroz passa por exame de saúde em renomado hospital em SP e que cobra uma fortuna de clientes particulares.

         Queiroz foi diagnosticado com câncer no intestino.   Não fosse a tutela do Wassef, ele não descobriria o câncer e poderia descobrir tarde demais e não conseguir mais se tratar.    Wassef passa a ser o anjo do Queiroz.

         O tratamento médico ajudava o advogado a manter o sumiço de Queiroz tanto da justiça como da imprensa.   Ficou famoso no Brasil o tal:  Onde anda o Queiroz?

         Articulado pelos advogados, depois de meses de sumiço, Queiroz foi apresentado à imprensa.  Ele disse que seus negócios eram rolos de carro.  “Sabia fazer dinheiro com rolos de carros”.  Compra e venda de usados.

         E declarou aos jornalistas:  “Meu problema é meu problema, não tem a ver com o Flávio Bolsonaro.  Não tem a ver com ninguém.  Eu vou responder pelos meus atos”.       Página 120

         Página 121 – Capítulo 9  -  O advogado em off

         Escondido, Frederick Wassef coordena defesa de Flávio a pedido de Jair.

         São Paulo, 24-11-2019

         Zap de Fabrício Queiroz à esposa:   “Estamos indo para a casa do anjo”. (para o esconderijo arranjado pelo advogado)

         “Queiroz recebia ajuda, mas devia obedecer a todas as orientações do seu protetor”, do seu advogado.

         O STF julgando parte do caso da lista de movimentações financeiras suspeitas levantada pelo COAF.   Dados que acusam as movimentações de dinheiro muito acima dos ganhos do Queiroz e que tudo indicava ser das rachadinhas coletadas dos funcionários fantasmas do clã Bolsonaro.

         Queiroz escondido pelo advogado (em Atibaia SP) por quase dez meses, desde dezembro de 2018.

         A jornalista autora deste livro na ocasião vinculada ao jornal O Globo, buscando pistas sobre o paradeiro do Queiroz.   “Era parte do nosso trabalho cobrar explicações do senador Flávio e dar espaço para que ele também fosse ouvido”.   Isto faz parte do Jornalismo.     

          (notar que em denúncias anônimas comuns na internet não há fontes e é tudo um recorte duvidoso sem ouvir o outro lado)

         A jornalista, buscando uma pista com o advogado Wassef e ele atacando a imprensa.   Ele insinua:   “Você aí dentro desse imenso prédio azul do Globo acha que é a todo-poderosa Juliana Dal Piva, mas quando você sai na rua, você é só mais uma que pode tomar um tiro no meio da cara porque a violência no Rio...”

         O COAF (órgão de governo) não tem acesso aos extratos bancários dos clientes, que são protegidos pelo sigilo bancário.  O órgão só recebe dos bancos, por lei, aquelas movimentações financeiras “atípicas”, que estão fora do normal, do padrão do cliente e que gera suspeita.   O banco é obrigado a repassar ao COAF e este encaminha à justiça para averiguação.

         Wassef conseguiu no STF melar as provas obtidas pelo COAF e aceitas pela justiça em outras instâncias.   Melou as provas e parou a investigação sobre o clã Bolsonaro e as rachadinhas já mapeadas.

         A decisão deu uma enorme repercussão nacional e visibilidade ao advogado Wassef.

         Wassef no passado, em 1992, em Curitiba, ele aos 26 de idade, sendo arrolado no processo no Caso Evandro, de ampla repercussão nacional.  Caso do menino Evandro Caetano assassinado em suposto ritual de magia negra em Guaratuba-PR em 1992.    Naquela ocasião, Wassef esteve reunido em um hotel da cidade de Guaratuba com suspeitos do crime.

        

         Continua no capítulo 11/25