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quarta-feira, 25 de maio de 2022

CAP. 04/08 - fichamento do livro: (SOBRE)VIVÊNCIAS MIGRATÓRIAS: Narrativas Haitianas sobre Acolhida, Educação e Inclusão. Autores - Giovani Giroto e Ercília Maria Angeli Teixeira de Paula

 CAP. 04/08

 

         O Paraná é o terceiro em número de haitianos, abaixo de SP e RJ.

         No Paraná predominam haitianos com idades entre 30 e 59 anos, sendo a maioria do sexo masculino.     Costumam vir antes para tentar emprego e se conseguir, a meta costuma ser trazer a família.

         Até 2018, na região de Maringá-PR, registrados 6.386 haitianos. 

         O livro cita o filme documentário “Travessia Brasil- Haiti”.

         No Haiti, 50% da população é urbana.   Em Pato Branco, são 94% da população da cidade, moradores na zona urbana.   Em Pato Branco, 99% das crianças em idade escolar, escolarizadas.   No Haiti são 38% analfabetos.   Naquele país, 55% da população vive abaixo da linha internacional de pobreza, vivendo com menos de US$.1,25 por dia per capita.

         Haiti – história e contextos:   Migrações forçadas, como escravizados africanos no passado.  Depois no Caribe, se concentraram em migrações regionais.   Na Costa do Caribe (na América Central), predominam negros e mulatos.    Os negros da elite no Haiti sabem ler e escrever em francês, língua dos colonizadores do passado.    Os camponeses, geralmente muito pobres, tem baixa escolaridade ou são analfabetos e concentram a pobreza em maior grau.

         No começo da colonização espanhola no Mar do Caribe, o atual Haiti era um ponto importante para os colonizadores (é parte de uma ilha), isto no século XVI.  Já no final do século XVI Cuba passa a ser o ponto mais importante para os colonizadores na região e o Haiti perde a atenção da Espanha.    A França passou a ocupar o Haiti e usando mão de obra escrava, expandiu principalmente as culturas de cana de açúcar e café para exportação.   Em 1804 o país conquistou a independência da França.  

         A ilha onde fica o Haiti tem um segundo país que é a República Dominicana, com quem o Haiti tem conflitos históricos.

         A República Dominicana conquistou a independência em 1844 e este país fez um branqueamento do seu povo enquanto o Haiti ficou com sua maioria negra.

         O povo do Haiti fala o idioma Kreyol e tem cultura de herança africana e francesa.    Já na República Dominicana se fala o espanhol e a herança é hispânica.    O Haiti pratica o vodu como seita religiosa e a República Dominicana pratica o cristianismo.

         Em 1915 houve no Haiti a chegada dos Marines, militares americanos que passam a exercer influência no país e que seria um dos fatores de estagnação local.   Afetaram o sistema de posse da terra, permitiu-se estrangeiros terem terras no país e os americanos trouxeram o protestantismo para o Haiti.

         Governos autoritários.  Um deles, Duvalier, aliado dos USA.   O sistema enriqueceu ditadores e resultou como o único país das Américas entre os 25 mais pobres do mundo.

         Nas últimas décadas parece ter havido menos governos autoritários por lá.    A partir de 2004 o Haiti passou por uma ocupação militar internacional sob a supervisão da ONU.  Missão das Nações Unidas para a paz e a estabilidade do país.   A missão com militares de vários países foi comandada por um General brasileiro.

         Há estudos acadêmicos que afirmam que a tal missão matou muita gente no Haiti e aterrorizou o país.   Em 2017 foi decretado o fim da Missão.

         O terremoto de 2010 teria deixado ao redor de 300 mil mortos e outro tanto semelhante de feridos no país.   Depois do terremoto, pobreza e falta de saneamento, o cólera bacteriano se espalhou e agravou a situação geral.

         3.2 – Políticas de acolhimento aos imigrantes haitianos no Brasil

         Portaria de 2018 tratava especificamente dos haitianos.  Em novembro de 2019 o governo Bolsonaro revogou essa portaria e deixou mais precário o acolhimento dos haitianos que chegam ao Brasil.

         Vinham ao Brasil, haitianos que viviam na miséria e eram acolhidos com Visto Humanitário.   Na sequência, também passaram a imigrar ao Brasil, haitianos que buscavam melhor meio de vida mesmo não tendo perfil de viver na miséria.

         Esta restrição pela revogação da portaria vai tornar mais difícil a regularização dos novos imigrantes do Haiti que demandam o Brasil.

         3.2.1 – Políticas de inclusão aos migrantes haitianos nas instituições de ensino superior no Brasil.

         Continua no capítulo 5/8