CAP. 04/08
         O Paraná é o terceiro em número de haitianos, abaixo de SP e
RJ.
         No Paraná predominam haitianos com idades entre 30 e 59
anos, sendo a maioria do sexo masculino.    
Costumam vir antes para tentar emprego e se conseguir, a meta costuma
ser trazer a família.
         Até 2018, na região de Maringá-PR, registrados 6.386
haitianos.  
         O livro cita o filme documentário “Travessia Brasil- Haiti”.
         No Haiti, 50% da população é urbana.   Em Pato Branco, são 94% da população da
cidade, moradores na zona urbana.   Em
Pato Branco, 99% das crianças em idade escolar, escolarizadas.   No Haiti são 38% analfabetos.   Naquele país, 55% da população vive abaixo
da linha internacional de pobreza, vivendo com menos de US$.1,25 por dia per
capita.
         Haiti – história e contextos:   Migrações forçadas, como escravizados
africanos no passado.  Depois no Caribe,
se concentraram em migrações regionais.  
Na Costa do Caribe (na América Central), predominam negros e
mulatos.    Os negros da elite no Haiti
sabem ler e escrever em francês, língua dos colonizadores do passado.    Os camponeses, geralmente muito pobres, tem
baixa escolaridade ou são analfabetos e concentram a pobreza em maior grau.
         No começo da colonização espanhola no Mar do Caribe, o atual
Haiti era um ponto importante para os colonizadores (é parte de uma ilha), isto
no século XVI.  Já no final do século XVI
Cuba passa a ser o ponto mais importante para os colonizadores na região e o
Haiti perde a atenção da Espanha.    A
França passou a ocupar o Haiti e usando mão de obra escrava, expandiu
principalmente as culturas de cana de açúcar e café para exportação.   Em 1804 o país conquistou a independência da
França.   
         A ilha onde fica o Haiti tem um segundo país que é a
República Dominicana, com quem o Haiti tem conflitos históricos.
         A República Dominicana conquistou a independência em 1844 e
este país fez um branqueamento do seu povo enquanto o Haiti ficou com sua
maioria negra.
         O povo do Haiti fala o idioma Kreyol e tem cultura de
herança africana e francesa.    Já na República
Dominicana se fala o espanhol e a herança é hispânica.    O Haiti pratica o vodu como seita religiosa
e a República Dominicana pratica o cristianismo.
         Em 1915 houve no Haiti a chegada dos Marines, militares
americanos que passam a exercer influência no país e que seria um dos fatores
de estagnação local.   Afetaram o sistema
de posse da terra, permitiu-se estrangeiros terem terras no país e os
americanos trouxeram o protestantismo para o Haiti.
         Governos autoritários. 
Um deles, Duvalier, aliado dos USA.  
O sistema enriqueceu ditadores e resultou como o único país das Américas
entre os 25 mais pobres do mundo.
         Nas últimas décadas parece ter havido menos governos
autoritários por lá.    A partir de 2004
o Haiti passou por uma ocupação militar internacional sob a supervisão da
ONU.  Missão das Nações Unidas para a paz
e a estabilidade do país.   A missão com
militares de vários países foi comandada por um General brasileiro.
         Há estudos acadêmicos que afirmam que a tal missão matou
muita gente no Haiti e aterrorizou o país.  
Em 2017 foi decretado o fim da Missão.
         O terremoto de 2010 teria deixado ao redor de 300 mil mortos
e outro tanto semelhante de feridos no país.  
Depois do terremoto, pobreza e falta de saneamento, o cólera bacteriano
se espalhou e agravou a situação geral.
         3.2 – Políticas de acolhimento aos imigrantes haitianos no
Brasil
         Portaria de 2018 tratava especificamente dos haitianos.  Em novembro de 2019 o governo Bolsonaro
revogou essa portaria e deixou mais precário o acolhimento dos haitianos que
chegam ao Brasil.
         Vinham ao Brasil, haitianos que viviam na miséria e eram
acolhidos com Visto Humanitário.   Na
sequência, também passaram a imigrar ao Brasil, haitianos que buscavam melhor
meio de vida mesmo não tendo perfil de viver na miséria.
         Esta restrição pela revogação da portaria vai tornar mais
difícil a regularização dos novos imigrantes do Haiti que demandam o Brasil.
         3.2.1 – Políticas de inclusão aos migrantes haitianos nas
instituições de ensino superior no Brasil.
         Continua no capítulo 5/8
