Quarta Palestra: “Metodologias & Tecnologias para águas em
cidade empregadas na Dinamarca” -
Palestrante: Alejandro Ernesto Lasarte - Grupo DHI
A DHI é um órgão independente, privado,
sem fins lucrativos. Atua em uma ampla
gama de áreas.
No mundo está havendo uma competição pela
água. Na Dinamarca (rica em água), além
de outros usos da água, há forte demanda para a suinocultura. Para destacar o problema da água foi citado
até caso de fechamento de fábrica de multinacional de refrigerantes na Ásia em
tempo recente. A DHI atendeu demanda
para resolver problema na fábrica de pneus da Madras na Índia. Atuou em controle da água urbana na
cidade de Aarhus – Dinamarca. Esta é
a segunda maior cidade daquele país, com seus 310.000 habitantes. Eles
tem na cidade citada todo um complexo sistema de coleta da água da chuva, que é
processada e armazenada de forma programada para não dar inundação, não poluir
mananciais, etc. Até para evitar que a
água de chuva arraste poluentes da cidade para o mar, alterando a
balneabilidade das praias locais.
Eles colocam informações sobre a qualidade
da água para banhistas, por exemplo, em aplicativo de celular, para as pessoas
consultarem em tempo real.
Quinta Palestra: “O desafio da implantação de um processo de
reuso da água”
Palestrante: Renato Rosseto - empresa SANASA/CAMPINAS – SP
Em Campinas a água e saneamento é feito
pela Sanasa que é municipal. Em 2008
fizeram um projeto que envolve o reuso da água de esgoto tratado. Lembrado que esgoto contém matéria orgânica,
fósforo, nitrogênio, hormônios, etc.
Em 2001 foi feita uma meta para Campinas: para até 2004 ter 70% de esgoto tratado no
município. Em 2012 implantaram sistema
de tratamento de esgoto por membranas filtrantes (EPAR). Unidade para tratar 370 l/segundo. Campinas tem 1,2 milhão de habitantes e na
região metropolitana, 3 milhões.
Ele disse que pela legislação federal
atual (obsoleta) no tratamento de esgoto se tem que retirar ao menos 80% da DBO
demanda biológica de oxigênio com a redução de matéria orgânica no esgoto. Ele disse que o que “sobra” de resíduo é
muito elevado para retornar esse esgoto tratado nos mananciais. O sistema de tratamento de esgoto com
membranas é mais caro, mas tem algumas vantagens, como usar um espaço físico e
instalações menores que o sistema mais usual no setor. O cheiro emanado do local também é
menor. A manutenção do sistema é
menor. As membranas filtram o esgoto
de fora para dentro das mesmas. Os
elementos filtrantes são tão estreitos, que retem bactérias, nematóides e
protozoários. Assim demanda menor uso
de reagentes químicos no tratamento do esgoto. A EPAR Capivari trata esgoto de Campinas
em duas unidades de l80 litros/segundo cada.
Paralelamente a estação de tratamento citada tem local para receber
esgoto de caminhões fossa. É uma
prestação de serviços a mais e também fonte de renda. O
sistema com uso de membranas é bom, mas requer um razoável uso de energia
elétrica, acima do sistema convencional.
No sistema em pauta, há uma retro lavagem
automática das membranas filtrantes a cada 11,5 minutos. Parando a filtragem, muito do que está
aderido na membrana se solta. Cada dez
ciclos de filtragem, vem pressão contrária de retro lavagem que limpa as
membranas automaticamente.
Espera-se que as membranas usem dez anos em uso.
Com certa periodicidade se faz uma limpeza mais geral
do sistema todo. Começou a operar lá
em fevereiro de 2012.
DBO – Portaria do Ministério da Saúde
(Portaria 29/14) que estipula parâmetros para o tratamento de esgoto no Brasil.
Resumo das vantagens do sistema com
membranas:
Ø
requer pouca área para instalar os equipamentos
da ETE Estação de Trat.Esgotos
Ø
elevada eficiência de tratamento
Ø
geração de efluentes com ausência de
protozoários nocivos à saúde pública
Ø
não precisa aplicar produtos químicos no
tratamento do esgoto
Ø
menor uso de mão de obra
Ø
menor produção de lodo (10 a 20% a menos que o sistema convencional)
Eles tem um projeto de transformar esse
esgoto tratado em “água nova” para reuso.
Para isso, estão com um projeto Piloto para tratamento de 700
litros/hora para os ajustes visando a “água nova” para reuso.
O Sistema da Sanasa para tratamento com
membranas custou ao redor de 90 milhões de reais, a obra e equipamentos em si
mais obras complementares. Só a obra
especificamente, ao redor de 36 milhões de reais. Para aprox.tratar 180 l/segundo. O custo total de operação é de
aproximadamente R$.1,00/m3 de esgoto tratado.
Sexta Palestra: “Práticas de reuso de água na Alemanha”
Palestrante: Professor Uwe Menzel – da Universidade de
Sttutgart
Na Alemanha já contam com mais de cem anos
de tratamento de efluentes. Nos
processos, inclusive separam o fósforo que vem no esgoto e recuperam o mesmo
para novos usos. Ele trabalha num dos
maiores departamentos da citada Universidade que envolve Engenharia Aplicada na
área Ambiental. Tratam efluentes do
campus da universidade e de um bairro de Sttutgart. Essa cidade é pólo de indústria têxtil e de
indústria química e os efluentes do setor se junta aos efluentes domésticos,
tornando complexo o tratamento do esgoto.
Junto com os efluentes chegam inclusive compostos organo halogenados que
tem propriedades cancerígenas. É um dos
desafios.
Em certos processos, usam carvão ativado
que é bem eficaz. (Se entendi a
tradução, o sistema novo de tratamento de esgotos da cidade de Toledo-PR
contaria com um sistema de membranas de origem alemã).
Sétima Palestra: “Políticas e Regulação do reuso potável nos Estados Unidos”
Palestrante: James Krook – Consultor da ESEPA
Ele é da equipe mas não é diretamente o
especialista em reuso potável.
Regulamentos do estado da Califórnia
(região de pouca água). Muitas
regulamentações para reuso de água, inclusive para contemplar com segurança o
reuso para fins potáveis.
O sistema tem que ser muito seguro. Questão de saúde pública. Não há nos USA em nível federal, norma para
reuso da água. É descentralizado e fica
a cargo de cada estado.
Focou a fala nos cuidados com agentes
biológicos microbianos nocivos à saúde que costumam estar presentes nos
esgotos. Os regulamentos deles estão
em aprimoramento pelos pesquisadores e depois são submetidos a um Painel com
vários especialistas. Depois seguem aos
legisladores para transformarem em normas.
Palestra Oitava – “Apresentação de
Produtos e Serviços da empresa HIDROMAR”
Problema na aplicação de cloro pelas
ETEs. Muito comum equipamentos antigos,
com avarias, sem regulagem e manutenção precária. Difícil dosagem correta de produtos
químicos. Inspirados no programa
Lata Velha do Luciano Hulk da TV, criaram o Programa ETA Velha com caminhão,
apetrechos e técnicos com a meta de fazer num só dia uma “renovação” de toda a
ETE de forma que a mesma consiga em seguida trabalhar com condições adequadas inclusive para dosagem de
produtos químicos no tratamento de esgoto.
Lembrando que o cloro requer um manuseio cuidadoso para não oferecer risco
às pessoas e ao meio ambiente.
Equipar e treinar os operadores da ETE.
Eles tem equipe e materiais para isso.