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domingo, 3 de maio de 2015

CONTINUAÇÃO - RESENHA 2º SIMPÓSIO INTERN. REUSO ÁGUA


     Quarta Palestra:  “Metodologias & Tecnologias para águas em cidade empregadas na Dinamarca”    - Palestrante:  Alejandro Ernesto Lasarte -   Grupo DHI

     A DHI é um órgão independente, privado, sem fins lucrativos.   Atua em uma ampla gama de áreas.
     No mundo está havendo uma competição pela água.   Na Dinamarca (rica em água), além de outros usos da água, há forte demanda para a suinocultura.     Para destacar o problema da água foi citado até caso de fechamento de fábrica de multinacional de refrigerantes na Ásia em tempo recente.     A DHI atendeu demanda para resolver problema na fábrica de pneus da Madras na Índia.      Atuou em controle da água urbana na cidade de Aarhus – Dinamarca.     Esta é a segunda maior cidade daquele país, com seus 310.000 habitantes.    Eles tem na cidade citada todo um complexo sistema de coleta da água da chuva, que é processada e armazenada de forma programada para não dar inundação, não poluir mananciais, etc.    Até para evitar que a água de chuva arraste poluentes da cidade para o mar, alterando a balneabilidade das praias locais.
     Eles colocam informações sobre a qualidade da água para banhistas, por exemplo, em aplicativo de celular, para as pessoas consultarem em tempo real.

     Quinta Palestra:   “O desafio da implantação de um processo de reuso da água”
     Palestrante:  Renato Rosseto -   empresa SANASA/CAMPINAS – SP
     Em Campinas a água e saneamento é feito pela Sanasa que é municipal.    Em 2008 fizeram um projeto que envolve o reuso da água de esgoto tratado.   Lembrado que esgoto contém matéria orgânica, fósforo, nitrogênio, hormônios, etc.     Em 2001 foi feita uma meta para Campinas:   para até 2004 ter 70% de esgoto tratado no município.  Em 2012 implantaram sistema de tratamento de esgoto por membranas filtrantes (EPAR).    Unidade para tratar 370 l/segundo.    Campinas tem 1,2 milhão de habitantes e na região metropolitana, 3 milhões.
     Ele disse que pela legislação federal atual (obsoleta) no tratamento de esgoto se tem que retirar ao menos 80% da DBO demanda biológica de oxigênio com a redução de matéria orgânica no esgoto.   Ele disse que o que “sobra” de resíduo é muito elevado para retornar esse esgoto tratado nos mananciais.     O sistema de tratamento de esgoto com membranas é mais caro, mas tem algumas vantagens, como usar um espaço físico e instalações menores que o sistema mais usual no setor.    O cheiro emanado do local também é menor.    A manutenção do sistema é menor.     As membranas filtram o esgoto de fora para dentro das mesmas.   Os elementos filtrantes são tão estreitos, que retem bactérias, nematóides e protozoários.   Assim demanda menor uso de reagentes químicos no tratamento do esgoto.     A EPAR Capivari trata esgoto de Campinas em duas unidades de l80 litros/segundo cada.     Paralelamente a estação de tratamento citada tem local para receber esgoto de caminhões fossa.    É uma prestação de serviços a mais e também fonte de renda.    O sistema com uso de membranas é bom, mas requer um razoável uso de energia elétrica, acima do sistema convencional.
     No sistema em pauta, há uma retro lavagem automática das membranas filtrantes a cada 11,5 minutos.    Parando a filtragem, muito do que está aderido na membrana se solta.    Cada dez ciclos de filtragem, vem pressão contrária de retro lavagem que limpa as membranas automaticamente.
     Espera-se que as membranas usem dez anos em uso.  Com certa periodicidade se faz uma limpeza mais geral do sistema todo.    Começou a operar lá em fevereiro de 2012.
     DBO – Portaria do Ministério da Saúde (Portaria 29/14) que estipula parâmetros para o tratamento de esgoto no Brasil.
     Resumo das vantagens do sistema com membranas:
Ø      requer pouca área para instalar os equipamentos da ETE Estação de Trat.Esgotos
Ø      elevada eficiência de tratamento
Ø      geração de efluentes com ausência de protozoários nocivos à saúde pública
Ø      não precisa aplicar produtos químicos no tratamento do esgoto
Ø      menor uso de mão de obra
Ø      menor produção de lodo   (10 a 20% a menos que o sistema convencional)
     Eles tem um projeto de transformar esse esgoto tratado em “água nova” para reuso.  Para isso, estão com um projeto Piloto para tratamento de 700 litros/hora para os ajustes visando a “água nova” para reuso.
     O Sistema da Sanasa para tratamento com membranas custou ao redor de 90 milhões de reais, a obra e equipamentos em si mais obras complementares.   Só a obra especificamente, ao redor de 36 milhões de reais.     Para aprox.tratar 180 l/segundo.   O custo total de operação é de aproximadamente R$.1,00/m3 de esgoto tratado.

     Sexta Palestra:  “Práticas de reuso de água na Alemanha”
     Palestrante:  Professor Uwe Menzel – da Universidade de Sttutgart
     Na Alemanha já contam com mais de cem anos de tratamento de efluentes.    Nos processos, inclusive separam o fósforo que vem no esgoto e recuperam o mesmo para novos usos.    Ele trabalha num dos maiores departamentos da citada Universidade que envolve Engenharia Aplicada na área Ambiental.    Tratam efluentes do campus da universidade e de um bairro de Sttutgart.   Essa cidade é pólo de indústria têxtil e de indústria química e os efluentes do setor se junta aos efluentes domésticos, tornando complexo o tratamento do esgoto.    Junto com os efluentes chegam inclusive compostos organo halogenados que tem propriedades cancerígenas.  É um dos desafios.
     Em certos processos, usam carvão ativado que é bem eficaz.     (Se entendi a tradução, o sistema novo de tratamento de esgotos da cidade de Toledo-PR contaria com um sistema de membranas de origem alemã).

     Sétima Palestra:   “Políticas e Regulação do reuso potável nos Estados Unidos”
     Palestrante:  James Krook – Consultor da ESEPA
     Ele é da equipe mas não é diretamente o especialista em reuso potável.   Regulamentos do estado da Califórnia  (região de pouca água).  Muitas regulamentações para reuso de água, inclusive para contemplar com segurança o reuso para fins potáveis.
     O sistema tem que ser muito seguro.  Questão de saúde pública.   Não há nos USA em nível federal, norma para reuso da água.   É descentralizado e fica a cargo de cada estado.
     Focou a fala nos cuidados com agentes biológicos microbianos nocivos à saúde que costumam estar presentes nos esgotos.    Os regulamentos deles estão em aprimoramento pelos pesquisadores e depois são submetidos a um Painel com vários especialistas.  Depois seguem aos legisladores para transformarem em normas.


     Palestra Oitava – “Apresentação de Produtos e Serviços da empresa HIDROMAR”

     Problema na aplicação de cloro pelas ETEs.   Muito comum equipamentos antigos, com avarias, sem regulagem e manutenção precária.   Difícil dosagem correta de produtos químicos.      Inspirados no programa Lata Velha do Luciano Hulk da TV, criaram o Programa ETA Velha com caminhão, apetrechos e técnicos com a meta de fazer num só dia uma “renovação” de toda a ETE de forma que a mesma consiga em seguida trabalhar com  condições adequadas inclusive para dosagem de produtos químicos no tratamento de esgoto.   Lembrando que o cloro requer um manuseio cuidadoso para não oferecer risco às pessoas e ao meio ambiente.      Equipar e treinar os operadores da ETE.   Eles tem equipe e materiais para isso.