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quinta-feira, 10 de abril de 2014

RESENHA DO LIVRO - A VIDA QUE NINGUÉM VÊ

RESENHA DO LIVRO -  A VIDA QUE NINGUÉM VÊ

Autora do livro:   Jornalista Eliane Brum       (editora Arquipélago – 2006)

Quem fez a resenha:   Orlando Lisboa de Almeida (sem uma técnica definida)

     Como costumo lembrar, gosto da leitura e tenho o hábito de, paralelamente, ir fazendo uma resenha daquilo que mais me tocou na obra para poder partilhar com amigos que gostam de ler.    Então fica assim como um “petisco” para convidar a pessoa a procurar o livro e ir fundo no texto, lendo tudo na íntegra.
     O livro antes foi elaborado em crônicas editadas no jornal Zero Hora de Porto Alegre e foi premiado com o Prêmio Esso – Regional Sul e depois o livro recebeu em 2007 o Prêmio Jabuti na modalidade reportagem.    A jornalista é fera no ramo.
     Fez uma série de crônicas tiradas “das ruas” de Porto Alegre, mas tudo isso tem algo de transcendente como poderemos ver adiante.
     Página 14 -   O do prefácio.....  “ máxima de que, em jornalismo, a história só existe quando o homem é que morde o cachorro”.     Os textos dela  mostram que nem sempre é assim.
     42 – Bela crônica sobre  o demente Geppe Coppini de Anta Gorda-RS.  Muitas reflexões sobre as pessoas “normais” e as que são vistas como nem tanto.
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     54 – “Há duas maneiras de visitar um zoológico: com ou sem inocência.”   Fala da liberdade, da condição humana, etc.
     56 – “A revelação dessa visita subversiva ao zoológico é que, no cativeiro, os animais se humanizam.   O cárcere lhes arranca a vida, o desejo e a busca”.
     “E mais e mais vão se parecendo com os homens que os procuram na certeza de um álibi.  Perigosa é a pergunta.   O que aconteceria se você encontrasse a chave do cadeado invisível da sua vida?”
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      79 – O menino Salatiel, vulgo Tierri.    “ E desde novo notou-se nele uma cabeça boa para as coisas do coração, desapegada das praticidades da vida.”
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     106 – Outra crônica, outro personagem...
     “Se fosse levar a sério, descobriria  que é analfabeto.  Como decidiu que a distância entre a realidade e a liberdade é um cabo de vassoura...”
      (o rapaz, adulto, anda de cavalinho de pau pela Expointer do RS há anos seguidos)
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     126 – Sobre a menina pedinte nas ruas
     “Você, que paga seus impostos em dia, colabora com a campanha do agasalho, que é um cara até bacana.  Subitamente transformado em réu no tribunal do sinal fechado por um rosto ranhento de criança.”
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     136 – Mãe pobre do interior, analfabeta, vários filhos pequenos, que deixa o marido (após convidá-lo para migrar) indo para a cidade grande na busca de aprender ler.
     Na entrevista com a autora deste livro:
     “ – Depois de ler a folhinha da igreja, o que a senhora quer ler?
     - Eu quero ler em quem eu vou votar.  Até agora fui pelos outros.   Agora, quero ler, analisar e votar.”          A da frase:   Maria Alicia de Freitas, 55 anos.
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     137 – O Velhinho dos comerciais de TV   (David Dubin – judeu polonês)
     Vive a muitos anos em Porto Alegre e escapou do holocausto.   Uma história de vida e tanto.
     “... David descobriu que sua família não havia sido morta pelos nazistas.  Eles haviam sido apenas os mandantes.  Sua família foi morta pelos melhores amigos, pelos vizinhos de porta.   Pelos ucranianos e lituanos que dividiam o seu bairro miserável”
      (cidade de Pinsk, Polônia)
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     158 -  Sobre um velho álbum de fotos achado na rua jogado.
     “É um álbum desordenado, todo ele.  Como são as vidas.  Essa é, em parte, a diferença entre a vida e a literatura, onde os personagens, por mais irreverentes, fazem todos um sentido  na trama.  Na vida, não.”
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     188 – A autora refletindo sobre a vida e obra
     “Quem consegue olhar para a própria vida com generosidade torna-se capaz de alcançar a vida do outro.  Olhar é um exercício cotidiano de resistência.”
     190 – Ela cita como exemplo de jornalismo, Gay Talese, o Papa do Jornalismo.
     191 – Sobre a profissão de repórter:
     “É preciso calar para ser capaz de escutar o silêncio.  Olhar significa sentir o cheiro, tocar as diferentes texturas, perceber os gestos, as hesitações, os detalhes, apreender as outras expressões do que somos.   Metade (talvez menos) de uma reportagem é o dito,  a outra metade o percebido.   Olhar é um ato de silêncio.”

     Espero não estar infringindo nenhuma norma legal socializando o material acima com o único intuito de incentivar a leitura da obra toda.   Abraço aos leitores

RESENHA DO LIVRO – CHÁVEZ NUESTRO

RESENHA DO LIVRO – CHÁVEZ NUESTRO

Autores: jornalistas Rosa Miriam Ilizalda e Luiz Báez      (em castelhano)
Editora:   Casa Editora Abril  -  Havana – Cuba   -   400 p  - de 2004

Resenha pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida -     maio – 2013

Página 11 -  Cita que o presidente Chávez passou por oito escrutínios nos últimos cinco anos.    (o livro é de 2004)
16 – O basebol é o esporte mais popular na Venezuela.
17 – O garoto Hugo Chávez, criança, de alpargatas velhas no primeiro dia de aula.  Não deixaram ele assistir a aula.
18 – Resposta de pessoa na rua ao ser perguntado.    Responde:  Por qué lo quiero tanto?  Ah! El da mucho amor y no tiene a menos a los pobres. Eso es algo que nosotros no olvidamos.
43 – Chávez ficou quase dois anos preso após a rebelião que comandou tentando derrubar o governo de Carlos Andrés Perez.   Chávez  era do Batalhão de Paraquedistas.
44 – Chávez e sua boina e camiseta vermelha.   O povo aderiu em massa e usar isso era forma de manifestar apoio às suas idéias.
45 – Num costume da planície do interior, Chávez, mesmo presidente, pedia a benção ao irmão mais velho que era da sua equipe.   Algo de cultural do seu povo.
55 – Ele como presidente, adota no país a alfabetização de adultos, muitos com mais de sessenta anos de idade.   Questão de cidadania.
59 – Cita frase de Simon Bolívar, herói nacional em quem Chávez muito se inspirou:
“Eu sigo a carreira gloriosa das armas só para obter a honra que elas dão:  por libertar minha pátria e por merecer o reconhecimento das pessoas, do povo.”
69 – Antes de ser eleito presidente, na fase em que ficou preso por tentar derrubar o governo Carlos Andrés Perez, ganhou na prisão o escapulário (amuleto) que foi de Maisanta, um herói regional da sua terra e seu povo no passado.
71 – Após a prisão de Chávez, ele em campanha, lhe “roubaram” o primeiro veículo que ele usava e  explodiram o outro.   Verdadeiros atentados de cunho político.
72 – Os seus admiradores, por onde passava, deixavam até recadinhos com preces, explicando a situação em que as pessoas viviam.   Ele coletava os recadinhos e depois lia todos.   Assim foi se formando a legião de boinas e camisetas vermelhas, os que aderiam pra valer aos seus ideais revolucionários.
123 – A estratégia de ensinar o povo a ler e escrever.  Para que o povo se liberte e entenda os problemas do país.
123 -  Chávez diz:   “El pueblo de Venezuela no es el mismo”.
154 – Havia desde longa data, antes mesmo do Governo Chávez, missões militares dos USA lá na Venezuela.  E o próprio embaixador americano teria agido com os golpistas quando Chávez governava o país e houve uma tentativa de derruba-lo do poder.  Na verdade ele foi retirado do governo por três dias e em seguida, com a pressão do povo nas ruas, tiveram que recolocá-lo no poder.
   Cita no caso o embaixador Shapiro que já teria atuado no Chile para derrubar Allende e também governo na Nicarágua e em El Salvador.
158 – No momento em que depuseram Chávez da presidência, Fidel ligou às lideranças chavistas e recomendou a elas que não se imolassem.   Que haveria meios de se retornar ao poder com a força do povo nas ruas.   Como de fato ocorreu.   (em 2002).   Teria sido um excelente conselho aos chavistas.
159 – Foi na Venezuela que surgiu a figura do “desaparecido” por razões políticas.  E não houve lei antes da era Chávez para punir esse tipo de crime.
159 – Os autores do livro avaliam que o Tribunal Supremo da Venezuela  ainda é brando com esse tipo de crime e com os golpistas que estão tentando derrubar o governo.
181 -  No golpe que depôs Chávez da presidência por três dias, os golpistas tiraram do ar todas as emissoras de TV para evitar que através destas o governo que estava sendo deposto se manifestasse e trouxesse o povo para as ruas para pressionar pelo retorno do governo constitucional.
     Quando os do Alto Comando dos chavistas, no terceiro dia do golpe, percebendo que os golpistas estavam dissolvendo todos os poderes e instalando uma ditadura, se reuniram e fizeram um comunicado ao vivo por telefone, via uma repórter da CNN que acabou (sendo ao vivo) colocando aquilo no ar para o mundo.   Então o povo da Venezuela pode saber melhor o que estava se passando.
189 – Entrevistado um general venezuelano, ele diz que visitou Cuba e viu que lá o povo vive bem, que não é nada do que se pintava de ruim sobre Cuba na Venezuela anterior ao chavismo.    Coisas da mídia.
190 – Consta que 80% do povo da Venezuela, um dos países mais ricos em petróleo, vive abaixo da linha de pobreza.   
211 – O vice presidente do mandato do Chávez sendo cassado para ser tirado de circulação no dia 13 de abril.      Se o vice fosse cassado ou morto, não haveria o vice para assumir em caso de tirarem Chávez do poder.    Era o jogo do adversário.
     A multinacional de telefonia TELCEL, no dia 13 de abril (no golpe) fez campanha na TV e liberou de graça ligações da Venezuela para o exterior “para que o mundo celebre com a Venezuela em liberdade.”     A empresa comemorando o golpe que em três dias se reverteu.
212 – O vice presidente de Chávez, durante o golpe, estando Chávez preso pelos golpistas, fez contato com a Unión Radio na qualidade de Presidente porque o presidente estava detido, mas a rádio o censura e não coloca nada da sua fala no ar.  Não aceita ouvi-lo e muito menos colocar sua fala no ar.  
213 -  Através da esposa do vice presidente ele recebe o número do celular de um jornalista da CNN que era seu conhecido desde o tempo da campanha para presidente.  O repórter lhe passa o telefone de alguém da CNN para entrevistá-lo e por um cochilo, a TV Globovisión (da Venezuela) que estava transmitindo em cadeia com a CNN, acabou colocando a fala do Vice do Chávez  no ar para todo o povo venezuelano.    Essa fala ao povo foi muito importante para o povo ir em massa às ruas e pedir a volta de Chávez.
218 – Médicos cubanos.   No golpe, os golpistas, para tentar enganar o povo venezuelano disse que continuaria os programas sociais, mas eles não iriam mais aceitar os médicos cubanos, estes que estavam mudando a realidade do povo da roça, das montanhas, enfim, dos lugares onde se concentram os mais pobres.
219 – A Venezuela vendia antes, durante e depois do golpe contra o Chávez, algo como 1,3 milhões de barris de petróleo por dia aos USA.    O governo pede que os USA respeitem Chávez e o seu povo.
220 – A Igreja sempre recebeu subsídios do governo e não prestava conta ao Estado.  Com Chávez, se pediu prestação de contas à Igreja.   O que é dever do Estado.
221 – O autor narra uma cena da popularidade de Chávez.   Numa concentração popular, um pai pede para Chávez pegar seu filhinho no colo.  Chávez pega, beija a criança e devolve-a ao pai, que chora de emoção pelo gesto do presidente.
222 – Cita o poeta e presidente da Comissão de Política Exterior da Assembléia Nacional Venezuelana:   Tarek William Saab.   (“o Turco”)
231 -  Constatação – sem o apoio fundamental de gente nacionalista nas forças armadas, Chávez e o povo não teriam chegado ao poder.   Diferente da Argentina e Chile onde as elites compõem as forças armadas, na Venezuela o povo simples também integra as Forças Armadas e fez a diferença.
232 – Os bolivarianos colocaram na Constituição de forma expressa a proibição de vender a Petroleira deles e mais algumas indústrias de base estratégicas.
233 – Resgate cultural do povo venezuelano.
234 – “Cuando los medios mienten, las paredes hablan”
235 – Chávez no poder alfabetizou os pobres, deu acesso às universidades a estes e acesso aos médicos.  O povo reconhece tudo isso.
237 – A direita, segundo consta, antes do golpe para depor Chávez, teria promovido uma matança em Puente Llaguno para acusar o chavismo de ter feito aquilo.
247 – General forte aliado de Chávez, que capitaneou a resistência ao golpe de 11-04-02, antes disso leu “A Arte da Guerra” de Sun Tzu.
252 – Antes do Chávez, lá para trás no tempo, “separaram” as forças armadas, já tentando evitar que esta um dia fosse  simpática ao povo e desse um basta na velha política ou, por outro lado, criasse uma ditadura que não interessasse às elites locais.
267 – No golpe de 11-04-2002, um jornal do interior fez um encarte de 16 páginas com fotos para apoiar Carmona, o golpista.    De Chávez, o jornal colocou uma pequena foto dele “enxugando suor do rosto”.   (esse filme a gente conhece por aqui no BR com nossa “gloriosa” mídia).
271 – Resistência ao golpe em Maracay – juntou 14 generais que agrupavam 20 batalhões.  Comandavam 20.000 soldados leais ao chavismo.   Agregavam poder militar maior que o dos golpistas.
272 – O grande militar, General Balduel, depois do feito – enfrentar e vencer os golpistas, disse que adotou ensinamento de Sun Tzu  (A Arte da Guerra).   “O melhor combate é aquele que se ganha sem necessidade de manchar de sangue as espadas”
273 – Os 50 civis (bolivarianos) que vieram ao Forte de Maracay (onde Chaves estava preso) no dia do golpe (12-04) para apoiar Chávez, no dia 13 já somava 50.000 chavistas.   Isto ajudou muito a enfraquecer a tentativa de golpe e o restabelecimento do governo bolivariano.
277 – Os autores citam que os americanos teriam, via emissário, oferecido uma fortuna em dólares em ocasião anterior para o General Balduel debandar para o lado das elites.
292 – A luta que se trava na Venezuela não é só de classes, mas também de tonalidades de pele.
          Esta segunda parte do livro dá uma visão da formação do Chávez e essa formação e sua trajetória explicam melhor sobre sua pessoa e seu carisma.

323 – Chávez declara.   Só fui ver TV pela primeira vez quando já era cadete das forças armadas.     Coisas de família.    A avó dele usava Vick Vaporub para todo tipo de dor.
     Chávez na juventude adorava o basebol e o esporte ajudou o garoto a ir para a cidade grande e se alistar na academia militar.    Lá quase ficou de fora porque uma vez uma nota dele na escola “raspou”  (ficou abaixo do exigido) e assim ele teria que cair fora, mas como era bem acima da média em basebol, acabou ficando por lá e subindo por seus méritos e dedicação.
337 – Algo que explica um pouco de sua formação e o contexto.   Quando Chávez foi para a Academia Militar, a novidade por lá era que o pessoal começou a dar uma formação Humanística com Metodologia, Sociologia, Economia, História Universal, Física, Química, Introdução ao Direito, Direito Constitucional,etc.  Paralelamente a isso, a Academia Militar incorporou em seus quadros, professores civis para dar aulas nos quartéis.    (Plano Andrés Bello)
341 – O presidente do Peru Juan Velasco Alvarado, de esquerda, teve suas idéias estudadas por Chávez que andou lendo os livrinhos com os discursos deste.  “La Revolucion Nacional Peruana”  e “El manifiesto Del Gobierno Revolucionário de La Fuerza Armada de Peru”.
343 – Na promoção da turma de Chávez, escolheram o nome de turma de Bolívar.
345 – No tempo de Chávez jovem cadete militar, um dia deu uma escapada do serviço para ir defender o time de Barrinas.  O jogo era importante e estava sendo transmitido ao vivo pela emissora de rádio.   Chávez fez um jonron e o locutor deu enorme destaque ao lance, dizendo em alto brado que o lance foi de Chávez.   Todos no quartel vibraram e o comando ficou sabendo.  Ficou uma arara por ele ter escapado do quartel para o jogo.   Mas foi perdoado. 
348 – Dentre as matérias opcionais na Academia Militar, cursou Comunicação e esta ferramenta foi muito útil em sua trajetória.  Estava sempre perto do Comando para conseguir suas metas.
     Cuidou do esporte no Batalhão, ergueu o campo de basebal, trouxe técnicos sem custo para o batalhão para ajudar a treinar os acadêmicos no esporte e assim estava também integrando o batalhão com a comunidade.   Conseguiu que houvesse jogos no Batalhão envolvendo times e torcida da comunidade.
     Ele tinha coluna no jornal de Barrinas.   Até apresentador em concursos de Miss ele foi.    Era destacado para visitar escolas e angariar calouros para o Batalhão.
     Ele mudou a forma da comunidade ver o Batalhão de Caçadores (especializado em operações anti-guerrilha).    Antes, o povo estranhava o Batalhão e depois do envolvimento, houve entrosamento pelo viés esportivo e cultural.
350 -   ... corrupção nas tropas e no país ao ponto de se chegar à pergunta:
     “Que democracia é esta que enriquece uma minoria e empobrece a maioria?”                       
350 – No passado, o venezuelano Juan Perez Alonso, um dos criadores da OPEP Organização dos Países Produtores de Petróleo teria criado a frase  sobre o petróleo e a injustiça social.   “O povo vai ficar no excremento do diabo”.
358 – A visão negativa que se constatava dos fazendeiros e até dos pobres contra os índios fazia Chávez refletir muito.
359 – Em sua fase militar, Chávez contatou uma Antropóloga e numa missão de campo, foi junto em trajes de civil e passou vários dias com os índios, tudo isso para melhor entendê-los.   Fez amizades lá na tribo e um dia foi fardado e levou mais soldados, para ganhar a confiança dos índios.  Deu resultado.
361 – Nos alojamentos que antes serviam para abrigar os militares dos USA lá na Venezuela, Chávez, no poder, usou esses alojamentos para os índios que foram estimulados a vir para a cidade fazer cursos de Hidroponia (hortaliças em estufa com água e nutrientes, sem contato com o solo) e Agricultura Orgânica.    Para melhorar as condições de vida nos indígenas em seu meio.
373 – Em 1990 Chavez faz mestrado em Ciências Políticas na Universidade Simon Bolívar em Caracas.
373 – Em 1992 tentou liderar um levante para derrubar o governo da Venezuela.   Teve grande apoio popular e militar.  Não conseguiu o intento imediato, mas ficou muito mais popular ainda e uma frase dele ficou célebre.  “Por Ahora”.     Seria como, desta vez não deu certo, mas na próxima...     E a próxima era a chegada dele à Presidência pelo voto popular.
376 – Petróleo – corresponde (em 2004) a 27% do PIB da Venezuela e 80% da exportação.
377 -  No mandato de presidente, Chávez faz um referendo popular e lança a Constituinte.   Seu bloco de apoio (bolivariano) consegue eleger 121 dos 128 constituintes.   Grande apoio do povo.    Na nova constituição, além de muitas mudanças, também se define o novo nome:   República Bolivariana de Venezuela.
379 – Cita uma catástrofe natural que ocorreu na Venezuela na época.   Os “deslaves”.  Avalanche dos morros sobre os povoados ao ponto de matar ao redor de 20.000 pessoas na região de Vargas na Venezuela.   Uma tragédia.


     Nota:   Em praticamente quatro páginas, está um resumo de um livro composto de quatrocentas páginas.    É claro que o resumo dá apenas uma amostra do conteúdo, mas acredito que vale a pena se debruçar no livro em si, pois considero muito revelador do país, do povo e do governo da Republica Bolivariana de Venezuela.
     A imprensa de modo geral tem o foco no capital, no lucro e então é um negócio e não tem interesse em mostrar as diversas facetas da vida de um povo que trilha um caminho com suas próprias pernas.     Por isso, os livros podem ajudar a nos informarmos melhor sobre um tema para depois podermos argumentar melhor sobre o mesmo.   Um pouco mais de ciência e menos de achismo.

                                  orlando_lisboa@terra.com.br