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terça-feira, 8 de julho de 2014

RESENHA DO LIVRO: SABERES GLOBAIS, SABERES LOCAIS

          Autor da Resenha:   Eng.Agr.Orlando Lisboa de Almeida

Autores do livro:  Edgar Morin – participação do índio Marcos Terena
Editora:  Garamond  - Rio de Janeiro – Ano 2000  - 75 páginas
CDS/UNb   Centro de Desenvolvimento Sustentável da UNb.
Data da leitura:   31-01-13 a 01-02-13

     O livro na verdade reproduz uma Conferência realizada pela Universidade de Brasilia dentro do tema “Idéias Sustentáveis”.
     O Conferencista convidado, Edgar Morin é francês, octagenário, licenciado em História, Geografia e Direito.   Muito empenhado na teoria e na prática dos temas que envolvem o ser humano.
     O outro conferencista convidado foi o índio Marcos Terena, que é piloto de aeronaves, escritor, professor e conferencista.    A fala de ambos está expressa neste livro, assim como as perguntas e respostas na parte final das conferências.
     Um dos conselhos do índio Terena:   “Vocês não podem abandonar o espírito de vocês; o espírito é a maior força que o ser humano possui.  Se nós não fortalecermos o nosso espírito, seremos fracos.”    (página 63)
Página 65 – Terena, falando do índio no Brasil frente à pobreza, as injustiças e as questões ambientais.     “Porque a nossa oração é também para aqueles lugares onde as pessoas não tem o que comer, não tem o que beber, não tem casa para morar.  É por isso que, quando lutamos pela terra, é para proteger a vida.   A vida dos animais, das plantas e do ser humano”.
Voltando à página 17 -  Atualmente (ano 2000), temos que do ano de 1500 para cá no Brasil perdemos mais de 700 dos 1.000 povos indígenas, diz o Terena.   Povos que não existem mais, línguas e culturas que não existem mais.
     Atualmente há ao redor de 200 povos indígenas no Brasil, que falam 180 linguas diferentes.
     Página 56 – Morin e a inteligência artificial humana:    ...” penso que há um limite nesta porque:   qual é a originalidade da inteligência humana?   É a sua relação fundamental com a afetividade e com a emoção.”
     Página 59 – Morin, sobre o Ensino, sobre a Criatividade:
     “Ensino não é unicamente uma função, uma profissão como qualquer outra, onde se pode distribuir, produzir pedaços do saber: pedaços de geografia, de história, de química.   Enfim, Platão disse muito bem: “Para ensinar necessita-se de Eros, que significa amor, prazer e amor pelo conhecimento, amor pelas pessoas.  Se não há isso no ensino, na investigação, no conhecimento, nenhum resultado é interessante.”
     Página 53:   Morin, sobre a igualdade na diversidade:    “Pode-se falar de igualdade porque  a diversidade não significa uma visão hierárquica.   A diversidade é uma pluralidade de possibilidades.   Igualdade não significa igualdade entre os mesmos.  Igualdade pode ser entre pessoas, a igualdade humana dos direitos humanos vale para todas as culturas, para todas as línguas, para todas as raças...”

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