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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

PARTE FINAL - RESENHA LIVRO - TEMPO BOM TEMPO RUIM - DO DEPUTADO JEAN WYLLYS

    119 – Sobre os comentaristas de TV em relação a  menores e violência:    “... trata a delinqüência com métodos de tortura ou execução sumária, ignorando o sistema que as produz.”
     119 – “Desacreditar o Estado Democrático de Direito em cadeia nacional de TV para defender o linchamento de um adolescente negro, pobre e supostamente delinqüente é apodrecer nossa época.   Isso, sim, é fazer do Brasil o cu do mundo.”
     122 – As drogas e o crime organizado.     “Existe quem usa droga (que faz uso recreativo dela) e existe quem abusa da droga...”
     “O tabaco é a droga que mais mata e ninguém vai preso por consumi-lo.”
     123 – Dados do Escritório da ONU para o Combate às Drogas e ao Crime  (ONUDC).   As drogas movimentam por ano no BR 1,5 bi de reais e no mundo, 320 bi de dólares por ano, mesmo com toda a repressão que há a isso tudo.
     124 – Ainda dados da ONU.     No mundo, ao redor de 210 milhões de pessoas que consomem drogas ilícitas; destas, 165 milhões consomem a maconha – o que faz da guerra às drogas, na prática uma guerra à maconha.     (Defende descriminalizar o uso em condições controladas e assim se desarma todo o mundo do crime ligado ao tráfico). Bom é ler toda a argumentação do autor no livro para não distorcer a posição dele.
     125 – “Mas a nossa função, como políticos, é assumir riscos, inclusive eleitorais, para defender idéias em que acreditamos e promover os debates que achamos necessários ao bem estar do país.  Este é um deles.”  (a questão das drogas).
     129 – Declaração Universal dos Direitos Humanos.    ONU 1948.
     “A conquista de direitos não se efetiva sem a luta...”
     131 – Na Câmara Federal tem a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) que recentemente esteve comandada pelo Pastor Feliciano que batia de frente contra as Minorias e suas lutas.    O Bolsonaro também era dessa comissão e batia contra as minorias.  
     133 – Algumas pautas dos que defendem as minorias no BR
     Legalização do aborto em caso de gravidez indesejada; o casamento civil igualitário e a regulamentação do consumo da maconha.
     134 – BR e o Plano Nacional dos Direitos Humanos (de 1996).   Em 2014 a chamada Bancada Evangélica na Câmara dos Deputados estava em 170 deputados.      Em função das barreiras que os progressistas que lutam pelas minorias encontraram na Comissão de Direitos Humanos e das Minorias na Câmara, acabaram criando como alternativa a chamada Frente Parlamentar dos Direitos Humanos, esta que inclusive abre as portas para o debate inclusive para entidades defensoras de minorias e dos Movimentos Sociais de um modo mais abrangente.
     139 – Sobre a “união civil” e o casamento igualitário.    Diz que a chamada união civil não resolveria a questão da união de homossexuais.   Faz as explicações ao longo do texto.     Não pleiteiam um casamento religioso, trata-se de casamento no civil.
     140 – Cita trecho de sentença do Tribunal Supremo de Massachusetts, nos USA.  Sobre o casamento igualitário.     “Nossa obrigação é definir a liberdade de todos e não aplicar o nosso próprio código moral”.
     142 – Lutam para colocar na lei que a homofobia passe a ser crime, assim como é o racismo e outros crimes.    Defendem penas socioeducativas alternativas para crimes de homofobia, pois a prisão simplesmente não é solução.
     153 – Cita uma fala do Papa Francisco a integrantes da Jornada Mundial da Juventude.   “Se uma pessoa é gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá-la?   O catecismo da Igreja Católica explica isso de maneira muito linda.”
     Mas...
     “E o que o catecismo da Igreja diz?     ... os atos homossexuais são contrários à lei natural e não podem ser aprovados”.      Os homossexuais, segundo o texto, podem ser acolhidos pela Igreja com respeito e compaixão, mas se deve exigir, deles, o celibato.”
     Lidar com a (in) Visibilidade
     157 -  Os GLBT são invisíveis no mundo do trabalho: têm enorme dificuldade para serem aceitos nos empregos e, além disso, no caso das travestis, a sociedade parece acreditar que a prostituição é seu emprego “natural”, como se isso não fosse produto da discriminação que lhes impede o acesso a outras profissões.
     159 – Cirurgias para mudança de sexo.    “tratamentos garantidos por lei e já se realizam através do SUS.”
     160 – Fala de projeto de lei de 2012 tramitando no Congresso para legalizar a atividade dos(as) profissionais do sexo.
     “Na Atenas do século VI a.C  as meretrizes já eram regulamentadas e pagavam impostos ao Estado.”
     164 – Fala do termo orgulho GLBT.    Busca elevar a auto estima dos integrantes que costuma ser baixa.   Orgulho no sentido de que os integrantes não se sintam inferiores aos demais cidadãos (contraponto ao sentimento de vergonha no caso).     Nesse sentido não acham que cabe o contraponto de alguns que falam em criar o Orgulho  Hétero, se estes não são afetados na auto estima como cidadãos.
     166 – Cita a jurista brasileira Flavia Piovesan.    “... importa assegurar a igualdade com respeito à diversidade.”
     171 – Frase contra os fundamentalistas.   Aos bons... “Que estes se façam ouvir, pois nada mais danoso que o silêncio dos bons ante a tagarelice dos maus.”
     172 – Sobre a “cura gay”.   “... contrariando inclusive a resolução do Conselho Federal de Psicologia que proíbe tais terapias.”
     181 – Internet – O ódio no mundo digital.     “... levam para lá o que tem de pior – racismo, homofobia...   “a vontade de negar a humanidade do outro, o desejo de exterminar o diferente”.    

                                                     Fim                 (recomendo a leitura deste livro)
Resenha feita (de forma simples, sem pretensão acadêmica por Orlando Lisboa de Almeida                  orlando_lisboa@terra.com.br   )

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