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quinta-feira, 5 de março de 2015

RESENHA DO LIVRO – CHATÔ O REI DO BRASIL (final)

     RESENHA DO LIVRO – CHATÔ O REI DO BRASIL   (final)
     Autor do Livro:  Fernando Morais -    resenha por Orlando Lisboa de Almeida

     Página 574 -  Juscelino (JK) ganhou a eleição para presidente e seu vice foi João Goulart, que era de outro grupo político.   Na época não era por chapas.
     616 – A revista O Cruzeiro estava perdendo leitores e Adolpho Block lança a revista Manchete.   (início dos anos 60)
     633 – Em 1962 se suicida Péricles de Andrade Maranhão (cartunista) , o criador do personagem Amigo da Onça, que foi sucesso por décadas na revista O Cruzeiro.
     635 -  Quando um dos filhos de Chatô, ainda jovem, quebrou uma perna esquiando, o pai lhe mandou dinheiro.  O filho respondeu ao pai com um telegrama:  “Não quero dinheiro, quero um pai”.
     637 – Chatô já tetraplégico (teve trombose cerebral dupla), em 1963, se reúne com as raposas da política nacional para apoiar o Golpe Militar de 1964.   Ainda era muito influente.
     639 -  Comenda da Ordem do Cruzeiro do Sul.   Deve ser a maior que o BR costumava dar a pessoas de relevância.   O presidente Janio Quadros tinha dado a Fidel Castro e Guevara a Ordem do Cruzeiro do Sul.    Mais adiante, já na Ditadura, foi oferecida essa comenda a Chatô e ele se recusou a receber por causa do tempo do Janio e a condecoração a Fidel.
     646 – Em SP, reuniões na Casa Amarela com altas patentes militares e políticos influentes para preparar o golpe militar de 1964.    Jantares oferecidos pelo Chatô para agregar o “povo” golpista.
     647 -  Quando foi aprovada  lei com jornada de cinco horas para jornalista, Chatô ficou fulo da vida.   “Dentro do seu ofício... não pode se sujeitar ao relógio, porque a notícia não acontece com hora marcada.”
     647 – Lima Duarte, da TV Tupi, lia vários dos discursos do Chatô para os convivas (pré Ditadura) nos jantares conspiratórios na Casa Amarela  (do Chatô).
     650 – Chatô, se reconciliando com seus desafetos.   Sempre iniciativa dele.
     653 – Campanha do tempo da Ditadura Militar  (Dê Ouro para o Bem do Brasil).  (observação do resenhista:   Eu me lembro disso e tinha uns 16 anos na época).
     Segundo o livro, que fizesse doação, recebia o anelzinho da campanha e era considerado membro da “Legião Democrática”.    (me lembro de ter visto o anelzinho).
      664 – Em Moscou, Chatô visitou no museu Hermitage, inclusive obras da Expedição do Barão de Langsdorff ao Brasil.
     667 -  A Globo do Roberto Marinho e os contratos escondidos com a Time-Life que passaria a deter 49% do capital da Globo.   Pela lei empresa estrangeira não podia e não pode ser dona no setor de imprensa no Brasil. 
     668 -  Edmundo Monteiro, diretor dos Diários Associados depois entregou o ouro ao afirmar que essa empresa quase fez uma parceria na época com a TV ABC dos USA.  O que seria também ilegal.    E isso foi antes da Globo fazer de fato a parceria com a Time-Life, da qual o Chatô desceu a lenha através dos Diários Associados.
     670 – Essa “parceria” da Globo com a Time-Life teria sido com o dedo do político Roberto Campos que tinha o apoio dos USA para suceder Castello Branco.   No BR o pessoal da esquerda chamava o Roberto Campos de Bob Field, por ele ser ativista pró americano.    Na refrega, Chatô chama Roberto Campos de Casca de Ferida.
     671 -  A briga entre os dois Robertos, o Marinho e o Campos, pela mesma causa (o $ dos USA para a Globo).   Chatô se referia a eles como Roberto Africano (o Marinho) e Roberto Americano ao Campos.
     672 – Em 1966 o Grupo Abril lança a Revista Realidade para ocupar o espaço que era de O Cruzeiro (esta, dos Diários Associados).
     674 – Decreto do final do governo do Castello Branco limitando a cada grupo de comunicação – máximo de cinco estações de TV por grupo.   Começou aí a derrocada dos Diários Associados.
     677 -  O prédio da Vila Normanda (que foi a mansão de Chatô no RJ) foi vendido, demolido e no local fizeram um prédio com o nome de Vila Normanda.
     677 -  Chatô (Diários Associados) vendeu a TV Cultura de SP ao governo do estado com cláusula de que esta não exibiria comerciais em toda sua existência.
     678 -  Ministro Carlos Medeiros da Silva, da Justiça, que redigiu o AI 1.  Ato Institucional – da Ditadura de 1964.
     683 -  Cita discurso no RS de General que se opunha aos rumos da “Revolução de 1964” e a chamava de Ditadura.  Muito interessantes os seus argumentos.
     685 – Paulo Pimentel (foi político no PR) fez festa para batizar uma cidade com o nome do Chatô.   A cidade de Assis Chateaubriand.     Na ocasião Pimentel era governador do estado.
     689 -  Chatô chegou a usar os serviços do então renomado Zé Arigó, mineiro de Congonhas do Campo, que fazia inclusive cirurgias em ritual mediúnico.
     693 – Chatô morre no dia 04-04-1968.   O governo de SP dá o seu nome ao MASP, inclusive porque Chatô era apreciador das artes plásticas.              (final)


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