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domingo, 29 de setembro de 2019

Parte 3/3 - RESENHA DO LIVRO SOBRE A GUERRA DO CONTESTADO - PARANÁ X SANTA CATARINA


Contestado 3    (ver também duas postagens anteriores)     
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         199 – Toque de tambor e preces duas vezes por dia.
         200 – Ao deputado Correia de Freitas que foi lá às vésperas do ataque militar, disseram que se cessassem as perseguições das autoridades de Campos Novos e Curitibanos, todos deixavam a posição de defesa e iriam cuidar de suas roças e criações.
         200 – Revoltaram-se com o assassinato de Praxedes às portas de Curitibanos.
         201 – Balas de canhão, granadas, contra os fanáticos...  o exército matava e tocava fogo nas casas do fanáticos.  Data de 08-02-1914.
         Um dia só de fogo cerrado e reduziu tudo a cinzas.  Um só soldado morto.   Do lado dos fanáticos, 50 mortos e os outros fugiram para a mata para não morrer.   Entre os mortos, inclusive mulheres e crianças.
         202 – O exército queimou até a igreja e dentro dela, mulheres e crianças que lá buscavam abrigo.
         202 – Os soldados mataram e queimaram até os indefesos e fizeram o abominável saque.
         203 – Os fanáticos, dizimados no Taquaruçu, os que sobraram, seguiram para Caraguatá.
         207 – Dona Ana, viúva de Praxedes, na ânsia da fuga abandonou duas latas cheias de moedas de outro e prata do tempo do império.
         208 -  Novo líder e as motivações.  Manoel Alves Assunção Rocha, eleito rei da Festa do Divino...   (povo com mistura de fanáticos com gente com litígios pela posse da terra).
         208 – Gente influente vai aderindo.  Sonho de ressurreição e volta do profeta como monarca, à frente de 3.000 soldados de honra...
         “Com o regresso ao passado, os velhos rejuvenesceriam e os mortos ressuscitariam”.
         208 -  A Virgem Maria Rosa, 14 anos.   Montada num cavalo branco, ela vestida de branco.
         209 -  Partilhavam tudo e nada faltava a ninguém dos acampados.
         212 -  Reforço dos militares do PR e da empresa Lumber com sua guarda armada particular.
         215 – Os fanáticos pensavam em criar ali uma Nova Jerusalem com o sistema comunitário, etc. com Monarquia.
         216 -  O deputado Correia de Freitas desistiu da mediação.
         218 – Combate a “ferro branco”.  Espada, etc.  Não arma de fogo.
É no corpo a corpo.
         219 – Um canhão Schrapnell mata oito jagunços.
         221 – Numa batalha, 17 soldados mortos e 23 feridos.
         224 -  Soldados atearam fogo na casa de um dos fanáticos.    Atiçou muito mais os ânimos.
         229 – Uma das fanáticas já citava...   Um deles estudou tanto que até se perdeu.  Isto no jornal Diário da Tarde de SC de 23-04-1914.
         230 – O Brasil estava conturbado no governo do Marechal Hermes da Fonseca.  O exército atacava por qualquer motivo.  Rui Barbosa reclamava contra tudo isso.
         231 -  O deputado Correia de Freitas, vendo que não convencia os fanáticos, ao menos deu um conselho para ele não ficarem “aglomerados” em caso de ataque pois assim morreriam mais fácil.   Foi tido como quem ensinou tática de guerrilha aos fanáticos só pelo conselho dado.
         231 -  Na época, risco de “empastelamento” dos jornais de oposição.  (a polícia vinha e arrebentava tudo na redação do jornal).
         232 – Os fanáticos se dispersaram.  Houve um surto de febre tifoide...   2.000 pessoas em retirada.
         235 – O autor trata os sem terra de “bandos”.
         237 – Pico do Taió.   Um lugar.
         237 – O governador do Paraná foi para a região e viajou por 15 dias entre andar e fazer contatos. Esteve até na região da divisa com a Argentina.     Foi recebido de forma festiva pelo povo.
         238 -  Navegam 1.000 km a bordo do barco a vapor Curitiba pelo Rio Iguaçu.
         238 – O município de Canoinhas-SC era um lugar de divisa com o conflito pelo lado de SC e do lado do PR era União da Vitória.   Na época do conflito o PR criou o município de Timbó que era em área de SC.
         240 – Povos de Curitiba no passado indo para  a região bruta em busca dos campos de Guarapuava e Palmas.    Lugares de pouca vegetação frondosa e mais de campos nativos que eram como pasto pronto para lida com gado.
         241 – Coronel Amazonas Marcondes... no vapor “Cruzeiro” em 1882.
         241 – Indios botocudos.
         242 – O Visconde de Taunay visita o lugar e cita nos seus escritos (ver bibliografia).
         243 – Fala de forma recorrente no Timbó.   Pergunto:  seria o mesmo que hoje é o município catarinense?  
         243 – Os fanáticos no vale do Timbó.   Ali ocorreu a Guerra do Timbó.
         244 – General  Mena Barreto e o exército.   Colocou gente do exército na região  (1910).
         245 – SC tinha mais prestígio no âmbito federal e isto lhe dava mais poder com relação ao Paraná.   Influia no embate pela divisa.
         250 – Em Calmon-SC em 21-04-1914 estavam 1.000 soldados do exército.
         254 – Povo de origem germânica também na luta pela posse da terra.
         254 – “O fanatismo existiu, existe e existirá enquanto não se lhe der um nível educacional  mais elevado”.
         256 - ...” feíssimo, miúdo, desengonçado, mas de estúpida coragem”.  Assim o autor descreve os posseiros e fanáticos.
         256 – Exército com canhões e metralhadoras.
         260 – Depois da ocupação, o exército foi embora e deixou 200 soldados como tropa de ocupação.
         261 – Houve a aliança entre fanáticos e bandoleiros.
         262 – Carta do General:   ... “caso de polícia”.  Cabe aos governadores e suas polícias exterminarem os bandidos...   limpando assim a zona...”

   Fim.

     O autor do livro ficou cego e continuou ditando a obra e a esposa ia datilografando.   Morreu após um ano de cegueira.    Era relativamente novo.
         orlando_lisboa@terra.com.br        zap 41  99917.2552



sexta-feira, 27 de setembro de 2019

REVOLTA DO CONTESTADO (PARANÁ X SANTA CATARINA - PARTE 2/3

Contestado 2/3
140 – Veio também a Southern Brazil Lumber, companhia americana para derrubar pinheirais nativos. “Insaciável devoradora de pinheiros”. Tinha serrarias na área de concessão da ferrovia que era enorme. (e havia os posseiros...)
A empresa era dirigida no BR por Percival Farquar (citado também com ligação à Ligth no RJ no livro Chatô Rei do Brasil de autoria de Fernando Morais).
A empresa era sócia na estrada de ferro local e monopolizou os vagões e deixou na miséria as pequenas serrarias locais.
141 – O caminho de ferro que geralmente é fator de civilização, no formato de concessão no caso, trouxe injustiça, miséria e mortes.
(Na Argentina, ao abrir ferrovia, a União dividia as terras adjacentes em lotes rurais para assentamento de muitos pequenos agropecuaristas e assim gerava riqueza, progresso e paz social)
147 – Vasta bibliografia e a última listada: “Corografia do Paraná” por Sebastião Paraná, de 1899. Curitiba PR
151 – A criação da Universidade Federal do Paraná, a primeira universidade do Brasil.
152 – Em 1913 a erva mate é para o PR o que o café estava sendo para SP.
152 - Os carroções eslavos e o começo (em 1913) da concorrência com o trem e os primeiros carros e caminhões.
153 – A ação desastrosa do Irani (a guerra absurda) custou 600 mil contos e as vidas humanas. Na época a arrecadação do PR era de 6.000 contos.
153 – No auge do conflito de fronteira a ACP Associação Comercial do Paraná boicotou os produtos de SC.
154 – Na época, pessoa de destaque em SC : Ercílio Luz. Ele apoiava a paz e uma solução para o problema de divisas com o PR. O presidente de SC na época era Lauro Muller.
155 – A jovem Teodora , neta de Euzébio, como vidente, tem a visão do Monge José Maria e a notícia se espalha.
157 – Euzébio vende o que tem para ir à cidade de Taquaruçu. O filho Manoel (16 anos) é “ungido” (mesmo sendo analfabeto) e passa a realizar obra de religião, justiça e caridade.
162 - “Tanto o fanatismo político como o religioso, ao longo da história, produziu criminosos e herois, mártires e santos”
(o autor deste livro nasceu em 1911 e faleceu cego em 1968)
175 – Lá vão de novo os federais (de combate) solicitados desta vez por SC. Vão tropas destacadas de Ponta Grossa e Curitiba.
176 – Seção de metralhadoras... Tropas federais em missão de paz...
176 – Os fanáticos “nenhum crime tinham praticado”.
177 – Povos sertanejos “assustados” com os federais, foram se juntar aos fanáticos de Taquaruçu.
177 - ...” meio que imitando os Maragatos, também na ocasião colocavam uma fita branca no chapeu”.
178 – Euzébio queria fundar uma cidade santa. Fundou Perdizes Grandes.
178 – O vidente Manuel teve uma “morte” (catalepsia) e depois de orações “reviveu”. Todo o poder passou de Euzébio para ele. Euzébio até beijou os pés dele.
179 – O novo guru quis “dormir com três virgens” e foi destronado. Ele era dado à bebida.
179 – Passam o poder a um neto de Euzébio, neto então com 12 anos de idade. O Menino deus do lugar.
181 – Cita o badalar do sincerro (sino no pescoço do animal para indicar onde está e para os outros o seguirem arrebanhados)
181 – No ataque dos revoltosos, dispersão dos militares e seus apoios. Seis dos doze cargueiros (muares) se assustaram e desembestaram mato adentro. Perda de armas e munições (e mantimentos)
181 – Eleodora (outra com poderes...) de branco, pareceu em gesto de paz frente aos federais e já em seguida, houve ataque surpresa dos fanáticos. A metralhadora não teve tempo nem meios de ser acionada.
181- Duas horas e meia de refrega e o exército perde armas e mantimentos para os inimigos. Parte das armas e mantimentos.
182 – Viram que teriam que ir para o corpo a corpo e nisso os fanáticos estavam mais preparados... então os do exército se retiraram... “que uma retirada honrosa vale por uma vitória”.
182 – Os civis voluntários que estavam para combater com o exércico cairam fora.
O povo local protegia os rebeldes. (e a causa deles, claro)
182 – Caboclos fanáticos, sob certos aspecto... justos.
183 - Os fanáticos venceram sem baixas e a “profecia” de que as armas do exército não funcionariam deu certo. São Sebastião, o santo guerreiro, estava com eles.
190 – Agora era o governador de SC Vidal Ramos a passar sufoco com os fanáticos. Mandou para lá todo o seu contingente militar. Até o Major que era o Secretário Geral do Estado (SC) foi para o local do conflito.
191 – Praxedes foi atacado porque queria arrebatar armas à força e SC usou o episódio como um ataque dos fanáticos porque eles resistiram ao uso da força para tentar arrebatar suas armas.
191 – Mais gente indo para o reduto dos fanáticos até para se sentirem seguros. Posseiros que tinham suas posses e atividades agropecuárias na região.
193 – Dia 03-02-1914 – 754 soldados e 140 cargueiros chegam ao local.
195 – O exército traz até canhões para o local. O povo brasileiro estava indignado. Antes o Marechal Cândido Rondon rodou o Brasil, desbravou, etc. E não precisou atacar nenhum povo. Logo agora, o exército iria agir...
196 – Um advogado do RJ impetrou um habeas corpus aos líderes dos fanáticos.
196 – A campanha do Jornalista Jaime Balão em O Diário da Tarde, pelo diálogo, foi ouvir as queixas, etc.

199 – Tambor e preces duas vezes por dia.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

RESENHA DO LIVRO – O PRESIDENTE CAVALCANTI E A REVOLTA DO CONTESTADO (parte 1/3)




         Autor: Fredericindo Marés de Souza – Editora Lítero Técnica – 1ª edição – Curitiba – PR. – 1987 – 265 páginas
         Fichamento de leitura por :  Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida
         (leitura em outubro de 2013 – publicação no blog em setembro/19)
         Na orelha da capa do livro há citação de várias obras editadas pelo Estante Paranista com abordagens de aspectos da história do Paraná.
         5º livro citado – “Recordações de um Cosmógrafo de Cabeza de Vaca “ – Luiz Carlos Pereira Tourinho
         O Marés, autor do livro citado na epígrafe,publicou também o livro sobre o Contestado chamado Eles não Acreditavam na Morte.
         Outros livros da Estante Paranista citados:    “O tempo do meu pai” do autor Tulio Vargas
         “Relatos de um Pioneiro da Imigração Alemã” – Gustav Hermann Strobel.
         Curitiba era antes de 1853 chamada de Quinta Comarca de São Paulo, até por pertencer àquele estado.
         Página 17 – O Paraná se emancipou de SP em 19-12-1853 e nesse tempo já existia o problema de limite com o estado de SC.
         17 – Fala da busca ao “gado de vento”, ou seja, bovinos criados soltos, sem dono, resultante de rebanhos dos antigos jesuítas (até 1712) que estiveram nos chamados Campos Gerais do sul.
         17 – Em 1720 – descoberta dos Campos de Palmas e Lages e a aptidão  (pasto nativo) para criação de gado.
         20 - ...”abastecer de sal as fazendas” da região de Palmas PR por via fluvial.
         21 – Já se fala em contrabandos... desvio de rotas das tropas para não passar pelos locais de cobrança de impostos.  
         23 – Vila do Desterro foi o primeiro nome da atual Florianópolis.
         24 – Durou quase um século a turra entre PR e SC pela divisa e assim a região ficou sem lei e sem jeito para se cobrar impostos.
         30 – Para passar pelo posto de fiscalização uma tropa de 550 bestas, se cobrou na barreira 2.969 contos de reis, equivalente a aproximadamente 5% do valor da tropa.
         30 – Durante a Guerra do Paraguai – parte da principal riqueza do Paraná que era a erva mate estava saindo em ramas, por carroça pela Estrada Dona Francisca até os moinhos de Joinvile.   De lá a erva era embarcada no Porto de São Francisco do Sul rumo ao Mar Del Plata.   Lá no exterior agregavam valor à erva mate que saia em ramas do Paraná.
         32 – Paraná e Argentina em litígio sobre a região das “Missiones”.  No fim foi decidido na sentença arbitral de Cleveland em 1895.
         37 – Povoamentos incipientes de Rio Negro e Palmas.  Depois (1900) o foco da povoação era em União da Vitória por causa da ferrovia chegando e a valorização das terras.
         38 – Gente com armas (bandos) descidos do Rio Paciência e do Timbó...     Cometiam tropelias.
         38 – Invade terras de gente de Tatui-SP na região.   (o de Tatui:   José Bueno de Camargo)
         40 – Atuação do Conselheiro Manoel da Silva Mafra, este de SC.
         40 – O PR contrata o Sr. Barradas para defender a questão de divisa com SC na justiça federal e este usa dados históricos fornecidos por Romário Martins.
         41 – Tempo de Anita Garibaldi.   Apoiava os de SC.
         42 – usa o termo chiru.  (ouço pelos gaúchos o termo mas não sei o sentido)
         43 – Demétrio, gaúcho que lutou no Cerco da Lapa junto aos federalistas.   Depois este ficou na região e era devoto do Monge curandeiro João Maria de Jesus.
         44 – Cita viagem a “vapor” (barco a vapor) pelo Rio Iguaçu em 1906.
         45 – Faz referência ao Coronel Amazonas Marcondes.
         45 – Fala que o “bandido” Demétrio Ramos era Coronel e ativista por SC.     Não fica claro isso na obra.
         46 – Voluntários de “pau e corda” (na marra) – sertanejos para ajudar os de SC.
         49 – Morre Vicente Machado (1907)  e assume como Governador o Vice João Cândido Ferreira, médico,  um dos heróis da Lapa no cerco

         50 – Tendo morrido o advogado defensor do litígio de fronteira pelo PR, assume a causa o lapeano Ubaldino do Amaral Fontoura.
         51 – Timbó-SC era front de confronto entre o PR x SC
         54 – Em 1910 já havia decisões do STF e os tais embargos e também os infringentes do julgado.
         54 -  No contexto da disputa de limites, se tentou crirar o Estado Federado das Missões na região.   
         64 - “As maiores sumidades : Barradas, Mafra, Ubaldino, Carlos de Carvalho, Inglês de Sousa, Sadro Pimentel (ou Sancho), Epitácio Pessoa e Rui Barbosa.
         65 – Morre Rio Branco que o Paraná, perdida a causa no tribunal, sugere como mediador e é aceito por SC.
         66 – O PR teve crise na produção de alimentos na década de 1910.    Os empregos ficaram focados na construção de ferrovia, nas serrarias e nas lavouras de café e descuidou-se da produção de alimentos básicos como arroz, milho, feijão.     Importava-se então feijão e milho do RS, arroz de SP, açúcar do PE, manteiga de MG, carne do MT e trigo da Argentina.
         Em 1914 a Primeira Guerra Mundial para complicar ainda mais as coisas.
         72 – A fugura do “Monge” que declara proceder de Tatui-SP.   O monge se instala no interior da Lapa, na gruta do Monge.
         72 – O povoado era Vila do Príncipe e depois ganhou o nome de Lapa-PR
         72 – O monge (leigo) pregava na Matriz da Lapa a convite do padre local.   Isto por causa do prestígio que o monge tinha com o povo.
         72 – Tornou-se famoso com o nome de João Maria de Agostini ou João Maria.
         72 – O livro cita que a gruta do Monge foi visitada em 18-02-1886 pelo Visconde de Taunay.
         73 – Coronel Telêmaco Borba..... 1852....
         75 – Novo beato vindo do sul para a região.   Também o povo o chamava de João Maria.  Diferente do anterior que só ficava no campo religioso, este tinha também paixões políticas além de religiosas.
         83 – Curas memoráveis...
         83 – Romarias até o novo João Maria.   Mesmo ricos fazendeiros precisando de curas, iam até o beato.     O beato gostava de mascar fumo.   (não era algo tão raro isso nesse tempo)
         86 -  Convidado pelo padre, não aceitou ir à missa, nem fazer confissão.
         88 – O autor explica a figura do “Coronel de Fazenda” e o Comissário de Polícia.   Grandes poderes a eles.
         89 – Açoite como punição em 1912 inclusive nos quarteis.
         95 – Na cantoria, o viva à monarquia e a Dom Pedro II.  A coisa se espalhou e o boato logo foi parar na capital federal (RJ) na Câmara e no Senado.     E os adversários pediam providências dos órgãos federais.   O beato e seus liderados ficaram como sendo contra a República recente e a favor da Monarquia, o que não era o caso.
         96 – O termo Monarca, no interior gaucho, é que “reina” com os animais.   Os da lida com gado na vida campeira.
         97 – Até tropas federais foram enviadas para “cortar o passo do bando em armas”.
         98 – Oficiais, metralhadoras e 160 “praças” (soldados do exército).
         104 – Coronel João Gualberto...  impulsivo....
         105 – João Gualberto parte de trem com 265 praças armados para a região do conflito.
         106 -  Fala das coxilhas palmenses.  (rever o termo que é gaucho) – tem a ver com o terreno e vegetação.
         107 - “Não se conhecia nenhum ato de violência dos supostos insurretos”.
         107 – O monge manda emissários encontrarem a tropa para dialogar com o comando (João Gualberto).    Os adeptos do Monge tinham 40 pessoas armadas de winchester e a “proteção” de mulheres e crianças dos fanáticos isolando-os para caso de ataque.
         116 – Um dos soldados na tocaia acende vela, a mula da guarnição se espanta (dá uma passarinhada) e lá se vai metralhadora e pentes de bala pra dentro da lama e água.
         117 -  Na hora dos tiros a metralhadora falhou.    Após os tiros dos soldados, surgem da mata entre 250 e 300 da defesa/ataque do monge.   Facões na mão.
         117 – Uma bala do exército acerta o monge, disparada pelo sargento Vergilio Rosa.
         118 – O comandante João Gualberto leva dois tiros no combate.
         118 – Os policiais batem em retirada deixando dez soldados mortos.
         119 – Do lado do monge, 13 mortos e 4 feridos.
         120 -  João Gualberto achou que ia enfrentar meia centena de homens mal armados e que ia vencê-los a toque de clarim.
         120 – Menos de uma hora de combate.   Morre João Gualberto nesse conflito e é enterrado em cemitério da região.
         121 – Dá a entender que oito dias após o enterro dele, tiraram seu corpo de lá e o levaram para a capital, Curitiba, para um sepultamento Apoteótico.
         125 – Tudo isso (a batalha) ocorreu no campo chamado Irani.
         127 -  O Paraná tem o chamado Palácio Rio Branco.  (seria a atual Câmara de Vereadores de Curitiba)
         127 -  Depois desse embate, o presidente do estado do PR pediu ajuda militar federal.
         128 – Federais destacados de Ponta Grossa.
         129 -  termo  (tapejara dos sertões sulinos...  ?)
         129 – O local para se preparar o combate era em Palmas-PR.
         130 – Armas que ficaram em poder dos inimigos... reforçavam o poder de fogo dos adeptos do monge.   Uncluindo a metralhadora e quatro pentes de 250 balas cada.
         130 – O local (povoado) de Irani, tirando o Faxinal dos Fabrícios, tinha 13 casas mais uma capela.
         131 – Os federais (tropas) mandaram emissários e estes constataram que os adversários se espalharam.   Rumo a SC – Campos Novos, Capinzal...
         131 -  Diz o autor que houve refrega e mortes dos dois lados e o saldo foi que a leva de federais fez o povo entrar no eixo e se conseguiu a paz.
         133 – Fizeram o julgamento dos “bandidos”  (simples posseiros na maioria)  e tudo ficou registrado no Cartório Comunal de Palmas.
         137 - “Eram intrusos e posseiros de terras devolutas à espera das medições oficiais, retardadas, ou que não vinham nunca.   Quando lá despontavam, vinham pejadas de enormes concessões aos privilegiados de ordem política, na maioria dos casos, estranhos à área e aos sacrifícios pela conquista do seu pedaço de chão”.   
         … estas glebas superpostas ao mundo dos posseiros e intrusos  (o estado distribuindo terras onde já havia os posseiros e intrusos) desmantelava aquele reino de lavouras, ervais, pinheiros de corte, especulações e esperanças que aí se instalara”.     Causou conflito e sangue.
         138 - … viviam à moda indígena... em distâncias impraticáveis, desconhecendo o serviço público, o medico e o sacerdote...
         138 -  Alguns posseiros já vinham despejados de posses anteriores...
         139 – Estudos, historiadores, etc.     “A brutal guerra seria, no fundo, uma revolta de camponeses espoliados”  .
         139 -  A União fez concessão para a ferrovia no apagar das luzes do Império dia 09-11-1889, só quatro dias antes da Proclamação da República.
         A concessão é feita ao Engenheiro João Teixera Soares no trecho a ser construida ferrovia de Itararé (SP) até o Rio Uruguai (RS).    Num tipo de parceria Público Privada, o particular construia a ferrovia e em troca recebeu uma enorme faixa de terra no entorno da ferrovia em faixa de 9 a 25 km de largura.    Áreas comumente já ocupadas por posseiros que tinham há tempos a terra como suas e ali viviam.
         Veja que o argumento de fanatismo, de serem contra a República, foi só artifício para atacar os posseiros que já viviam na região ao deus-dará, sem apoio do aparato do Estado.
         140 – O estado concede e a companhia ia expulsando (ou …) os posseiros e colocando fogo nos barracos dos mesmos.    Quando solicitado pela companhia, o Estado enviava as forças de segurança para ajudar a expulsar os posseiros.

        continua em mais duas postagens aqui no blog.   Partes 2/3 e 3/3