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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Cap. 4/6 - fichamento do livro - A FILHA PERDIDA - Autora: ELENA FERRANTE

 capítulo 4/6                            outubro de 2024

 

         As duas filhas de Leda, uma tem seios grandes e a outra os tem pequenos demais e ela reclama disso à mãe.

         Voltando ao caso atual da perda da boneca pela menina Elena na praia.

         A tia de Elena ficou tão irada pela perda da boneca, supondo que alguém achou e não quis devolver à menina.  Jogou uma praga em quem teria encontrado a boneca sem saber de quem se tratava.   “Que essa pessoa tenha um câncer no cérebro”.

         Dias depois do episódio da perda da boneca houve um dia chuvoso e os turistas foram para as lojas.  Numa dessas, Leda acabou encontrando Rosária, Nina e a pequena Elena.   Chegaram a conversar e saiu o episódio do sumiço da boneca.

         Leda se recordando de uma vez que ela estava preparando um artigo para publicar e os afazeres domésticos interferindo no andamento do artigo, além dela ter que dar atenção às duas filhas pequenas.  Num momento uma das filhas querendo a atenção da mãe, ao brincar, deu um tapinha no rosto da mãe que reagiu furiosa, dando um tapa do rosto da filha.   Esta ficou assustada e chorou.  Daí vem o drama da mãe...

         No momento de exaltação, Leda pegou a filha pelo braço dizendo que tinha que trabalhar, arrastou-a pelo corredor e deixou-a em outro cômodo chorando e bateu a porta de vidro com força.  Força demais, que o vidro da porta espatifou.   A mãe vê a criança do outro lado olhando espantada com a atitude da mãe.   

         “Olhei-a estarrecida.  Até que ponto eu podia chegar.  Estava assustada comigo mesma.”

         A cena ficou marcada para sempre em Leda e certamente na filha.

         Na fase em que Leda ainda estava com o marido e as crianças, às vezes se reuniam ou mesmo faziam viagens de passeio com o casal amigo.  Ele, Matteo e ela, Lucilla.   Esta que nas ocasiões brincava muito com as filhas de Leda e as crianças adoravam as brincadeiras.   Motivo de ciúmes de Leda.

         Até Lucilla falar com voz de criança tinha vez nas brincadeiras e conquistava as crianças do casal amigo.

         Leda ficava muito constrangida com essa conquista das crianças dela.

         “Os hábitos de autonomia que eu havia imposto às filhas com tanta dificuldade, necessários para que eu conseguisse ter algum tempo para mim, eram eliminados em poucos minutos assim que ela chegava”.

         “Era só Lucilla aparecer e imediatamente começava a encenar a mãe sensível, fantasiosa, sempre alegre, sempre disponível:  a mãe boa.  Maldita!”

         Leda dirigindo agora e relembrando esse passado e irada com isso.

         “Estava voltando ao meu peito toda a raiva daquela época.”

         Era fácil, pensava Leda, Lucilla dar uma de mãe boazinha por uma ou duas horas e depois voltar ao trabalho dela, sem se preocupar com crianças.  Ter um bom emprego, uma carreira de sucesso e se gabar disso para Leda.

         Depois que a “tia” Lucilla ia embora, era Leda quem tinha que assumir a casa toda e ver as crianças cobrando...  “a tia Lucilla disse, a tia Lucilla nos deixou fazer”.  Maldita, maldita!

         “... O mal que Lucilla fez naquele período foi enorme”.    Leda numa ocasião na praia com o esposo, as filhas e o casal amigo, Matteo e Lucilla.  Por coisas poucas, Leda se destemperou.  Falou alto com as filhas, por nada e falou alto com o marido, tudo na frente do casal amigo.

         Tempos depois, Leda se separou do marido e este chegou a ter um caso com Lucilla.  Talvez ele pensava que ela deixaria o marido para ficar com ele e as duas filhas.  Ela parecia gostar das crianças...      

         Não foi assim.  Ela continuou com o marido.  Os casal se afastou e a amizade se desfez.

        

         Continua no capítulo 5/6

sábado, 2 de novembro de 2024

Cap. 3/6 - fichamento do livro - A FILHA PERDIDA - Autora: ELENA FERRANTE

 

         Elena, a criança de família napolitana, brincando com a boneca.   Num descuido da família, a pequena se perde na praia cheia de gente.  Pânico na família.

         Leda, a observadora, percebeu o pânico e se pôs a ajudar.  Ela conseguiu encontrar Elena e devolve-la à família.

         Agora a menina continua a chorar porque perdeu a boneca.    Leda volta da praia tendo achado a boneca que sabia ser de Elena, mas guarda o brinquedo na bolsa e leva para o apartamento.   Atitude estranha.   Sabia que a menina chorava, agora por falta da boneca.

         Leda foi embora da praia naquele dia apesar de ter salvo a menina, acabou depois levando consigo a boneca de estimação de Elena.

         Tudo isso apesar de ouvir o choro da criança.   Sobre esse fato, Leda reconhece:  “Foi uma reação infantil de minha parte...”

         No passado, quando Leda era criança, a mãe dela não brincava com ela e a jovem mãe de Elena brincava com a filha pequena na praia.

         A mãe de Leda, quando esta era pequena, não se fingia de criança para brincar com a filha.    Isto faz falta para Leda.   Tanto que quando ela tinha as filhas pequenas, deixava as crianças brincarem com ela como se fossem ambas crianças.    A filha fazia de conta que a mãe era sua boneca e então penteava o cabelo da mãe, fingia dar remédios.

         Nessas ocasiões Leda se deixava passar por boneca da filha mas não se sentia bem.    Pensava:   Tantos afazeres e ela ali brincando...

         “No entanto, eu tentava manter a calma, queria ser uma boa mãe”.

         ...”Fui muito infeliz naqueles anos.”

         Leda teve uma boneca na infância e guardou.   Quando Bianca era pequena, Leda deu essa boneca a ela.   Bianca não se entusiasmou com a boneca.  Gostava de outra boneca que era de pano.

         Um dia Leda surpreendeu Bianca sentada em cima da boneca e ficou indignada.  Ralhou com a filha e tomou a boneca.

         Na frente da casa, uma rua de grande trânsito de veículos.   Leda tomou a boneca da mão da filha de três anos com violência e jogou a boneca na rua e os carros passavam em cima.   Tudo aos olhos espantados de Bianca.

         ...    “Ler e escrever sempre foram a minha forma de me acalmar”.

         Leda se lembrando de que no passado, quando ela saia pra rua com as filhas já adolescentes, os olhares masculinos ela ainda achava que eram para ela, mãe.    Mas foi chegando o tempo que a mãe teve que aceitar que os olhares dos rapazes de fato eram para as filhas dela.    Assim Leda percebeu que era o fim de um ciclo.

         Mais adiante, os namorados das filhas entravam com elas nos respectivos quartos após darem um ligeiro oi para a mãe antes de se trancarem no quarto.   Ao saírem, um simples tchau para a mãe das meninas.

         A mãe se conformava porque queria que as filhas se sentissem amadas.

         Na conversa com Gino, de volta à praia...  este que cuida dos guarda sois, Leda ficou sabendo um pouco da família de italianos que ela vinha observando a dias.

         Só teve de Gino menos informação sobre Toni, o marido de Nina.

         Leda relembrando com ciúme, da amiga de uma de suas filhas no passado quando ambas tinham ao redor de 14 anos.   Ficava injuriada de saber que a menina, já mocinha, roubava a cena com sua beleza e facilidade de interagir com as pessoas.

         A mãe julgando as filhas...   “Bianca é antipática, eu pensava às vezes, e sofria com isso.   Depois eu descobria que ela era muito querida, tinha amigas e amigos, e senti que só quem a achava antipática era eu, a mãe dela e aquilo me dava remorso.”

                   Continua no capítulo 4/6