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sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Capitulo 6/6 (final) - fichamento do livro - A FILHA PERDIDA - Autora: ELENA FERRANTE

 capítulo final 6/6

        

         O progresso na vida acadêmica trouxe para Leda a certeza de deixar a família e cuidar da carreira e da vida dela.

         Chegou a ficar três anos sem ver as filhas.       ... Leda lembrando das filhas crescendo  ...   “Marta quando tinha 16 anos já era da minha altura.”

         Coisa do tempo dos avós do amigo de Leda.   Criança chorava e a avó pegava um paninho, enrolava um punhadinho de açúcar e dava para a criança chupar e parar de chorar.  Nome disso:  Pupatella.   

         Era um artifício usual por muitas avós e mães do passado de Leda e seu amigo Giovanni.    Este que atualmente cuida do hotel na praia onde Leda estava hospedada.

         Giovanni um dia bateu na porta do apartamento onde Leda estava hospedada e lhe trouxe um peixe de presente.

         Ela não sabia preparar o peixe.   Ele preparou com capricho e ambos jantaram juntos tomando um vinho acompanhando a refeição.

         Ele viu a boneca e perguntou a Leda se ela sabia do roubo da boneca de Elena.   Leda desconversou e mudou de assunto.

         Depois que Giovanni foi embora, Leda ficou na dúvida se devolvia a boneca ou não.    “Eu estava confusa, às vezes parecia que Elena poderia ficar bem sem ela, mas eu, não”.

         Nina tinha o número do celular de Leda e ligou para ela.  Queria conversar com ela, inclusive para se justificar do fato de ter sido flagrada por ela no love na mata da trilha dos pinheirais com Gino, o rapaz que cuida dos guarda sois da praia.

         Na conversa, Nina quis saber coisas da vida de Leda, que era separada e mãe de duas filhas.  Filhas que ficaram sob os cuidados do pai.

         Ambas se encontraram e conversaram.  No final da prosa, Nina dá um beijo meio desajeitado na boca de Leda como despedida e não tinha notado que foi vista nesse gesto pela cunhada Rosária e pelo marido dela.

         Logo após o beijo, a reflexão de Leda.  “Onde está a regra que faz Nina ser bonita e Rosária, não?”

         Leda relembrando a gravidez.  A avó, sete filhos, a mãe dela, quatro filhos e Leda não queria isso para si.  Ficou com duas filhas.

         “Eu era diferente e rebelde”.      A primeira gestação e parto dela foram tranquilos e ela se recorda que estava feliz.

         Já na gravidez da segunda filha, foi tudo muito desagradável.    Sobre a segunda filha:   “Parecia que meu marido ocupado demais com a sua fúria de progredir na carreira, sequer percebia que sua filha, depois de nascer, havia se tornado voraz, exigente, desagradável como nunca me parecera dentro da barriga”.

         Leda limpando a boneca de Elena.   Escorria água suja de dentro da boneca.  Examinando atenta, com ajuda de uma pinça, tirou algo de dentro da boneca.   Era uma minhoca de praia em decomposição, que Elena teria colocado na boneca talvez para fingir uma gravidez na boneca.    Afinal, a tia Rosária estava grávida e brincava bastante com a pequena Elena.

         ... Leda se pesa e mede a altura.  Tinha perdido um pouco da altura e um pouco do peso.  Ficou magoada.  Parecia que estava regredindo e detestava o seu passado, sua infância e sua adolescência até sair de casa aos 18 anos para estudar em Florença.

         Só passou a gostar dela a partir dessa idade, fora de casa.

         Gino, o dos guarda sois da praia, traz a Leda um recado de Nina.   Ela queria emprestar a chave do apartamento para Nina para uma ocasião.    Isto para depois do fim de semana, quando o marido dela voltava ao trabalho.

         Leda aceitou e ficou imaginando.

         Quando resolveu sair de casa e deixar marido e filhas.   Nos três anos que ela ficou ausente, teve relacionamento com o cientista britânico da área dela, de Letras.

         Após três anos, Leda resolveu voltar para casa e então foi o marido que resolveu mudar para o Canadá e levou com ele as duas filhas.

         Agora Leda acha que Nina quer deixar a família e vê em Leda um apoio e afeto.

         Nina vem ao apartamento de Leda emprestar a chave conforme pedido antes pelo recado de Gino.     As duas conversam e Nina demonstra inaptidão para ser mãe e o desejo de abandonar a família.    Soube que Leda mora em Florença e chegou a pedir o endereço e dizer que poderia aparecer por lá.

           Nisso Nina pega a boneca para entregar a Nina que fica estupefata e fala cobras e lagartos para Leda.   Diz que esta sendo tão letrada, não esperava uma atitude dessas que ficar com a boneca sabendo do sofrimento de uma criança.   Leda respondeu que fez isso e não entendia por que fez.

         Nina que tinha ganho um alfinete de Leda, desses de fixar o chapéu, tirou o alfinete e cutucou abaixo da costela de Leda.   Pegou a boneca com furor e foi embora, levando a chave que havia solicitado com ela.

         Era o fim para a tentativa de algo mais entre Leda e Nina, o que fez Leda encerrar a temporada de praia, colocar a bagagem no carro e partir.

Pouco antes da partida, um telefonema das filhas cobrando de Leda notícias.  Perguntaram se ela estava viva ao menos.      A mãe resumiu tocada pelo encontro inusitado com Nina e o desfecho como ocorreu.    “Murmurei:  - Estou morta, mas bem”.

                                      Fim

 

         Próximo livro de cabeceira:   Quincas Borba – Autor:   Machado de Assis

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Cap. 5/6 - fichamento do livro - A FILHA PERDIDA - Autora - ELENA FERRANTE

 capítulo 5/6

 

         Após o dia de chuva na praia, Leda volta e a praia está quase deserta.  Pensa nas filhas:    “Minhas filhas se esforçam a cada dia para ser o meu avesso.  São teimosas, competentes, o pai as está encaminhando pela sua mesma estrada.     Determinadas e aterrorizadas, avançam em um turbilhão pelo mundo, vão se sair muito melhor do que nós, os pais”.

         Escreveu uma carta para cada filha quando as deixou e partiu.   As filhas nunca responderam a carta da mãe.    “Que bobagem pensar que é possível falar de si mesmo aos filhos antes que eles tenham pelo menos cinquenta anos.   Querer ser vista por eles como uma pessoa e não como uma função.   Dizer: sou sua história, vocês começam comigo, escutem, pode ser útil.”

         Leda agora de volta à praia e torcendo para rever Nina.   “Nina poderia me ver até como um futuro.   Escolher como companheira uma filha estranha.  Procurá-la, aproximar-se dela”.

         Leda caminhando solitária na praia  “até se cansar”.   Caminhando com os pés na água e as sandalhas nas mãos.   Pensativa.   “Durante o primeiro ano de minha filha Marta, descobri que eu não amava mais meu marido.   Um ano difícil, a pequena não dormia nunca e não me deixava dormir.   O cansaço físico é uma lente de aumento.   Eu estava cansada demais para estudar, para pensar, para rir, para chorar, para amar aquele homem muito inteligente...”

         ...”o amor exige energia, eu não tinha mais...”.

         No passado, num dia de inverno, a família de Leda viajando com as crianças e deram carona para um casal.  Ele mais velho e ela, jovem.   Eles resolveram deixar suas famílias e se aventurarem na vida a dois.   Ele deixou esposa e três crianças pequenas e ela deixou o jovem marido.

         Leda ficou tocada por esse contato com o casal.   Passou a pensar mais seriamente em abandonar sua própria família.

         “Acho que nunca pensei em deixar minhas filhas.  Parecia-me terrível, estupidamente egoísta.  Mas pensava, sim, em deixar meu marido, procurava o momento certo”.

         Na trilha dos pinheirais até a praia, Leda deparou com jovens distribuindo folhetos sobre a perda da boneca de Elena.    O desalento da criança e o apelo a quem encontrasse a boneca.  Haveria recompensa.

         No folheto, o número do celular de Nina, mãe de Helena.    Leda pegou um folheto e levou consigo.

         No passado, Leda jovem rebelde, deixou sua família em Nápolis e aos 18 anos foi para Florença para estudar.   Detestava a sua família grande e agitada.

         Quando mais adiante, rompeu o casamento, pediu ao marido para não levar suas filhas e entrega-las aos parentes dela em Nápolis.   Ele respondeu que ele faria o que achasse melhor e que ela não tinha direito de se meter no assunto já que havia aberto mão da família.

         Poucas vezes ele deixou as filhas com a mãe de Leda.   Por seu lado, Leda  nunca foi grata à mãe por ter ajudado a cuidar das filhas dela.

         As filhas de Leda no começo após a separação, patinaram nos estudos mas depois seguiram e foram bem.   Aprenderam o idioma inglês melhor que a mãe que era professora no ramo.   Se adaptaram melhor ao tempo delas.

         “Pertencem a outro tempo.  Eu as perdi para o futuro”

         Leda soube que a família de Nina tem uma mansão perto da praia, depois da trilha dos pinheirais.   Resolveu dar uma passada por aqueles lados.   Estando perto da mansão, telefonou para o celular de Nina que constava no folheto da procura da boneca.      Nina respondeu por perto e estava na mata próxima, à vista de Leda, aos abraços e beijos com Gino, o dos guarda sois.

         Leda sempre buscando subir na carreira acadêmica.  Ter que publicar artigos para melhorar o currículo e ter contato com pesquisadores renomados.    Conseguiu com ajuda de uma amiga, que um artigo dela chegasse às mãos de um pesquisador destacado da Inglaterra.   Foi até um evento e lá conheceu o pesquisador que se mostrou interessado no artigo acadêmico dela e também dela como mulher.    E ambos acabaram indo para a cama.   Isso trouxe a Leda uma onda de energia sobre seu auto conhecimento e sobre sua obra acadêmica.

 

         Continua no capítulo final 6/6

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Cap. 2/7 - fichamento do livro de ficção - A FILHA PERDIDA - autora - ELENA FERRANTE

 

CAP 2

         Vizinhos de guarda sol na praia onde Leda está:  uma família de napolitanos com o sotaque da região dela.

         A família recebeu na praia, amigos que chegaram de barco e mesmo com a praia com os guarda sois ocupados, foi pedindo para os vizinhos de guarda sol trocarem de lugar para a família ampliada caber toda reunida.

         Os vizinhos acabaram colaborando e assim se fez.   “Aquela gente me irritava.   Eu havia nascido em um ambiente igual àquele...”   ...”agiam daquela maneira, com uma cordialidade prepotente”.

         A mãe de Leda era do tipo daquela gente que se aglomerou na praia.

         Leda tentava ser e agir diferente, mas destemperava vez por outra.   “Eu a observava, surpresa e decepcionada, e planejava não ser como ela...”

         A mãe que ameaçava os filhos, ainda crianças, de abandona-los.   “Como eu sofria por ela..  e por mim...    “Como eu me envergonhava de ter saído da barriga de alguém tão infeliz”.

         Quase todos os casais das barracas próximas cederam seus lugares à família barulhenta.  Houve um casal de estrangeiros, com mulher grávida, que não aceitou mudar de lugar.

         Nisso o rapaz que cuida das barracas vem com Nina para a barraca de Leda, confiantes em convence-la a mudar.   Ela não aceitou mudar de lugar para dar espaço para a aglomeração festiva dos napolitanos barulhentos.

         Na família napolitana a aniversariante do momento era Rosaria e ela trouxe ao final um pratinho de doces para Leda.

         Em outro momento, Leda sentiu uma pancada nas costas, no caminho pelos pinheirais entre a praia e o Hotel.   Caiu uma pinha ou foi atirado por alguém, pelas costas...

         Antes ela pensava na família napolitana.   Agora pensa e reclama da dor nas costas e na dúvida se a pinha caiu ou foi arremessada.

         Depois telefonou para as filhas que residem com o pai no Canadá.

         ...”Mas eu não invento nada, só escuto, o não dito fala mais que o dito... (no telefonema para as filhas).

         Leda na fala com a filha acha que esta gostaria que não fosse filha dela.   Quando Leda desligou o telefone após a fala com a filha Marta, “estava arrependida de ter ligado”.      ...”sentia-me mais agitada do que antes...”

         Restaurantes cheios, Leda foi tomar lanche num bar.   Homens jogando baralho.  Idosos.   Giovanni junto com eles.   O que cuidava das barracas.

         Ele veio falar com ela e ela percebeu que ele tinha intenções inclusive de mostrar para os amigos, que ele tinha alguma proximidade com a turista.

         “Isto numa atitude de macho dominante.”

         Noite mal dormida, barulho na praia, família, Gianni, o ex marido, tudo passa pelos pensamentos dela.

         “Eu havia desejado ter minha filha Bianca; um filho e desejado com uma opacidade animal reforçada pelas crenças populares.”

         Leda tinha 23 anos quando nasceu sua filha Bianca.   Em seguida, “programou” o nascimento de Marta para fazer companhia a Bianca.

         Todo o processo, gravidez, correria, perdas de oportunidade profissional na carreira tentando ser professora na universidade.   O marido conseguiu ser professor na universidade e ela não.

         “O pai das filhas corria mundo afora, uma oportunidade atrás da outra.   Ele tinha pouco tempo para reparar nas filhas.   Gianni acha que as duas filhas se parecem com a mãe.      ...”é um homem gentil e as filhas gostam dele”.      ...”em geral ele agrada as crianças.   Se estivesse aqui, não ficaria como eu na espreguiçadeira; iria brincar com a pequena Elena, se sentiria na obrigação de faze-lo.”.

         ..... continua no capítulo 3/7 

domingo, 27 de outubro de 2024

Cap 1/7 - Fichamento do livro - A FILHA PERDIDA - Ficção - Autora: ELENA FERRANTE

 


         Autora  Elena Ferrante  - Editora Intrínseca -  2016

(outubro de 2024 – leitura)

         Livro traduzido do italiano por Marcello Lino

         A edição italiana foi em 2006 com o nome La Figlia Oscura

         A personagem protagonista do livro se chama Leda.   

         Leda dirigindo à noite, tem um mal súbito, apaga, é internada e se restabelecendo fica confusa sobre o que ocorreu.   “As coisas mais difíceis de falar são as que nós mesmos não conseguimos entender”.

         Leda, mãe se duas filhas jovens, fica só na Itália e as filhas vivem com o pai no Canadá.

         Leda descobriu que essa distância das filhas não a afetou.

         ...”não senti mais aquela ansiedade por ter que tomar conta delas”.

         A mãe, Leda, telefonava com frequência para saber das filhas.

         Uma filha é Bianca e outra é Marta.

         Telefonemas entre mãe e filhas...

         ...”eram quase sempre apressados, às vezes pareciam falsos, como no cinema”.

         Leda é professora universitária.   Tem um relacionamento sexual de vez em quando com um colega professor da mesma universidade.

         Está perto de completar 47 anos.   Leda está se sentindo bem com seu corpo e sua toada de vida.

         Tirou um mês de férias e foi passar férias na praia.    Alugou uma pousada na praia e mantinha as janelas abertas nos dias ensolarados.

         “Eu me sentia leve, e sem culpa por isso”.

         O zelador da pousada se chama Giovanni.

         No passado, todo o tempo de Leda era centrado nas duas filhas.   Quando pequenas, nas preocupações com crianças e depois, quando elas eram jovens, que já  saiam para lazer, passeios, as preocupações eram com essa fase da idade delas.

         “Eu queria estar pronta para lidar com os pedidos repentinos de ajuda, temia que me acusassem de ser como eu de fato era:  distraída e ausente, absorta em mim mesma”.

         Leda vai procurar uma praia com lugar para estacionamento do carro.  Encontra um lugar com pinheirais.   Lembra da infância dela.    A mãe tirando a casca dos pinhões para as irmãs dela comer e as duas eram mais estridentes.   Leda era a mais tímida das irmãs.    A mãe tentava vencer a timidez de Leda quando criança.    “Você é pior que uma pinha verde”.

         Ela levou livros e mais livros para ler e preparar aulas durante as férias.

         Na praia conhece o jovem salva vidas chamado Gino.

         Marta é o nome da segunda filha da protagonista.

         Leda lendo na praia.   Uma grande família italiana por perto.  Avós, pais, filhos, netos.

         Quando criança Leda também era de uma família grande e barulhenta.

         No grupo de italianos na praia, uma jovem mãe e sua filha pequena, uma sempre junto com a outra.   A mãe se chama Nina.   A criança  se chama Elena.

         A mãe de Leda ralhava com ela e as irmãs e ameaçava abandoná-las.

         “Qualquer noite eu vou embora e quando vocês acordarem já não vão me encontrar”.

         As crianças ficavam morrendo de medo de isso acontecer de fato.

         Agora ali na praia, Leda observando a jovem mãe Nina e sua filha pequena.

         “Aquela mulher, Nina, parecia serena, e eu sentia inveja”.

         A posterior chegada do pai da criança e o reboliço da família.   Ele com presentes, sendo cumprimentado pelos familiares e depois chega até Nina, pega a criança no colo, beijos.   Para Nina, que é mais alta do que ele, puxa-a para ela se curvar para receber o beijo.

         ...”e roçou rapidamente os lábios dela, com a discreta autoridade de um proprietário...”

 

         Continua em capítulos de duas laudas.   Estimados em sete capítulos