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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Cap. 2/7 - fichamento do livro de ficção - A FILHA PERDIDA - autora - ELENA FERRANTE

 

CAP 2

         Vizinhos de guarda sol na praia onde Leda está:  uma família de napolitanos com o sotaque da região dela.

         A família recebeu na praia, amigos que chegaram de barco e mesmo com a praia com os guarda sois ocupados, foi pedindo para os vizinhos de guarda sol trocarem de lugar para a família ampliada caber toda reunida.

         Os vizinhos acabaram colaborando e assim se fez.   “Aquela gente me irritava.   Eu havia nascido em um ambiente igual àquele...”   ...”agiam daquela maneira, com uma cordialidade prepotente”.

         A mãe de Leda era do tipo daquela gente que se aglomerou na praia.

         Leda tentava ser e agir diferente, mas destemperava vez por outra.   “Eu a observava, surpresa e decepcionada, e planejava não ser como ela...”

         A mãe que ameaçava os filhos, ainda crianças, de abandona-los.   “Como eu sofria por ela..  e por mim...    “Como eu me envergonhava de ter saído da barriga de alguém tão infeliz”.

         Quase todos os casais das barracas próximas cederam seus lugares à família barulhenta.  Houve um casal de estrangeiros, com mulher grávida, que não aceitou mudar de lugar.

         Nisso o rapaz que cuida das barracas vem com Nina para a barraca de Leda, confiantes em convence-la a mudar.   Ela não aceitou mudar de lugar para dar espaço para a aglomeração festiva dos napolitanos barulhentos.

         Na família napolitana a aniversariante do momento era Rosaria e ela trouxe ao final um pratinho de doces para Leda.

         Em outro momento, Leda sentiu uma pancada nas costas, no caminho pelos pinheirais entre a praia e o Hotel.   Caiu uma pinha ou foi atirado por alguém, pelas costas...

         Antes ela pensava na família napolitana.   Agora pensa e reclama da dor nas costas e na dúvida se a pinha caiu ou foi arremessada.

         Depois telefonou para as filhas que residem com o pai no Canadá.

         ...”Mas eu não invento nada, só escuto, o não dito fala mais que o dito... (no telefonema para as filhas).

         Leda na fala com a filha acha que esta gostaria que não fosse filha dela.   Quando Leda desligou o telefone após a fala com a filha Marta, “estava arrependida de ter ligado”.      ...”sentia-me mais agitada do que antes...”

         Restaurantes cheios, Leda foi tomar lanche num bar.   Homens jogando baralho.  Idosos.   Giovanni junto com eles.   O que cuidava das barracas.

         Ele veio falar com ela e ela percebeu que ele tinha intenções inclusive de mostrar para os amigos, que ele tinha alguma proximidade com a turista.

         “Isto numa atitude de macho dominante.”

         Noite mal dormida, barulho na praia, família, Gianni, o ex marido, tudo passa pelos pensamentos dela.

         “Eu havia desejado ter minha filha Bianca; um filho e desejado com uma opacidade animal reforçada pelas crenças populares.”

         Leda tinha 23 anos quando nasceu sua filha Bianca.   Em seguida, “programou” o nascimento de Marta para fazer companhia a Bianca.

         Todo o processo, gravidez, correria, perdas de oportunidade profissional na carreira tentando ser professora na universidade.   O marido conseguiu ser professor na universidade e ela não.

         “O pai das filhas corria mundo afora, uma oportunidade atrás da outra.   Ele tinha pouco tempo para reparar nas filhas.   Gianni acha que as duas filhas se parecem com a mãe.      ...”é um homem gentil e as filhas gostam dele”.      ...”em geral ele agrada as crianças.   Se estivesse aqui, não ficaria como eu na espreguiçadeira; iria brincar com a pequena Elena, se sentiria na obrigação de faze-lo.”.

         ..... continua no capítulo 3/7