CAP 2
Vizinhos de guarda sol na praia onde Leda está: uma família de napolitanos com o sotaque da
região dela.
A família recebeu na praia, amigos que chegaram de barco e
mesmo com a praia com os guarda sois ocupados, foi pedindo para os vizinhos de
guarda sol trocarem de lugar para a família ampliada caber toda reunida.
Os vizinhos acabaram colaborando e assim se fez. “Aquela gente me irritava. Eu havia nascido em um ambiente igual
àquele...” ...”agiam daquela maneira,
com uma cordialidade prepotente”.
A mãe de Leda era do tipo daquela gente que se aglomerou na
praia.
Leda tentava ser e agir diferente, mas destemperava vez por
outra. “Eu a observava, surpresa e
decepcionada, e planejava não ser como ela...”
A mãe que ameaçava os filhos, ainda crianças, de
abandona-los. “Como eu sofria por
ela.. e por mim... “Como eu me envergonhava de ter saído da
barriga de alguém tão infeliz”.
Quase todos os casais das barracas próximas cederam seus
lugares à família barulhenta. Houve um
casal de estrangeiros, com mulher grávida, que não aceitou mudar de lugar.
Nisso o rapaz que cuida das barracas vem com Nina para a
barraca de Leda, confiantes em convence-la a mudar. Ela não aceitou mudar de lugar para dar
espaço para a aglomeração festiva dos napolitanos barulhentos.
Na família napolitana a aniversariante do momento era
Rosaria e ela trouxe ao final um pratinho de doces para Leda.
Em outro momento, Leda sentiu uma pancada nas costas, no
caminho pelos pinheirais entre a praia e o Hotel. Caiu uma pinha ou foi atirado por alguém,
pelas costas...
Antes ela pensava na família napolitana. Agora pensa e reclama da dor nas costas e na
dúvida se a pinha caiu ou foi arremessada.
Depois telefonou para as filhas que residem com o pai no
Canadá.
...”Mas eu não invento nada, só escuto, o não dito fala mais
que o dito... (no telefonema para as filhas).
Leda na fala com a filha acha que esta gostaria que não
fosse filha dela. Quando Leda desligou
o telefone após a fala com a filha Marta, “estava arrependida de ter ligado”. ...”sentia-me mais agitada do que
antes...”
Restaurantes cheios, Leda foi tomar lanche num bar. Homens jogando baralho. Idosos.
Giovanni junto com eles. O que
cuidava das barracas.
Ele veio falar com ela e ela percebeu que ele tinha
intenções inclusive de mostrar para os amigos, que ele tinha alguma proximidade
com a turista.
“Isto numa atitude de macho dominante.”
Noite mal dormida, barulho na praia, família, Gianni, o ex
marido, tudo passa pelos pensamentos dela.
“Eu havia desejado ter minha filha Bianca; um filho e
desejado com uma opacidade animal reforçada pelas crenças populares.”
Leda tinha 23 anos quando nasceu sua filha Bianca. Em seguida, “programou” o nascimento de
Marta para fazer companhia a Bianca.
Todo o processo, gravidez, correria, perdas de oportunidade
profissional na carreira tentando ser professora na universidade. O marido conseguiu ser professor na
universidade e ela não.
“O pai das filhas corria mundo afora, uma oportunidade atrás
da outra. Ele tinha pouco tempo para reparar
nas filhas. Gianni acha que as duas
filhas se parecem com a mãe. ...”é
um homem gentil e as filhas gostam dele”.
...”em geral ele agrada as crianças.
Se estivesse aqui, não ficaria como eu na espreguiçadeira; iria brincar
com a pequena Elena, se sentiria na obrigação de faze-lo.”.
..... continua no capítulo 3/7
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