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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Cap. final - fichamento do livro de ficção - O FILHO DE OSUM - Autor: DECIO ZYLBERZTAJN

capítulo final

        

         Capítulo 12 – Morte e fuga

         Deborah de fato viajou com as pedras preciosas e como combinado com Anna, não pagou Jos que ficou em apuros com seus fornecedores traficantes.

         Alaor, sócio de Jos, estava doente e morreu.   A loja dele já estava em apuro financeiro.

         Anna e seu amigo delegado aposentado e suas colaboradoras, ajudaram a liquidar os haveres no Bairro e caíram fora.   Inclusive porque os bordeis do Bairro Bom Retiro em São Paulo estavam sendo obrigados a fechar.

         Jos fugiu para a Guiana holandesa para depois tentar conseguir uma viagem de navio até a Holanda.

         Sirenes na rua e a chegada da polícia no bordel.

         “- Lá vem eles novamente.  Vão entrar de casa em casa roubando o pouco que resta dessas mulheres.   A maior parte delas chegou aqui jovem, perdida, sem um tostão.  Vão sair daqui velhas, perdidas, sem nenhum tostão.

         “Mais sorte teve Diva, que não viveu para ver esta cena”.   Diva foi a gerente do bordel de Anna e morreu de sífilis.

         Capítulo 13 -  Despedidas

         Anna e as mulheres do bordel se despedindo e buscando alguma esperança para um futuro incerto.   Anna diz:    “Eu não tenho concelhos para dar, casas de mulheres mudam de lugar e de clientes, temos que nos adaptar.  Nós deixamos de dar lucro, os meganhas passaram a ganhar mais nos puteiros novos, nas casas noturnas e nas boates”.

         “Para putas velhas, em São Paulo, tudo acabou”.

         Anna abriu umas garrafas de champanhe que restavam e brindou com as mulheres da casa como despedida.

         Destacou que estava planejando ser professora de idiomas e literatura numa escola n interior de Minas Gerais, a convite da dona da escola.

         As crianças da escola que ganhavam livros de Anna souberam que ela iria embora e vieram trazer flores e se despedir.  Se posicionaram em frente ao bordel e leram poesias, trechos de poesias na verdade, de diversos autores e que diziam algo que se encaixasse ao momento.

         Muita emoção e lágrimas de Anna.   Nisso chegaram os policiais e dispersarem as crianças com alguma truculência.  Ralhando com as crianças por estarem na frente de um bordel.

         Capítulo 14 -   Os caminhos

         A viagem de Jos foi de navio até Belém do Pará.   Lá ele alugou um pequeno avião de propriedade de um holandês que era também o piloto.   Chegaram em Paramaribo, capital da Guiana Holandesa.   Ficou três meses lá até haver um navio que desse certo para leva-lo até a Europa.

         O caminho de Deborah

         Deborah voltou para sua terra natal na Bélgica e se articulou com comerciantes e lapidadores de pedras preciosas.

         Ela conseguiu quitar o imóvel que foi dos pais dela.   Depois restaurou e reabriu a loja que era da família.

         Viagem de Jos

         Ele foi de navio até o porto de Rottherdam.  Depois foi de trem até a cidade onde moraram seus pais.   Passou inclusive por Utrecht.

         Debora encaminhou as pedras para lapidadores da Antuerpia na Bélgica.   Mantém correspondência com a amiga Anna que continua no Brasil.   Remeteu à amiga a parte que cabia a ela na venda das pedras, como forma desta recuperar a perda que Jos lhe causou no passado.

         Deborah visita com frequência seu amigo Cornelius que tem problemas mentais decorrentes da guerra, da prisão em campo de concentração e do trabalho forçado.    Ele passou a lidar catando sucatas, levando para um galpão ao lado da casa e ir montando coisas sem nexo mas que para ele poderia ser um barco.    Sobe no barco fechado no galpão, lê em voz alta, faz discurso para ninguém.

         Capítulo 15 -   Coisas desimportantes

         Em resumo, Jos, para desencargo de consciência, resolveu se acertar diante dos erros do passado.

         Enviou duas caixas de pedras.  Uma para Preta Lina e outra para o amigo Cornelius, agora doente mental.

         Preta Lina colocou a caixa de pedras num barquinho com ajuda do carroceiro que trouxe a caixa e remaram até o lugar do rio que ela indicou.  Nisso Preta Lina passa a ir soltando as pedras na água do rio como oferenda a Osum para este perdoar Jos pelos pecados cometidos e tentar mudar a sorte dele.

         A caixa que chegou a Cornelius, este colocou a caixa de pedras preciosas num barquinho, foi para o lugar que achou melhor no rio e foi soltando as pedras na água até completar a tarefa.

         Assim ele se sentiu mais leve, aliviado. 

         Capítulo 16 -  Encontro no Galpão de Cornelius

         Deborah indo de barco encontrar mais uma vez o velho amigo Cornelius.    Não dialogaram, já que ele está demente.

         Ele lê no galpão e faz discursos entre altos brados.  Conversa aos quatro ventos.

         O barqueiro que está trazendo Deborah para mais uma visita ao demente pergunta a ela:   “Por que a senhora insiste em visitar seu amigo?  Ela responde   -“eu não sei responder.  Me sinto em paz quando ouço ele declamar.   Acho que precisamos dos loucos para aliviar um pouco da nossa demência.”

         Deborah assistindo e Cornelius declamando de forma teatral, trechos de livros.

         Lê inclusive uma fala atribuída a Jean Cocteau  (1889 – 1963)

         “- E quando estiverem no meu enterro, finjam chorar, meus amigos, pois os poetas fingem morrer”.

                   FIM                                          final da leitura 12-10-24


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