capítulo 4/6 outubro de 2024
As duas filhas de Leda, uma tem seios grandes e a outra os
tem pequenos demais e ela reclama disso à mãe.
Voltando ao caso atual da perda da boneca pela menina Elena
na praia.
A tia de Elena ficou tão irada pela perda da boneca, supondo
que alguém achou e não quis devolver à menina.
Jogou uma praga em quem teria encontrado a boneca sem saber de quem se
tratava. “Que essa pessoa tenha um
câncer no cérebro”.
Dias depois do episódio da perda da boneca houve um dia
chuvoso e os turistas foram para as lojas.
Numa dessas, Leda acabou encontrando Rosária, Nina e a pequena Elena. Chegaram a conversar e saiu o episódio do
sumiço da boneca.
Leda se recordando de uma vez que ela estava preparando um
artigo para publicar e os afazeres domésticos interferindo no andamento do
artigo, além dela ter que dar atenção às duas filhas pequenas. Num momento uma das filhas querendo a atenção
da mãe, ao brincar, deu um tapinha no rosto da mãe que reagiu furiosa, dando um
tapa do rosto da filha. Esta ficou assustada
e chorou. Daí vem o drama da mãe...
No momento de exaltação, Leda pegou a filha pelo braço
dizendo que tinha que trabalhar, arrastou-a pelo corredor e deixou-a em outro
cômodo chorando e bateu a porta de vidro com força. Força demais, que o vidro da porta espatifou. A mãe vê a criança do outro lado olhando
espantada com a atitude da mãe.
“Olhei-a estarrecida.
Até que ponto eu podia chegar.
Estava assustada comigo mesma.”
A cena ficou marcada para sempre em Leda e certamente na
filha.
Na fase em que Leda ainda estava com o marido e as crianças,
às vezes se reuniam ou mesmo faziam viagens de passeio com o casal amigo. Ele, Matteo e ela, Lucilla. Esta que nas ocasiões brincava muito com as
filhas de Leda e as crianças adoravam as brincadeiras. Motivo de ciúmes de Leda.
Até Lucilla falar com voz de criança tinha vez nas brincadeiras
e conquistava as crianças do casal amigo.
Leda ficava muito constrangida com essa conquista das
crianças dela.
“Os hábitos de autonomia que eu havia imposto às filhas com
tanta dificuldade, necessários para que eu conseguisse ter algum tempo para
mim, eram eliminados em poucos minutos assim que ela chegava”.
“Era só Lucilla aparecer e imediatamente começava a encenar
a mãe sensível, fantasiosa, sempre alegre, sempre disponível: a mãe boa.
Maldita!”
Leda dirigindo agora e relembrando esse passado e irada com
isso.
“Estava voltando ao meu peito toda a raiva daquela época.”
Era fácil, pensava Leda, Lucilla dar uma de mãe boazinha por
uma ou duas horas e depois voltar ao trabalho dela, sem se preocupar com
crianças. Ter um bom emprego, uma
carreira de sucesso e se gabar disso para Leda.
Depois que a “tia” Lucilla ia embora, era Leda quem tinha
que assumir a casa toda e ver as crianças cobrando... “a tia Lucilla disse, a tia Lucilla nos
deixou fazer”. Maldita, maldita!
“... O mal que Lucilla fez naquele período foi enorme”. Leda numa ocasião na praia com o esposo, as
filhas e o casal amigo, Matteo e Lucilla.
Por coisas poucas, Leda se destemperou.
Falou alto com as filhas, por nada e falou alto com o marido, tudo na
frente do casal amigo.
Tempos depois, Leda se separou do marido e este chegou a ter
um caso com Lucilla. Talvez ele pensava
que ela deixaria o marido para ficar com ele e as duas filhas. Ela parecia gostar das crianças...
Não foi assim. Ela
continuou com o marido. Os casal se
afastou e a amizade se desfez.
Continua no capítulo 5/6