capítulo 7
No dia da posse do Lula ele sobe a rampa do Planalto
acompanhado de representantes das minorias e recebe a faixa presidencial das
mãos de uma senhora negra que trabalha junto aos catadores de recicláveis.
Essa forma de Lula subir a rampa foi inusitada e teve grande
cobertura da mídia nacional e internacional.
Duas pesquisas de opinião mostraram a elevada reprovação do
povo ao quebra-quebra do 8/1/23.
Pesquisas feitas dois dias depois do ocorrido.
O resultado foi reprovação de 76% em uma e 93% em
outra. Ou seja, aqui se inclui a
maioria dos que votaram no Bolsonaro nesta eleição.
Capítulo - A direita
se vê no espelho trincado. Cidadão de
bem vandaliza? (página 85)
Após perder a eleição, só no dia 1/11/22 que Bolsonaro veio
a público se manifestar e apoiar os que bloqueavam as estradas e acampavam em
frente aos quarteis. Ele usou o
argumento de que o processo eleitoral foi uma fraude. Assim ele animou os manifestantes a
continuarem ainda de forma mais acirrada nos bloqueios de rodovias e nos
acampamentos.
No resumo a coisa ficou assim: a direita que se postava como composta de
cidadãos de bem e que sempre acusava a esquerda de baderneiros, agora promove
uma baderna sem precedentes e ficam com a imagem chamuscada, no mínimo, pelo
povo brasileiro.
A elite econômica do Brasil após o quebra-quebra ficou
embaraçada entre apoiar a direita que causou tudo aquilo ou se afastar do
bolsonarismo.
.... (página 89)
Como demonstrou o Florestan Fernandes, “historicamente a
burguesia nacional articula-se internamente com setores arcaicos, reprime os de
baixo e, externamente, submete-se ao imperialismo em servidão voluntária”
“Aceita facilmente vias autoritárias, intolerância política
e ditaduras preventivas”.
Os do capital “agem no bastidor. No front agem através dos Ms: Militares, Milícias, Máfias, Malandros e
Manés.”
Capítulo – Mané e malandro no espelho da (des)ordem
“Na véspera do 8/1/23, mais de uma centena de ônibus de
vários estados do Brasil, patrocinados por indivíduos, empresas ligadas ao
agronegócio e igrejas evangélicas, chegavam a Brasília e mantinham contato com
o QG Quartel General da rebelião: o
enorme acampamento diante do Quartel de Brasilia.
Os próprios acampados fizeram o quebra-quebra e produziram
filmagem com celular e postaram nas redes sociais. Produziram provas contra si mesmos. Achavam que conquistariam o golpe e não
seriam punidos.
Depois de invadirem os Palácios, os acampados ficaram na
praça dos três Poderes esperando o que seria o segundo lance na forma da
entrada dos militares em ação, concretizando o golpe. Se isso se consumasse, os manés passariam a
ser os malandros, os espertos.
“Malandro é malandro, mané é mané... (já dizia um samba do Bezerra da Silva).
... “Afinal o bolsonarismo também criou o herói da
incorreção política, o hero i
malandro, bombado, tóxico, trollador, xingador, miliciano, conspirador,
escroque, sonegador e contrabandista”.
...”a defesa da ordem e da hierarquia sociais representa a
naturalização da desigualdade social.
Qualquer projeto minimamente reformista logo é acusado de
desestabilizador”.
Página 97 (de 170)
Capítulo – A Queda da Babilônia e a destruição do Brasil-Gomorra
Os acampados tinham até uma artista plástica que pintava
quadros com os temas deles. Era a
bailarina pintora Lucimary Billhardt.
Os da extrema direita misturam política com religião e
colocam os males que nos afetam como castigo divino e acenam com passagens do
Apocalipse.
Nisso, colocam todos os males do país como castigos pelas
ações das pessoas do mal que são os adversários das ideias deles.
Continua no capítulo 8 (gratidão aos leitores)
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