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sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cap. 7/10 - fichamento do livro - 8/1 A REBELIÃO DOS MANÉS - autores - PEDRO FIORI ARANTES et alli (2024)

 capítulo  7

 

         No dia da posse do Lula ele sobe a rampa do Planalto acompanhado de representantes das minorias e recebe a faixa presidencial das mãos de uma senhora negra que trabalha junto aos catadores de recicláveis.

         Essa forma de Lula subir a rampa foi inusitada e teve grande cobertura da mídia nacional e internacional.

         Duas pesquisas de opinião mostraram a elevada reprovação do povo ao quebra-quebra do 8/1/23.   Pesquisas feitas dois dias depois do ocorrido.

         O resultado foi reprovação de 76% em uma e 93% em outra.   Ou seja, aqui se inclui a maioria dos que votaram no Bolsonaro nesta eleição. 

         Capítulo -  A direita se vê no espelho trincado.   Cidadão de bem vandaliza? (página 85)

         Após perder a eleição, só no dia 1/11/22 que Bolsonaro veio a público se manifestar e apoiar os que bloqueavam as estradas e acampavam em frente aos quarteis.    Ele usou o argumento de que o processo eleitoral foi uma fraude.   Assim ele animou os manifestantes a continuarem ainda de forma mais acirrada nos bloqueios de rodovias e nos acampamentos.

         No resumo a coisa ficou assim:   a direita que se postava como composta de cidadãos de bem e que sempre acusava a esquerda de baderneiros, agora promove uma baderna sem precedentes e ficam com a imagem chamuscada, no mínimo, pelo povo brasileiro.

         A elite econômica do Brasil após o quebra-quebra ficou embaraçada entre apoiar a direita que causou tudo aquilo ou se afastar do bolsonarismo.

         .... (página 89)

         Como demonstrou o Florestan Fernandes, “historicamente a burguesia nacional articula-se internamente com setores arcaicos, reprime os de baixo e, externamente, submete-se ao imperialismo em servidão voluntária”

         “Aceita facilmente vias autoritárias, intolerância política e ditaduras preventivas”.

         Os do capital “agem no bastidor.   No front agem através dos Ms:  Militares, Milícias, Máfias, Malandros e Manés.”

         Capítulo – Mané e malandro no espelho da (des)ordem

         “Na véspera do 8/1/23, mais de uma centena de ônibus de vários estados do Brasil, patrocinados por indivíduos, empresas ligadas ao agronegócio e igrejas evangélicas, chegavam a Brasília e mantinham contato com o QG Quartel General da rebelião:   o enorme acampamento diante do Quartel de Brasilia.

         Os próprios acampados fizeram o quebra-quebra e produziram filmagem com celular e postaram nas redes sociais.   Produziram provas contra si mesmos.   Achavam que conquistariam o golpe e não seriam punidos.

         Depois de invadirem os Palácios, os acampados ficaram na praça dos três Poderes esperando o que seria o segundo lance na forma da entrada dos militares em ação, concretizando o golpe.   Se isso se consumasse, os manés passariam a ser os malandros, os espertos.

         “Malandro é malandro, mané é mané...    (já dizia um samba do Bezerra da Silva).

         ... “Afinal o bolsonarismo também criou o herói da incorreção política, o hero      i malandro, bombado, tóxico, trollador, xingador, miliciano, conspirador, escroque, sonegador e contrabandista”.

         ...”a defesa da ordem e da hierarquia sociais representa a naturalização da desigualdade social.   Qualquer projeto minimamente reformista logo é acusado de desestabilizador”.

         Página 97 (de 170)

         Capítulo – A Queda da Babilônia e a destruição do Brasil-Gomorra

         Os acampados tinham até uma artista plástica que pintava quadros com os temas deles.  Era a bailarina pintora Lucimary Billhardt.

         Os da extrema direita misturam política com religião e colocam os males que nos afetam como castigo divino e acenam com passagens do Apocalipse.

         Nisso, colocam todos os males do país como castigos pelas ações das pessoas do mal que são os adversários das ideias deles.

 

                   Continua no capítulo 8                     (gratidão aos leitores)

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