Capítulo 11/12
Entre outros fatores, os homens da ilha (atual
Florianópolis) temiam o serviço militar forçado e se dedicavam à pesca e assim
a ilha ficava com mais mulheres do que homens.
Nisso a prostituição era elevada e havia muitas crianças que eram
abandonadas.
Sobre terras exauridas em decorrência de sucessivos
plantios. ...ӎ preciso formar esterqueiras,
bem como estudar uma forma de fazer rotação de culturas”. (plantar culturas diferentes uma em sucessão
às outras).
... cita recorrentes casos de disenterias na população. “Não seria totalmente impossível que as
disenterias fossem causadas pelas laranjas, que existem em abundância e são
comidas pelos moradores do lugar muito antes de estarem inteiramente maduras”.
Capítulo XIV Permanência
do autor na Cidade de Desterro
Como foi dito, era o nome da atual Florianópolis naquela
ocasião.
“Havia o projeto de se construir um hospital militar e de
devolver aos pobres o estabelecimento que lhes pertencia. O local onde ficaria o novo hospital já
estava demarcado, mas a escolha não poderia ter sido pior: ao lado do quartel e no sopé do morro, numa
baixada onde o ar não circulava livremente”.
Visitou fábricas de potes de barro na ilha do Desterro.
Festividades por ocasião do nascimento de Dom João VI. No Desterro teve parada militar e
festividade que incluiu dança.
No baile da elite, umas trinta mulheres. ...”Eu já tinha tido oportunidade de
admirar o talento das senhoras de SC para a dança; admirei-as mais ainda ao
ficar sabendo que elas nunca tinham tido professor de dança e haviam aprendido
a dançar exercitando-se umas com as outras”.
Capítulo VI Viagem
de Desterro a Laguna
Na época plantavam até um pouco de café na Ilha do Desterro.
... “As mulheres que vi à minha chegada usavam
geralmente um vestido de chita e um xale de seda”.
Cita na região a fruta silvestre chamada camarinha e que dá
cachos com frutos saborosos. Frutos da
cor negra.
Cita a palmeira anã que recebe na região o nome popular de
butiá e que dá cachos de frutos saborosos.
(há no sul um ditado que se algo foi assustador, dizem que
foi de cair os butiás dos bolsos).
Jantar na fazenda de um militar local. O autor cita que a mulher do fazendeiro
também participou da mesa do jantar, o que não é costume no interior de MG e GO
por exemplo.
As pessoas que o abrigavam, arranjavam provisões e
transporte para a próxima caminhada do autor e sempre cobravam por tudo isso. Cobravam e indicavam (e recomendavam) a
equipe dele para as paradas que ainda viriam pela frente.
O autor disse que na região de Curitiba e desta para o
litoral ao Sul, o gasto da equipe dele foi dez vezes maior que no interior de MG
e SP. E além do mais, não era tempo de
florada dos vegetais e assim ele pouco conseguiu de material para sua coleção e
pesquisa. Era mês de maio.
Cita o Rio Garupava, entre outros.
No caminho rumo a Laguna viu grupo de pessoas que estavam
voltando a cavalo de uma missa no povoado.
As mulheres usavam também chapéu, só que de modelos femininos. Isto em contraste com as mulheres do
interior de MG que montadas a cavalo usavam chapéus iguais aos dos homens.
Na caminhada para Laguna, passou pela enseada de Embituva.
O autor cita que encontrou na região vários homens que
combateram contra a França em território Francês. Cita uma tal Vila Nova no trecho entre
Desterro e Laguna. Diz que Vila Nova
fica distante 30 km de Laguna.
Ele se refere sempre em léguas, equivalentes a 6 km cada.
Na época as casas em Laguna eram bem próximas à igreja
local. As casas geralmente ficavam
fechadas durante a semana e os donos iam cuidar das lavouras e criações na zona
rural. Vinham aos domingos para o
povoado para a missa.
(Meus avós que eram da região de Tatui-SP citavam o fato dos
agricultores ter uma “casa de assistência” na cidade para virem nos fins de
semana para a missa). Isto nos anos 1910/1920
por aí.
Capítulo 12/12 a seguir...