capitulo 15/22
O advogado que tocava a
causa de Queiroz deixou a causa e ele ficou seis meses sem defensor. Ao ser preso, contratou o mesmo advogado
criminalista que defendeu o miliciano Adriano da Nóbrega, o advogado Paulo
Emilio Catta Preta. (página 196)
Este advogado tem
escritório em Brasilia e foi “achado” por Queiroz... Nessa época, a repórter Andrea Sadi entrevistou o advogado
Wassef. “Na ocasião, ele entre outros
comentários, defendeu de maneira veemente o miliciano Adriano da Nóbrega,
dizendo que ele nunca tinha sido condenado por nenhum crime”.
“Os meses correram e
depois de passar todo o ano de 2019 fugindo da polícia fluminense, o ex capitão
da PM Adriano foi localizado em Esplanada no interior da Bahia do dia
09-02-2020 e acabou sendo morto durante uma nebulosa operação policial”.
A família de Adriano ficou
suspeitando de ter havido execução dele.
Familiar dele em telefonema grampeado pela polícia do RJ. Fala de Daniela: “Ele já sabia da ordem que saiu para que ele
fosse arquivo morto”. ... “complô....
fizeram uma reunião com o nome do Adriano da Nóbrega no Palácio do Planalto”.
O advogado Catta Preta, da
defesa de Adriano: “Ele me disse assim,
com estas palavras: Doutor, ninguém está
aqui para me prender. Eles querem me
matar. Se me prenderem, vão matar na
prisão”. (página 197)
...”vão me matar por
queima de arquivo”.
O primeiro laudo saiu que
não havia sinal de pólvora na mão de Adriano.
Isso derruba a versão de que ele trocou tiros com os policiais.
Sobre as buscas do MP
Ministério Público na família Valle, da ex mulher de Jair Bolsonaro, Cristina
Valle. Deixou a família muito
preocupada. “Ela queria que a defesa de
Flávio resolvesse a situação de todos eles, ou seja, encontrasse alguma forma
de livrar todos das acusações de rachadinhas”.
Ela queria que o Clã Bolsonaro pagasse os advogados das causas. (página 204)
Cristina, ex de Bolsonaro,
se candidatou à Câmara de Deputados e para isso usou o sobrenome de
Bolsonaro. Não foi eleita.
O juiz durão, Flávio
Itabaiana, vem de uma família com vários juízes desde 1920. Foram juízes o pai dele, o avô, o bisavô e o
trisavô.
“Itabaiana profere
sentenças duras na 27ª Vara Criminal do TJ-RJ há dezessete anos”.
No caso de Flávio
Bolsonaro, este tentou denegrir a imagem do Juiz Itabaiana pelo fato do mesmo
ter uma filha conquistado um cargo público no Rio de Janeiro.
Policiais de SP, seguindo
determinação da justiça, se encaminham cedo para Atibaia-SP para prender
Queiroz. Como na casa tinha placa do
Advogado Wassef, tiveram o cuidado de conseguir um integrante da OAB para
acompanhar a prisão no que seria um escritório de advogado.
(Página 209) Nada na casa lembrava um escritório de
advocacia. Queiroz detido, aos
policiais: “Disse que havia efetuado
muitas prisões na vida, mas jamais imaginou passar por aquilo”.
Em seguida, foi levado de
São Paulo ao RJ em helicóptero e de lá, encaminhado para o presidio Bangu 8.
Lá Queiroz ficou livre da
imprensa e de dar satisfações. Já o
advogado Wassef que o escondeu por quase um ano e Bolsonaro foram bastante
cobrados pela imprensa no caso.
Bolsonaro, dois meses
antes teve grande dor de cabeça com a ruptura com Sérgio Moro, seu Ministro da
Justiça que saiu acusando o presidente de ter interferido indevidamente na PF
Polícia Federal que estava sob a autoridade direta do Moro. (Página 212)
“Mas a prisão de Queiroz
atingiu Wassef em cheio e deixou sua situação insustentável junto ao Clã
Bolsonaro.” Depois disso tudo Wassef,
para não complicar ainda mais a situação do Clã, teve que se afastar do caso.
No trâmite do processo
contra Flávio Bolsonaro, por um erro grave do Ministério Público do RJ, houve
perda de prazo na sequencia do processo.
Queiroz conseguiu prisão
domiciliar e a esposa dele, Marcia, foragida da justiça, também conseguiu prisão domiciliar e só então
ela se apresentou à justiça. Justiça
que foi muito criticada pela imprensa por essa decisão.
Continua no capítulo 16/22