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sábado, 11 de junho de 2022

CAP. 06/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

CAP. 06/20

 

         A noiva Anita, perto da data do casamento, alterna momentos de euforia com outros de melancolia.  Incluindo saudade da família.

         O casamento deverá ser o mais marcante da sua vida e não terá parentes e amigos ali na ocasião.

         Cartas para a família demoram de quatro a seis semanas para chegar.

         Preparo da noiva no dia do casamento.    Banheira cheia de leite de burra morno.   Costume das antigas princesas mongóis do passado distante. Depois, massagem com óleo de gergelim.   As aias da massagem enquanto fazem seu trabalho, entoam cânticos.

         Anita vestida de noiva com o rigor destinado a uma princesa.   Carruagem dourada puxada por quatro cavalos brancos.   O noivo com traje sique, que é sua religião.    Turbante cor salmão (cor reservada à família real).

         Antes do rito em si, os noivos não podem se ver.  Costume do passado islâmico do tempo do domínio mongol na região, no qual os noivos só se conheciam no rito do casamento.    É costume indiano as famílias organizarem o casamento e decidirem sobre quem será a noiva.

         Marcha nupcial escolhida para o casamento: Mendelsshon.

         No siquismo não há clérigos.   Seguem o livro sagrado chamado Granth Sahib.   O siquismo nasceu no Punjab em oposição ao hinduísmo e ao islamismo.

         Os principais ritos sagrados dos siques são diante do citado livro sagrado. 

          “Aceitar esse livro como nosso mestre

Reconhecer a humanidade como uma só

Não há distinção entre os homens

Saem todos do mesmo barro

Homens e mulheres iguais

Sem mulheres ninguém existiria

Exceto o Senhor eterno, o único que não depende delas...”

..................

         ...”noivos que podem dar sequência ao ritual mais importante do ponto de vista religioso.   Os esposos põe-se em pé, segurando as pontas de um xale, dão quatro voltas ao redor do livro sagrado.   Depois o ancião convida os esposos a se reconhecerem oficialmente.   Lentamente, cada um deles afasta o véu do outro com sua mão livre”.

         No costume sique as mulheres casadas recebem como parte do novo nome o Kaur, ou seja, princesa.

         A outra parte do nome virá das quatro aberturas do livro sagrado pelo ancião e letras (quatro letras) formam o novo nome.   No caso de Anita, saiu Prem, significando amor.   Então o nome dela passa a ser Prem Kaur, Princesa de Amor.

         Um costume, um rito hindu, que no passado foi adotado na Índia por imperadores mongóis.     Uma grande balança de dois pratos.   Num se senta o rajá e no outro prato colocam barras de ouro até equilibrar com o peso do rajá.

         Esse ouro será gasto na compra de comida para distribuir aos pobres.   “É a maneira que o monarca tem de fazer que todos os seus súditos participem de sua alegria”.

         Noiva sobre um elefante super enfeitado, desfilando na cidade para seus súditos.   Ela se lembrou do casamento do rei da Espanha que ela assistiu deslumbrada.

         Pratos requintados do Punjab.   Perdizes com coentro, cubos de frango com gengibre, pedaços de queijo branco com espinafre.

         Na apresentação pelo rajá das suas outras quatro esposas à Anita.   A primeira esposa a observa muito bem, não sorri e foi o rajá se virar para o lado e a primeira esposa num lance, arranca a correntinha com crucifixo de Anita.    Renega o símbolo do cristianismo.

         O senhor do mundo

         Quando o rajá nasceu, houve salva de canhões e quarenta dias de festa.  Custo milionário e convidados ilustres.   Era o príncipe do trono.

         Incluiu esmolas para os pobres e anistia para 28 prisioneiros.

         Antes do nascimento dele, o pai chegou a ser internado num manicômio.

         Havia o astrólogo oficial do estado na época que nasceu o rajá.

         O nome do bebê: Jagatjit que significa Senhor do Mundo.

         O príncipe cresceu cercado de criadagem.   Criado tocar o pé do príncipe em sinal de veneração.   Cresceu cercado de criados e professores.

                   Continua

 

 

                   No capítulo 07/20