CAP. 06/20
A noiva Anita, perto da data do casamento, alterna momentos
de euforia com outros de melancolia.
Incluindo saudade da família.
O casamento deverá ser o mais marcante da sua vida e não
terá parentes e amigos ali na ocasião.
Cartas para a família demoram de quatro a seis semanas para
chegar.
Preparo da noiva no dia do casamento. Banheira cheia de leite de burra
morno. Costume das antigas princesas
mongóis do passado distante. Depois, massagem com óleo de gergelim. As aias da massagem enquanto fazem seu
trabalho, entoam cânticos.
Anita vestida de noiva com o rigor destinado a uma
princesa. Carruagem dourada puxada por
quatro cavalos brancos. O noivo com
traje sique, que é sua religião.
Turbante cor salmão (cor reservada à família real).
Antes do rito em si, os noivos não podem se ver. Costume do passado islâmico do tempo do
domínio mongol na região, no qual os noivos só se conheciam no rito do casamento. É costume indiano as famílias organizarem o
casamento e decidirem sobre quem será a noiva.
Marcha nupcial escolhida para o casamento: Mendelsshon.
No siquismo não há clérigos. Seguem o livro sagrado chamado Granth
Sahib. O siquismo nasceu no Punjab em
oposição ao hinduísmo e ao islamismo.
Os principais ritos sagrados dos siques são diante do citado
livro sagrado.
“Aceitar esse livro
como nosso mestre
Reconhecer a humanidade
como uma só
Não há distinção entre os
homens
Saem todos do mesmo barro
Homens e mulheres iguais
Sem mulheres ninguém
existiria
Exceto o Senhor eterno, o
único que não depende delas...”
..................
...”noivos que podem dar sequência ao ritual mais importante
do ponto de vista religioso. Os esposos
põe-se em pé, segurando as pontas de um xale, dão quatro voltas ao redor do
livro sagrado. Depois o ancião convida
os esposos a se reconhecerem oficialmente.
Lentamente, cada um deles afasta o véu do outro com sua mão livre”.
No costume sique as mulheres casadas recebem como parte do
novo nome o Kaur, ou seja, princesa.
A outra parte do nome virá das quatro aberturas do livro
sagrado pelo ancião e letras (quatro letras) formam o novo nome. No caso de Anita, saiu Prem, significando
amor. Então o nome dela passa a ser
Prem Kaur, Princesa de Amor.
Um costume, um rito hindu, que no passado foi adotado na
Índia por imperadores mongóis. Uma
grande balança de dois pratos. Num se
senta o rajá e no outro prato colocam barras de ouro até equilibrar com o peso
do rajá.
Esse ouro será gasto na compra de comida para distribuir aos
pobres. “É a maneira que o monarca tem
de fazer que todos os seus súditos participem de sua alegria”.
Noiva sobre um elefante super enfeitado, desfilando na
cidade para seus súditos. Ela se
lembrou do casamento do rei da Espanha que ela assistiu deslumbrada.
Pratos requintados do Punjab. Perdizes com coentro, cubos de frango com
gengibre, pedaços de queijo branco com espinafre.
Na apresentação pelo rajá das suas outras quatro esposas à
Anita. A primeira esposa a observa
muito bem, não sorri e foi o rajá se virar para o lado e a primeira esposa num
lance, arranca a correntinha com crucifixo de Anita. Renega o símbolo do cristianismo.
O senhor do mundo
Quando o rajá nasceu, houve salva de canhões e quarenta dias
de festa. Custo milionário e convidados
ilustres. Era o príncipe do trono.
Incluiu esmolas para os pobres e anistia para 28
prisioneiros.
Antes do nascimento dele, o pai chegou a ser internado num
manicômio.
Havia o astrólogo oficial do estado na época que nasceu o
rajá.
O nome do bebê: Jagatjit que significa Senhor do Mundo.
O príncipe cresceu cercado de criadagem. Criado tocar o pé do príncipe em sinal de
veneração. Cresceu cercado de criados e
professores.
Continua
No capítulo 07/20
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