CAP. 11/20
O autor descreve como é o rito do batizado dos siques. Inclui os dizeres... “amarás o homem sem restrição de casta ou
crença...”
No período mais quente do ano, na região do Punjab onde
Anita reside, na hora mais quente do dia pode a temperatura chegar aos 42 graus
Celsius.
A ama de leite do filho de Anita. Jovem mãe indiana. Usa o tilar, o ponto vermelho na testa. O tilar invoca o terceiro olho, que vê para
além das aparências. O nome da ama de
leite no caso é Dalima.
Após tempos secos e de extremo calor, as chuvas chegam e a
alegria é geral. Chuva abundante,
colheitas abundantes e afasta risco de fome.
Os filhos do rajá estudando na Inglaterra e um deles na
França. Os da Inglaterra estudaram no
tempo em que também lá estudava um indiano que mais adiante entraria para a
história, Jawaharlal Nehru.
Por lá se planta bastante arroz e muitas outras culturas e
dentre muitas outras, a cultura de manga que é originária do continente
asiático.
Kirpan é o tradicional punhal sique de defesa pessoal. Anita faz amizade com Bibi, uma parente do
rajá, um ano mais velha que ela. Bibi
estudou na Europa e é extrovertida. É
presbiteriana e faz algo que é totalmente reprovável na sua região: é fumante.
A Bibi (apelido dela) fala inglês e francês fluentes. Seus pais são pela Índia independente, ao
contrário do rajá que é fiel ao império britânico.
Bibi se torna amiga de Anita e o rajá fica contente porque
assim sua esposa tende a ser mais acolhida na Índia.
Bibi saía rotineiramente passear a cavalo com Anita e expunha suas
ideias contrárias às tradições da Índia, aí incluídos a família escolher os
noivos para os filhos e tudo o mais.
Ela também explicava a Anita como é a Índia com sua cultura
e suas tradições. Bibi levou a amiga
para conhecer uma ex nobre que vive numa casa de barro com o marido ex militar
britânico. A ex nobre teve um caso com o
então militar e se tornaram amantes no passado e foram descobertos. Ela foi deserdada e teve que abandonar o
palácio.
Vive com o marido numa pequena propriedade do casal. Ela pagou caro pela própria liberdade e
escolha.
Anita... “Ela está
pensativa, porque a história da Kaur não a deixa indiferente”. “Ela está vendo uma mulher que pagou muito
caro por sua liberdade”.
As perguntas que passam pela cabeça de Anita. – E se você se apaixonar por outro
homem? - Você realmente é apaixonada
por seu marido?
Anita vai com o rajá em todas as festividades e eventos
sociais para os quais são convidados.
A capital Lahore, da província do Punjab fica há três horas
de carro do palácio dela. Lahore é
considerada a Paris do Oriente.
A cidade mais aberta e tolerante da Índia, nisso supera a
capital nacional Delhi.
Exceção em Lahore é o Punjab Club, o preferido dos ingleses,
onde na entrada tem o cartaz: “Só para
Europeus”.
Em Lahore (1908) os ingleses
que comandam o Punjab são instalados num antigo castelo mongol.
Anita e o rajá semanalmente vão à cosmopolita Lhore. Vão ambos de Rools Royce. Ele deixa ela com sua dama de companhia e
criadas no comércio para compras e vai
tratar de assuntos dele pela cidade.
Na audiência do rajá com o governador, este informa que
Anita não tem o direito de ser chamada de Alteza fora da jurisdição do rajá.
“O governo da Índia não reconheceu e não reconhecerá o
casamento de Sua Alteza com a senhora
espanhola”.
O rajá era simpático aos britânicos e estudou na Inglaterra,
ficou ofendido com as diretrizes dos britânicos sobre sua esposa.
“Seu papel não é lutar, mas reinar sem ter que dar
explicações a ninguém”. É o que fez a
vida toda.
Continua no capítulo 12/20
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