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segunda-feira, 6 de junho de 2022

CAP. 03/20 - fichamento do livro (romance histórico) PAIXÃO ÍNDIA - autor: Antropólogo e escritor JAVIER MORO - leitura em maio/junho de 2022

 Cap.03/20

         O rajá, em reservado, fala de um dote generoso à família de Anita.   E diz que tem quatro esposas e filhos grandes e isso é por tradição e não lhes deixa faltar nada.   E que moraria num castelo com Anita, os dois, no modo de um casal ocidental.

         “Expliquem tudo à Anita e se ela aceitar a situação, farei todo o possível para fazê-la feliz”.

         Um amigo da família de Anita, escritor, investigou a vida do rajá e recomendou o casamento.

         Voltando ao caso do casamento real da Espanha, que ocorreu num dia 31 de maio e por casualidade eu estava lendo essa passagem num dia 31-05.

         Em Madri, a comitiva do casamento passando perto da Porta do Sol e do Hotel Paris.     Alguém jogou de uma sacada, um buquê de flores com uma bomba escondida para acertar a carruagem dos noivos.    A bomba enroscou num fio da rede elétrica e caiu no meio da comitiva, mas não na carruagem do rei.     Resultou em vinte e três mortos e muitos feridos.

         O catalão Mateo Morral foi o autor do atentado.   Se suicidou depois do atentado.   Era filho de um industrial do setor têxtil e era anarquista.    O atentado acabou com as cerimônias festivas do casamento real.   No outro dia o rajá foi embora, já que veio para esse evento com nobre convidado.

         Na Índia, já Anita no hotel.   Seis da manhã, o chá da manhã, no costume britânico divulgado na colônia.   Depois, mais tarde, o café da manhã completo do hotel.   Ela aprendeu a tomar chá com um pouquinho de leite e um torrãozinho de açúcar.

         Ela aos 17 de idade e o rajá com 35.   Ela mal sabia ler e escrever.   O dote foi de cem mil francos, o que era uma fortuna em 1907.

         O grupo de intelectuais que frequentava o Café no qual Anita dançava conspirava para ela aceitar o dote e o casamento.  Só o apaixonado pintor Anselmo, ficava distante disso, pois amava Anita.

         O casamento para a mãe de Anita:  “Era melhor partido que o pintorzinho que vira e mexe rondava sua filha como uma mosca”.

         Dom Angel, pai dela, foi ficando cercado em sua posição relutante ao casamento.

         A mãe tentou, analfabeta funcional que era, mesmo mal sabendo escrever, rabiscar uma carta ao rajá.   Os intelectuais viram a carta e de tão mal escrita, eles às escondidas fizeram a versão deles e “assinaram” com o nome de Anita.   Postaram a carta ao rajá.        

         Capítulo 8    - Cidade de Bombaim, Índia, novembro de 1907

         Anita na Estação ferroviária local.   Um prédio monumental.   Na estação, gente para todo lado e os prestadores de serviço, inclusive os limpadores de orelhas das pessoas.

         Há vagões para vários tipos de passageiros.  Os de menor classe, levam gente até com galinhas ou cabritos no colo.    E pode haver homens viajando sobre o teto do trem por não pagar passagem.

         Na chegada à estação na qual desembarca, o cumprimento dos criados à futura rainha.   Os criados se prostram, colocam uma mão no pé da Anita e depois colocam a mão na própria testa.

         Sol.   Os indianos chamam-no de Surya e o veneram como a um deus.  A viagem de trem durou dois dias.

         O emissário do rajá tinha antes transferido a família de Anita para morar em Paris.

         No trem já mais ao norte da Índia.   Plantações de mostarda com flores amarelas.   Agricultores com seus búfalos puxando instrumentos agrícolas.

         Paris – perto das joalherias como a Chaumet ou Cartier.    No hotel em Paris, ele chega e fala com Anita em espanhol fluente.  Fala uma frase que decorou especificamente para a ocasião.   Era um poliglota, mas não dominava o idioma espanhol.

         Providenciou cabeleireira e costureira para Anita.   Queria que ela aprendesse francês, inglês, equitação, tênis, piano, desenho e bilhar.    Isso na França, antes de embarcar para a Índia.

         A família de Anita, frente ao garçom e ao rajá, bebeu a água morna que era para lavarem as mãos antes da refeição...

         O rajá resolveu separar Anita e sua governanta para que a noiva tomasse aulas também de etiqueta e aprender mais rápido o francês.

         Capítulo 9

         Em 1907 a Índia ainda era colônia britânica, mas tinha parte do seu território sob domínio britânico e uma área de um terço do país era comandado por 562 estados independentes.   Já a parte sob domínio britânico se compunha de 14 províncias.   Na parte independente, os rajás administravam seus estados mas sempre tutelados pelos ingleses.

         Rajá, palavra proveniente do idioma Sânscrito e tem dois significados ao mesmo tempo.   É o que governa e o que tem que agradar.

         Em sânscrito, Maha, significa grande.  Assim, um Maharaja é literalmente um grande rajá.

                  

                   Continua no capítulo 04/20

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