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Continuação
do Humanos de Negócios
Thaís
Corral - Ativista Acidental
Após
isso ela deu outra reviravolta na carreira.
Ajudou a
criar a WEDO, Redeh e Cenima. Teve o
reconhecimento e homenagem desde o Vale do Silício até na UNESCO, órgão da ONU.
No
Brasil ganhou o Prêmio Abril de 1999 e foi a Mulher do Ano do Brasil em 2001.
Surgiu
em 2006 o projeto Adapta Sertão, instalado em Pintadas-BA no semi-árido. Cooperativismo e empreendedorismo para
pequenos produtores rurais com alternativas para enfrentamento às secas.
Ela
criou também o Sinal do Vale, projeto de regeneração ambiental e apoio à
população local.
Participou
em evento do autor deste livro, o Humanos de Negócios, em seus edição de 2019.
Bate
papo do autor com Thaís Corral
...”meu
pai era um visionário. Ele me criou
desde muito pequena para que fosse uma mulher livre e independente”.
Outras
Humanas de Negócios - Carol Cintra e
Gabi Guerra
“Duas
Mulheres no Comando”
Gabi
Guerra – porto-alegrense. Trabalhou no
mercado financeiro. Era muito crítica
ao mundo empresarial. Um dia partiu
para a política. Se juntou a um grupo
porto-alegrense que trouxe ao Brasil uma iniciativa Global, o “Porto Alegre,
como Vamos?”. Objetivo: aproximar o cidadão comum da política.
Em 2012
o projeto estava com ela na direção e ainda não tinha verba para implementação.
A Carol
Cintra, também porto-alegrense, fez curso de Computação na UFRGS. Estagiou na multinacional Oracle, uma das
maiores empresas de tecnologia do mundo.
Se formou em 2000.
Ela
trabalhou pela Oracle inclusive em Cleveland – USA.
Voltou
ao Brasil, trabalhou na HP Hewlett-Packard em 2010
Gabi –
filha de pais separados, o avô dela foi um dos primeiros médicos da região a
ter registro no CRM Conselho Regional de Medicina e seu número era 00011. O avô dela criticava muito o jeito pelo
qual nos organizamos como sociedade, inclusive o sistema capitalista. Era um estudioso de Karl Marx e questionava
muito por que uma pessoa detinha os meios de produção e ganhava em cima do
trabalho dos outros.
Já a avó
dela era uma católica fervorosa.
Voltando
à Carol – ela fez intercâmbio nos USA.
Ficou hospedada numa casa de família onde tinha um irmão de moradia que
era esquizofrênico e isso a encorajou a estudar Psicologia.
Estudou
Psicologia no Brasil e depois foi para Londres e trabalhou lá em serviços
diversos. Fez certificação em mercados
de capitais e trabalhou na XP Investimentos, esta que depois passou a ser
controlada pelo Banco Itau. A empresa
remunerava bem, mas a pessoa tinha um ritmo frenético de trabalho ao ponto de
afetar a saúde. Nesse emprego na XP
que é uma corretora de valores que opera em Bolsas, eram só três mulheres na
equipe e setenta homens.
Ambiente
bem machista, além da pressão absurda dos movimentos das Bolsas. Sobre o tema, cita o filme O Lobo de Wall
Street estrelado por Leonardo Di Caprio que mostra a pressão no setor.
Carol nasceu numa família de militares do
Exército. Cada dois anos mudavam de
cidade, o que é típico na carreira militar.
Aos 17 de idade ela resolveu sair da casa dos pais. Antes era um construir relações num lugar e
logo mudar e reconstruir tudo em outro lugar.
“Aprendi
com isso que não existe um lugar certo – é você que monta esse lugar com as
outras pessoas”.
Os pais
dela se separaram após 25 anos de casados.
Vinham de uma vida de não se entender bem entre si. Ela questiona: Se não é bom os pais se separarem enquanto
os filhos são novos, também os pais levarem o relacionamento instável não é bom
para as crianças.
Os três
testes vocacionais que ela fez indicava o curso de Direito.
Ela fez
Ciência da Computação na UFGRS. No
mercado de trabalho, o abismo entre o número de homens em relação às mulheres
atuando em TI Tecnologia da Informação.
No curso dela, eram 60 homens e seis mulheres.
A mãe
dela, esposa de militar, dependia do marido em tudo. Já a filha, entrou no mercado de TI ganhando
acima da média do que ganhava uma pessoa da sua idade, o que lhe dava
independência financeira.