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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

CAP. 22/35 - fichamento - livro - HUMANOS DE NEGÓCIOS - Histórias de homens e mulheres que estão (re) humanizando o capitalismo - Autor: RODRIGO V CUNHA - Editora Voo - ano 2020

 22/35

         Continuação do Humanos de Negócios

         Thaís Corral     -   Ativista Acidental

         Após isso ela deu outra reviravolta na carreira.

         Ajudou a criar a WEDO, Redeh e Cenima.   Teve o reconhecimento e homenagem desde o Vale do Silício até na UNESCO, órgão da ONU.

         No Brasil ganhou o Prêmio Abril de 1999 e foi a Mulher do Ano do Brasil em 2001.

         Surgiu em 2006 o projeto Adapta Sertão, instalado em Pintadas-BA no semi-árido.   Cooperativismo e empreendedorismo para pequenos produtores rurais com alternativas para enfrentamento às secas.

         Ela criou também o Sinal do Vale, projeto de regeneração ambiental e apoio à população local.

         Participou em evento do autor deste livro, o Humanos de Negócios, em seus edição de 2019.

         Bate papo do autor com Thaís Corral

         ...”meu pai era um visionário.   Ele me criou desde muito pequena para que fosse uma mulher livre e independente”.

        

         Outras Humanas de Negócios -  Carol Cintra e Gabi Guerra

         “Duas Mulheres no Comando”

         Gabi Guerra – porto-alegrense.   Trabalhou no mercado financeiro.   Era muito crítica ao mundo empresarial.   Um dia partiu para a política.   Se juntou a um grupo porto-alegrense que trouxe ao Brasil uma iniciativa Global, o “Porto Alegre, como Vamos?”.    Objetivo:  aproximar o cidadão comum da política.

         Em 2012 o projeto estava com ela na direção e ainda não tinha verba para implementação.

         A Carol Cintra, também porto-alegrense, fez curso de Computação na UFRGS.   Estagiou na multinacional Oracle, uma das maiores empresas de tecnologia do mundo.   Se formou em 2000.

         Ela trabalhou pela Oracle inclusive em Cleveland – USA.

         Voltou ao Brasil, trabalhou na HP Hewlett-Packard em 2010

         Gabi – filha de pais separados, o avô dela foi um dos primeiros médicos da região a ter registro no CRM Conselho Regional de Medicina e seu número era 00011.    O avô dela criticava muito o jeito pelo qual nos organizamos como sociedade, inclusive o sistema capitalista.   Era um estudioso de Karl Marx e questionava muito por que uma pessoa detinha os meios de produção e ganhava em cima do trabalho dos outros.

         Já a avó dela era uma católica fervorosa.

         Voltando à Carol – ela fez intercâmbio nos USA.   Ficou hospedada numa casa de família onde tinha um irmão de moradia que era esquizofrênico e isso a encorajou a estudar Psicologia.

         Estudou Psicologia no Brasil e depois foi para Londres e trabalhou lá em serviços diversos.    Fez certificação em mercados de capitais e trabalhou na XP Investimentos, esta que depois passou a ser controlada pelo Banco Itau.   A empresa remunerava bem, mas a pessoa tinha um ritmo frenético de trabalho ao ponto de afetar a saúde.     Nesse emprego na XP que é uma corretora de valores que opera em Bolsas, eram só três mulheres na equipe e setenta homens.

         Ambiente bem machista, além da pressão absurda dos movimentos das Bolsas.   Sobre o tema, cita o filme O Lobo de Wall Street estrelado por Leonardo Di Caprio que mostra a pressão no setor.

         Carol  nasceu numa família de militares do Exército.   Cada dois anos mudavam de cidade, o que é típico na carreira militar.  Aos 17 de idade ela resolveu sair da casa dos pais.   Antes era um construir relações num lugar e logo mudar e reconstruir tudo em outro lugar.

         “Aprendi com isso que não existe um lugar certo – é você que monta esse lugar com as outras pessoas”.

         Os pais dela se separaram após 25 anos de casados.  Vinham de uma vida de não se entender bem entre si.    Ela questiona:   Se não é bom os pais se separarem enquanto os filhos são novos, também os pais levarem o relacionamento instável não é bom para as crianças.

         Os três testes vocacionais que ela fez indicava o curso de Direito.

         Ela fez Ciência da Computação na UFGRS.   No mercado de trabalho, o abismo entre o número de homens em relação às mulheres atuando em TI Tecnologia da Informação.    No curso dela, eram 60 homens e seis mulheres.

         A mãe dela, esposa de militar, dependia do marido em tudo.  Já a filha, entrou no mercado de TI ganhando acima da média do que ganhava uma pessoa da sua idade, o que lhe dava independência financeira.

     continua no próximo capítulo até 35