333 – A bolha
do Mississipi – Uma região de pântanos e crocodilos, nos USA. Uma companhia francesa investiu lá e cantava
glorias do investimento. A França de
então (1717) era forte e mais populosa que a Inglaterra. Em 1717 a Companhia do Mississipi (que
tinha inclusive dinheiro de investidores públicos e privados da França) vendeu
ações a 500 libras cada. Não demorou
muito e as ações já estavam valendo 2.750 libras. Logo chegaram a 10.000 libras. Saltaram de 500 para 10.000 libras e depois
começaram a cair. Os grandes
investidores caíram fora logo que a coisa começou a desandar e perderam
menos. Os pequenos investidores
(amadores) se lascaram de vez e muitos se suicidaram por causa do prejuízo. O
capital tem disso.
334 – “A
bolha do Mississipi foi uma das crises financeiras mais espetaculares da
história”. Enfraqueceu o Tesouro da
França, desacreditou o Rei e repercutiu muito no país. Isto ajudou a Inglaterra a se tornar mais
forte que a França de então. A
Inglaterra com credibilidade conseguiu mais capital com juros menores que a
França e aumentou seu poder.
Metade do orçamento da França em 1789 no
fim da monarquia era para pagar juros da dívida pública. Revoltou o povo e deu no que deu – fim da
monarquia francesa. A dívida vinha
crescendo desde longe e a Bolha lá por 1717 ajudou na derrocada da monarquia
francesa.
Ao longo
dos anos várias grandes companhias inglesas de capital aberto investiam nos
USA.
335 – Na Índia,
ação da Companhia das Índias Orientais.
Uma empresa inglesa. Teve atuação
na Índia por mais ou menos um século e a empresa privada tinha 350.000 soldados
para defender seus interesses na Índia colônia. Eram mais soldados do que os que serviam à
Coroa Britânica de então.
Ironia. Napoleão zombou os
ingleses pelos “lojistas” mas com o dinheiro destes (o capital) que os ingleses
derrotaram Napoleão.
França/Holanda/Inglaterra. Os do
capital já mandavam nos governos. Ao
ponto de Marx e seus amigos socialistas terem dito: “Os governos ocidentais estão se tornando um
sindicato capitalista”.
335 –
Guerra do Ópio (1840-1842) entre
Inglaterra e China. Grupos privados
britânicos que exportavam ópio para os chineses. Na Inglaterra tinha investidores no mercado
do ópio até no Parlamento e o governo
entrou na parada contra a China apoiando os interesses dos investidores do
ópio.
A
Inglaterra tinha já seus navios a vapor e armas mais letais que os
chineses. Os ingleses venceram a
guerra. Os chineses tiveram que
indenizar os ingleses e cederam Hong Kong como butim de guerra. O drama do ópio: No fim do século XIX 40 milhões de chineses (1/10 da população) era viciado em
drogas.
335 – O capital
privado também no Egito, no Canal de Suez.
Capital da Inglaterra à vontade e o Egito usou bem e nem tanto no canal
e outras coisas e a conta ficou cara.
Depois a Inglaterra se apoderou muito do que era do Egito. Ingerência, etc.
338 –
Capitalistas defendem que eles podem interferir na política mas não aceitam que
a política interfira no capital.
339 – O autor
diz que o Estado tem que disciplinar o mercado, etc.
Mostrou
dois exemplos de falta de ação do Estado e prejuízo ao povo: A Bolha do Mississipi de 1719 e a Bolha
Imobiliária dos USA de 2007.
340 – Até
a Idade Média, pouco uso de escravos no mundo.
Foi com a ascensão do capitalismo
que na busca do lucro desmedido
potencializou a escravidão.
340 – Até
a Idade Média o açúcar era raro no Velho Mundo e era iguaria para poucos. Vinha do Oriente Médio a peso de ouro. Depois, vinha da América – produzido com mão
de obra escrava. Açucar mais barato e
mais abundante.
340 –
Cana de açúcar vai muito bem na América pelo clima tropical (bastante
sol). Só que o clima tropical é mais
propício à malária. Jornadas duras dos
escravos.
340 – Dos
séculos XVI a XIX a América importou
10.000.000 de escravos da África e 70% deles era para lavouras de cana e
produção de açúcar.
341
- Escravos – negócio privado. Companhias que faziam esse comércio tinham
ações em bolsas como Amsterdã (Holanda) e Paris. Muitos investidores e lucros altos.
341 –
Traziam escravos para a América e desta levavam açúcar, tabaco, cacau, algodão
e rum para vender à Europa. Lucro aos
investidores de 6% ao ano, que era um bom lucro no século XVIII.
341 – Problema do capitalismo: “A ânsia de aumentar os lucros e a produção
cega as pessoas para qualquer coisa que possa estar no caminho”
342 – A Revolução
Industrial do século XIX nada melhorou para os trabalhadores e nada de melhor
na ética capitalista. Exploração ao
extremo da mão de obra. (Emile Zola
retrata um tanto disso em Germinal).... clicar no local indicado para continuar.....