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quarta-feira, 18 de abril de 2018

FICHAMENTO - LIVRO - SAPIENS - PARTE FINAL. - CURITIBA - PARANÁ - BRASIL - ABRIL/2018

     333 –  A bolha do Mississipi – Uma região de pântanos e crocodilos, nos USA.  Uma companhia francesa investiu lá e cantava glorias do investimento.   A França de então (1717) era forte e mais populosa que a Inglaterra.    Em 1717 a Companhia do Mississipi (que tinha inclusive dinheiro de investidores públicos e privados da França) vendeu ações a 500 libras cada.  Não demorou muito e as ações já estavam valendo 2.750 libras.   Logo chegaram a 10.000 libras.   Saltaram de 500 para 10.000 libras e depois começaram a cair.  Os grandes investidores caíram fora logo que a coisa começou a desandar e perderam menos.   Os pequenos investidores (amadores) se lascaram de vez e muitos se suicidaram por causa do prejuízo.    O capital tem disso.
     334 – “A bolha do Mississipi foi uma das crises financeiras mais espetaculares da história”.   Enfraqueceu o Tesouro da França, desacreditou o Rei e repercutiu muito no país.   Isto ajudou a Inglaterra a se tornar mais forte que a França de então.   A Inglaterra com credibilidade conseguiu mais capital com juros menores que a França e aumentou seu poder. 
     Metade do orçamento da França em 1789 no fim da monarquia era para pagar juros da dívida pública.    Revoltou o povo e deu no que deu – fim da monarquia francesa.   A dívida vinha crescendo desde longe e a Bolha lá por 1717 ajudou na derrocada da monarquia francesa.
     Ao longo dos anos várias grandes companhias inglesas de capital aberto investiam nos USA.
     335 – Na Índia, ação da Companhia das Índias Orientais.   Uma empresa inglesa.  Teve atuação na Índia por mais ou menos um século e a empresa privada tinha 350.000 soldados para defender seus interesses na Índia colônia.   Eram mais soldados do que os que serviam à Coroa Britânica de então.
     Ironia.   Napoleão zombou os ingleses pelos “lojistas” mas com o dinheiro destes (o capital) que os ingleses derrotaram Napoleão.
     França/Holanda/Inglaterra.  Os do capital já mandavam nos governos.   Ao ponto de Marx e seus amigos socialistas terem dito:   “Os governos ocidentais estão se tornando um sindicato capitalista”.
     335 – Guerra do Ópio  (1840-1842) entre Inglaterra e China.   Grupos privados britânicos que exportavam ópio para os chineses.   Na Inglaterra tinha investidores no mercado do ópio até no Parlamento e  o governo entrou na parada contra a China apoiando os interesses dos investidores do ópio.
     A Inglaterra tinha já seus navios a vapor e armas mais letais que os chineses.  Os ingleses venceram a guerra.  Os chineses tiveram que indenizar os ingleses e cederam Hong Kong como butim de guerra.    O drama do ópio:  No fim do século XIX 40 milhões de  chineses (1/10 da população) era viciado em drogas.
     335 – O capital privado também no Egito, no Canal de Suez.   Capital da Inglaterra à vontade e o Egito usou bem e nem tanto no canal e outras coisas e a conta ficou cara.  Depois a Inglaterra se apoderou muito do que era do Egito.  Ingerência, etc.
     338 – Capitalistas defendem que eles podem interferir na política mas não aceitam que a política interfira no capital.
     339 – O autor diz que o Estado tem que disciplinar o mercado, etc.  
     Mostrou dois exemplos de falta de ação do Estado e prejuízo ao povo:   A Bolha do Mississipi de 1719 e a Bolha Imobiliária dos USA de 2007. 
     340 – Até a Idade Média, pouco uso de escravos no mundo.  Foi com a ascensão do  capitalismo que na busca do  lucro desmedido potencializou a escravidão.
     340 – Até a Idade Média o açúcar era raro no Velho Mundo e era iguaria para poucos.  Vinha do Oriente Médio a peso de ouro.  Depois, vinha da América – produzido com mão de obra escrava.   Açucar mais barato e mais abundante.
     340 – Cana de açúcar vai muito bem na América pelo clima tropical (bastante sol).  Só que o clima tropical é mais propício à malária.   Jornadas duras dos escravos.
     340 – Dos séculos XVI a XIX a América importou 10.000.000 de escravos da África e 70% deles era para lavouras de cana e produção de açúcar.
     341 -  Escravos – negócio privado.  Companhias que faziam esse comércio tinham ações em bolsas como Amsterdã (Holanda) e Paris.   Muitos investidores e lucros altos.
     341 – Traziam escravos para a América e desta levavam açúcar, tabaco, cacau, algodão e rum para vender à Europa.     Lucro aos investidores de 6% ao ano, que era um bom lucro no século XVIII.
     341 – Problema do capitalismo:  “A ânsia de aumentar os lucros e a produção cega as pessoas para qualquer coisa que possa estar no caminho”
     342 – A Revolução Industrial do século XIX nada melhorou para os trabalhadores e nada de melhor na ética capitalista.   Exploração ao extremo da mão de obra.   (Emile Zola retrata um tanto disso em Germinal)....   clicar no local indicado para continuar.....

     342 – A crueldade da Bélgica no Congo (África).  O Congo é 75x maior que a Bélgica.   Esta que explorou naquela colônia minérios, plantações, seringais, etc.  Chegavam à crueldade de cortar braços de congoleses tido como “preguiçosos” por não  cumprirem metas no trabalho.   Estima-se que nessa ação imperial belga no Congo ao longo dos anos custou a vida de aproximadamente 10.000.000 de congoleses.   Era por volta de 1885.
     Após 1908 e depois da guerra (Segunda Guerra Mundial) em 1945, o capital freou a crueldade por causa do advento do comunismo.    Se apertam um povo, este pode pender para o lado do comunismo.
     343 -  O bolo econômico de 2015 (ano deste livro) do mundo é bem maior mas mal distribuído.  Trabalhadores africanos e indonésios da atualidade hoje voltam para casa do trabalho duro com menos dinheiro do que há 500 anos.    Com base nisto inclusive o autor diz que o tal crescimento econômico se revela uma fraude colossal.
     343 -  ...”podemos não gostar do capitalismo, mas não podemos viver sem ele”  (opinião do autor).
     Diz que houve algum ganho em menos mortalidade infantil, maior longevidade e mais calorias na dieta das pessoas.
     347 -  Inglaterra e uso crescente de carvão.  Escassa a madeira, foram ao carvão mineral que ocorria com frequência em áreas alagadiças.  Idéia de se criar um motor a vapor para puxar água para trabalhar na mina em condições menos piores.  Melhoraram o motor a vapor por essa demanda inicial.   Motores mais adequados, foram colocados também em fábricas de fiação e tecelagem, etc.
     1825 – Os ingleses lançam a locomotiva movida a vapor.   Já em 1830 tinham a primeira ferrovia comercial ligando Liverpool a Manchester.
     348 -  A eletricidade em uso tem também dois séculos apenas.   Essas tecnologias revolucionaram o mundo.
     349 – Energia solar que chega à Terra por ano: 3.766.800 hexajoules.  (1 hexajoule equivale a  1 quintilhão de joules).   Todo nosso consumo anual de energia fica em 500 hexajoules por ano  (o que equivale a 90 minutos da energia solar que chega à Terra).
     Todo vegetal da Terra capta 3.000 hexajoules/ano.
     350 -  O uso efetivo do alumínio só de 1820 para cá.  Chegou a ser mais caro que o ouro.  Napoleão III mandou confeccionar uns talheres em alumínio para ostentar.   Os menos nobres na mesa tinham que se virar com talheres de ouro.
     351 – Alemanha na guerra e a carência de salitre para fabricar bombas.   O salitre era mais abundante no Chile e na Índia.    Em 1908 um cientista alemão (judeu alemão) consegue fazer amônia usando Nitrogênio do ar.  Isto acelerou o arsenal de guerra deles.  Mudou a história de certa forma dando mais poder bélico aos alemães.   (ciência).
     352 -  A segunda Revolução Industrial foi de certa forma uma revolução agrícola.  Tratores, máquinas, inseticidas, aumento da produção e produtividade agropecuária.
     352 – A era moderna e o “enjaulamento” dos animais como vacas, porcos, frangos, etc.  Micro espaço e nada de conforto animal.  Esses seres viraram coisas.  Mercadorias.   Os animais viraram máquinas de gerar produtos para o mercado.
     423 – Em 1818 Mary Shelley publicou o livro de ficção Frankenstein.
     423 – Gostamos na ficção de acreditar em viagem interplanetária, mas tal qual somos.  Não gostamos de considerar a probabilidade de que, no futuro, seres com emoções e identidades como as nossas já não existam e que nosso lugar seja formado por formas de vida estranhas cujas capacidades ofuscam as nossas.
     424 -   A ciência tem conseguido proezas enormes.  Busca criar seres tão mais evoluídos que estes, olhando para nós condescendentes nos vão ver como imaginamos os neandertais.  (seres do gênero humano do passado remoto já extinto)
     424 – Década de 60 com viagens espaciais – se fizeram previsões para o ano 2000 com viagem a marte, etc.   Não aconteceu.  Mas ninguém previu a internet.
     425 – A grande pergunta:  No que queremos nos formar?
     425 -  A Bioética se envolve na questão.   “O que é proibido fazer”?
     425 – Projeto Gilgamesh – imortalidade do ser humano.   “O animal que se torna um deus”.   Antes o homem era apenas um animal.   De uns tempos  para cá está quase a chegar à eterna juventude e capacidades “divinas” de criação e destruição.
     427 – Não temos um bom conjunto da obra.  Fizemos impérios, etc.  Ele pergunta:  “Diminuimos a quantidade de sofrimento do mundo?”
     427 – Somos mais poderosos do que nunca, mas temos pouca idéia do que fazer com todo esse poder.   O que é pior.  Os humanos parecem mais irresponsáveis do que nunca.
     428 – Deixamos Deus de lado e não prestamos conta a ninguém.    Destruição dos animais, do ambiente, etc.   Destruição e não nos dá satisfação.

     Frase final:  “Existe algo mais perigoso do que deuses insatisfeitos?”   (nós)

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