CAP. 02/05
Malika é
uma sobrevivente. Mostra que a fé e a
esperança removem montanha. Os direitos
humanos, quando feridos, os sofrimentos que causam às vítimas.
O que
ela passou...e que agora tenta viver.
A mãe dela tinha dezessete anos de idade quando ela nasceu.
Lá havia
a figura do Paxá, que era o governador de província do Marrocos.
A mãe de
Malika sonhava ter oito filhos. Malika
nasceu no dia dois de abril de 1953. O
pai dela queria ter três filhos.
A
família dela tinha livre acesso ao palácio do Rei Mohammed V.
O pai
dela era General e ocupava o cargo de Chefe dos ajudantes de ordem do rei.
O rei
tinha o harém com duas esposas e a mãe de Malika conhecia elas e tinha contato
com elas.
Malika
criança na casa do rei e a troca de mordidas na princesinha da sua idade –
cinco anos.
Era
levada a passear em palácios, mas sempre “trancada”, vendo o mundo lá fora só
pelo vidro do carro.
A
governanta era uma senhora alemã durona.
A máxima da governanta era: “Uma
pessoa vale pela educação e não por sua cultura”.
A
distração do rei era jogar bocha. O rei
Mohammed V morreu aos 52 anos numa cirurgia banal.
Assume o
trono o filho Hassan II aos 32 anos.
Vida das
princesas aos oito anos. Levantar as
seis e trinta da manhã, arrumar a cama, engraxar o sapato...
Línguas
que aprendiam na escola: francês e árabe
e mais adiante, o inglês. Malika era
arteira que só ela.
À noite,
livre no quarto, podia olhar o céu pela janela.
Saudade da mãe. Tinha tudo o que
queria, mas sentia uma falta cruel da família dela.
Ela teve
irmãos mais novos com quem ela não conviveu quase nada.
Palácios
de Tanger, Marrakech e Fez. Cidade de
destaque: Rabat.
Nos
palácios cheios de tapetes, andava-se descalço.
As
concubinas do novo rei eram menores de dezesseis anos. Eram umas quarenta. Não tinham o direito de procriar. Só a esposa do rei podia.
Concubinas
– fora do palácio, na praia etc. Usavam
roupas europeias de alto padrão. A
rainha era Latefa, esposa do rei Hassan II.
Quando o
rei era solteiro, o chefe da principal família berbere do Marrocos mandou duas
primas irmãs da família para possíveis futuras rainhas. E era comum o monarca escolher uma berbere
por questões políticas.
Havia o
risco de alguma concubina envenenar a comida da rainha por ciúme.
Praticantes
do islamismo, rotina de cinco orações por dia, voltados no rumo de Meca, a
cidade sagrada do islamismo.
Há
mesquita no palácio também.
A mulher
aos doze anos, o rito de furar as orelhas.
Importante para eles como o batismo e o casamento.
Ela,
Malika, tocava piano. Não gostava de
cavalgar, diferente da princesa.
Continua
no capítulo 03/05