Total de visualizações de página

domingo, 26 de outubro de 2014

RELAÇÃO DE LIVROS LIDOS DE JULHO-1994 ATÉ DEZ/14

   

     Orlando Lisboa de Almeida     (tenho a resenha de todos em caderno)


01 – Os Amantes                                            Morris West                07-94

02 – A Eneida                                                 Virgílio                       09-94

03 – A Insustentável Leveza do Ser                 Milan Kundera              10-94

04 – Viagens na Minha Terra                          Almeida Garrett           11-94

05 – As Três Marias                                       Rachel de Queiroz       12-94

06 – As Pupilas do Senhor Reitor                    Julio Dinis                    12-94

07 – Venha Ver o Por do Sol                          Lygia F.Telles              01-95

08 – O Pássaro de Cinco  Asas                      Dalton Trevisan            01-95

09 – 79ª Park Avenue                                     Harold Robbins           03-95

10 – Formação dos Cristãos Leigos                Vários autores             05-95

11 – O Caminhão                                           Marguerite Duras         06-95

12 – Selvino Jacques                                       Brigido Ibanhes            08-95

13 – Deus Lhe Pague                                      Joracy Camargo          05-96

14 – Crônicas                                                 Machado de Assis       07-96

15 – Peça de Teatro                                       Frederico G.Lorca       01-97

16 – Civilizações que o Mundo Esqueceu        Aurélio M.G.de Abreu  01-97

17 – Óvnis SOS Humanidade              J.J.Benítez                              02-97

18 – Galáxia Romântica                                  Célio de Alencar *       03-97

19 – Raio X da Mente humana                        Fauze Kfoure               06-07

20 – As melhores Crônicas (Fenab)                Vários Autores *         07-97

21 – Cemitério de Elefantes                             Dalton Trevisan            09-97

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

RESENHA - PALESTRAS – SEMANA ACADÊMICA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA UFPr - 2014


Anotações pelo Eng. Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida, 64 anos

Data e local:  13-10-14 no Auditório do Setor de Comunicação Social da UFPr

     O evento contou com vários palestrantes, sendo um deles o Deputado Federal Jean Wyllys do Psol do RJ.     Período da manhã, auditório lotado.
     TEMA – A IMAGEM DOS MOVIMENTOS SOCIAIS NA MÍDIA
     Palestrantes presentes:
Neli Gomes – Movimento Negro   doutoranda em Sociologia  (foi acadêmica por cota)
Xênia Mello – Marcha das Vadias – Advogada
Jean Wyllys – Deputado Federal pelo Psol – RJ
Leonildo José Monteiro – Movimento Nacional da População de Rua

Fala da Neli Gomes – Movimento Negro
Ela foi acadêmica de Sociologia na UFPr através de cotas e atualmente está no doutorado.    É inclusive mãe cujo filhinho de três anos (presente no evento) já sofreu discriminação, inclusive por usar o cabelo estilo afro.    A escola pediu para os pais cortarem o cabelo dele. 
     Fez referência ao Manifesto do Recife em evento de cinema.   O tema era O Negro na TV Pública”.    A população negra é grande no Brasil e na TV o negro aparece em percentual abaixo de 10% no rol de atores na telinha.
     Falou que estudou Sociologia, mas que a Comunicação Social no Brasil em geral estuda a Sociologia baseada mais em autores de fora.   Aborda pouco do nosso meio e nossa cultura.
    Ela disse que episódios de racismo não devem ser vistos como problema dos que são vítimas diretas, mas tem que ser vistos como problema de toda a nossa sociedade.   Se isolar não resolve o problema.  
     Falou do estereótipo no Brasil -  A babá, a ama de leite, preta.   A empregada doméstica e por aí vai.
    
     Fala da Xênia Mello – Movimento das Vadias  -  Advogada
     Os movimentos sociais estão pautados na luta pela superação das opressões sofridas pelas minorias.   Alerta que mesmo dentro de um determinado movimento, há lideranças com visões discordantes sobre formas e meios de ação.
     Ela defende a tentativa de se buscar um Agir na Comunicação pelo Feminismo.  Fala de se chegar a uma mídia comunicativa militante feminista.
     Lembrou que os cargos de decisão (e controle financeiro) na mídia estão nas mãos do homem branco.
     Falou sobre privilégios e exclusão.    Um surdo não costuma ir a eventos, porque não podendo ouvir e não tendo acesso à linguagem de sinais, fica excluído.    
     Ela usa o método de ter o roteiro da fala num caderninho à mão para ficar de forma organizada no tema sem divagação.  É interessante e funcional, parece.
     Em resumo a meta:    Que todas as mulheres sejam livres e respeitadas.



     Fala do Leonildo -  Representante dos Moradores de Rua
          Ele é negro, gay, foi gordo e já usou drogas e morou quase dois anos na rua.   Tem conhecimento na área de enfermagem e trabalha em apoio aos que estão na Situação de Moradores de Rua.     Lembrou do episódio mais trágico em 2004 quando na Praça da Sé em SP houve o assassinato de uma porção de moradores de rua e não se descobriu quem praticou a chacina e não houve punição.
     Disse que em Curitiba tem abrigo para ao redor de 900 moradores de rua, mas a demanda seria ao redor de 4 a 5 mil em situação de morador de rua.     Lembrou que o morador de rua não tem acesso a segurança (dorme na rua), banheiro, alimentação, etc.
     Ele deu um testemunho pessoal dizendo que foi mais bem acolhido no tempo que foi morador de rua, pelos próprios moradores de rua (sem preconceito de cor, de ser homossexual) do que na sua vida social após ter superado a situação de morador de rua.

     Fala do Deputado Federal Jean Wyllys – Psol RJ   (jornalista e ativista)
     A cultura muda no tempo e no espaço.   Diferentes meios de representação.
     Mídia...   oralidade, escrita, representação pictórica, fotografia.
     Os meios de comunicação de massa foram coisas criadas pela humanidade.
     Um pouco da história.      Cultura Judaico-Cristã
     Quando Michelangelo pintou a Capela Sistina ele passou para a narrativa pictórica a que vinha da narrativa oral do povo cristão.     Cultura da dominação masculina, tanto pelo Judaísmo, como Islamismo e Cristianismo.     Patriarcais.
     O homem domina a mulher, tem mais poder.
     O Egito era politeísta e o povo judeu que era monoteísta ficou cativo no Egito por bom tempo.     Depois dos judeus se libertarem do Egito, acabaram caindo sob o jugo dos Romanos, que na época eram politeístas.
     Na fase do Êxodo dos Judeus, ao retornarem do Egito, tiveram que atravessar o deserto com alto risco de vida.    A energia teria sido concentrada para depois, na terra prometida, procriar.    A mulher estaria com a missão de procriar essencialmente.
O prazer no sexo não era levado em conta para a condição feminina.
     O Cristianismo foi “minando” o Império Romano ao ponto de determinado imperador, para continuar a ter o controle sobre o povo, acabou aderindo ao catolicismo e colocando a religião Católica Apostólica Romana como oficial do Império.
     Povos Bárbaros – os que não falavam o latim, que era a língua dos romanos.   Portugal também entra no contexto do catolicismo e do Império Romano.    Assim o colonizador do Brasil trouxe sua visão de mundo para cá e não respeitou as diferentes visões de mundo (culturas, religiões, etc) do povo local.    Destaca que nada disso veio da natureza, mas da ação e das crenças humanas.
     Feudalismo, depois, capitalismo.    Capitalismo com os detentores dos meios de produção e a proletarização dos trabalhadores, etc.    No contexto surgem as correntes políticas, lutas de classes, etc.
     As lutas atuais do feminismo, GLBT, contra o racismo e outras (das minorias) se desdobram das demais lutas.
     Historicamente Jesus foi um grande líder inclusive nas lutas pelas Minorias.   A sociedade excluía leprosos, cegos, coxos, etc.    Ele adotava postura Inclusiva.
     Luta que vem de longe e desemboca na Revolução Francesa, nas democracias, na luta pelos Direitos Humanos.   Indiretamente, na luta do feminismo e das minorias.
     Nessa luta por direitos somos representados pelos meios de comunicação de massa.  A janela que se abriu foi a mídia digital, alternativa, via internet.    A grande mídia apóia o Capitalismo e o hegemônico.   Não apóia os movimentos sociais.
     A sociedade (influenciada pela grande mídia) vê a luta nas ruas como “ameaça à família” no sentido tradicional da família opressora.
     O palestrante lembrou que o que pauta a democracia nos dias atuais é a defesa das minorias.    As minorias são oprimidas e as opressões podem ser cumulativas.   Alguém pode sofrer preconceito cumulativamente por ser pobre, negro, gay por exemplo.
     Ele defende essa Frente de Lutas que não é só do Capitalismo que oprime as minorias.
     Ao final das palestras houve o lançamento do livro Tempo Bom, Tempo Ruim, do palestrante e Deputado Federal Jean Wyllys.      

               orlando_lisboa@terra.com.br

    
    





     

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

BIOGRAFIA DA CLARICE LISPECTOR - PARTE FINAL

    Como já disse nos capítulos anteriores, a Biografia da Clarice Lispector, de autoria de Benjamin Moser, é um livro volumoso, mas de grande qualidade e diversidade de informação.     Dos apontamentos que fui fazendo ao longo da leitura, daquelas partes que mais me chamaram a atenção,  notei que dava para fazer comentários sobre um pouco do pensamento da Clarice, um tanto do Brasil na época e finalmente, destaquei o lado que o autor realça o povo judeu, afinal o autor e Clarice pertencem ao povo judeu e essa condição se reflete naturalmente na obra.    Vamos à síntese do que anotei:
     (Página 23)   Na Ucrânia onde nasceu Clarice, Stalin matou muita gente e depois Hitler também fez o mesmo, para a dor daquele sofrido povo.    Era a região que tinha a  maior concentração de judeus do mundo.     Clarice nasceu na cidade de Tchechelnik.
     (p.27)  Os judeus costumavam ter muitos filhos, pois preceitos religiosos deles não eram compatíveis com o controle da natalidade.
     (p.28)  Por lei, na Ucrânia da época, os judeus não podiam ter terras e viviam em seu país como se fossem estrangeiros.        
     (135)   Nas Guerras Mundiais, praticamente o mundo todo fechou as portas para os imigrantes judeus.
     (p.166)   Para todos os lugares onde os judeus migraram, já na segunda geração eram classe média, visto que sempre foram dedicados inclusive aos estudos.         Sionismo - movimento dos judeus visando ao retorno à terra dos ancestrais.
     (p.244)   O jornalista Samuel Wainer, que foi destaque no cenário brasileiro, era judeu nascido na Bessarabia,  que fazia parte da URSS.    Ele foi proprietário do Jornal Última Hora.      Clarice, formada em Direito, exerceu o jornalismo no Rio de Janeiro por bom tempo e foi até demitida do Jornal do Brasil  por ser judia.
     (p.271)   O diplomata brasileiro Osvaldo Aranha teria assinado pela ONU em 29-11-47 o documento de criação do Estado de Israel.
     (304)   O empresário Adolpho Bloch, da Revista Manchete nasceu na Ucrânia e era judeu.
    (p.327)   O empresário americano Henry Ford, segundo o autor, era um notório anti-semita.    

     Conclusão:   o meu hábito de anotar o que achei de mais relevante em todos os livros que leio me fornece uma síntese interessante.    Ao ler e reler esta síntese, reforço o conhecimento das passagens de destaque que permitem uma reflexão boa.     

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

RESENHA DA BIOGRAFIA DA ESCRITORA CLARICE LISPECTOR III

    No mês de fevereiro coloquei duas partes de comentários daquilo que achei mais interessante na Biografia da Clarice, cuja obra está detalhada no Capítulo I do tema no blog.     Para este capítulo III destaquei mais o lado Brasil da época focado no livro.    Mas antes de entrar no tema Brasil, vou destacar uma frase lapidar para as pessoas que são chegadas a fazer uns rabiscos.   (página 126) " Uma coisa eu já adivinhava:  era preciso tentar escrever sempre, não esperar por um momento melhor porque este simplesmente não vinha.  Escrever sempre me foi difícil, embora tenha partido de uma vocação.  Vocação é diferente de talento.  Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir".
     Agora, sobre o Brasil da época por conta do biógrafo:
     (pag.129)   Antes do ano de 1920 os navios de Cruzeiro que vinham do primeiro mundo se gabavam de não parar no Brasil.   Havia lá fora o medo de doenças tropicais daqui e outras idéias negativas.
     O Brasil em geral e o Rio de Janeiro (que era a capital federal na época) despontaram para o Primeiro Mundo como lugar interessante após 1920.    Nessa onda, o RJ inaugura em 1922 o famoso Hotel Glória e em 1923 o Copacabana Palace, outro hotel que virou ícone do RJ.     Getúlio Vargas, o Presidente, fez uma forte campanha para melhorar a imagem do Rio em particular e do Brasil em geral no exterior.    E era tempo da cantora super star da época Carmen Miranda estar bombando na mídia.   Ela acabou ajudando a melhorar a imagem do Brasil lá fora.     Futebol e Carnaval já eram produtos fortes do Brasil da época.
     (p.140)     Nossa Casa de Detenção, que depois virou o Carandiru já foi um presídio modelo de tal forma que era aberto a visitantes daqui e do exterior.   Visitantes famosos como o Antropólogo Clode Lévi-Strauss e o escritor judeu Stefan Zweig visitaram a Casa de Detenção.
     (p.142)   Algo para reflexão:    Até 1920 o Brasil não tinha nenhuma Universidade.  O que havia era faculdades isoladas com cursos específicos.    Nada de um campus com vários cursos dentro do conceito de universidade.     E o autor destaca que cidades como Lima, Cidade do México e Santo Domingo já tinham suas universidades desde o século XVI.  
     (p.198)     Na Segunda Guerra Mundial os americanos fizeram em Natal-RN a maior base aérea fora do seu território no esforço de guerra usando Natal-RN por ser um ponto estratégico por ficar no ponto da América do Sul mais próximo da África.    Diz que a  Base americana em Natal era tão grande e sofisticada que tinha até um cinema que recebia os filmes de lançamento, mesmo antes de chegarem à nossa capital federal que era o Rio de Janeiro.
     (p.213)   Em 1888 o Brasil decretou o fim da escravidão e passou a incentivar a imigração para prover mão de obra principalmente nas lavouras, sendo que o café era o carro-chefe.    E que a preferência teria sido para o imigrante italiano por ser branco, latino e católico.   Supunha-se que o povo brasileiro se adaptaria melhor a esse perfil de imigrante, segundo o autor comenta.
     (p.278)   Em 1947, o Brasil em uma fase de estreitamento diplomático com os USA chegou a importar 27.000 toneladas de bananas dos USA.     Parece piada!
     (p.300)   Diz que até certa época recente, no Brasil só três escritores conseguiram viver da literatura e seriam: Érico Veríssimo, Fernando Sabino e Jorge Amado.
     (p.314)   O magnata Giuseppe Martinelli fez o primeiro arranha-céu como se chamava um prédio alto nos tempos dos anos 20.    O povo paulistano ficou abismado com a obra e sua altura mas tinha medo de morar naquela altura.    Para mostrar que o prédio era seguro, o magnata Martinelli se mudou com a família na cobertura do arranha-céu.   Daí as pessoas aderiram à novidade.
     (p.395)   Jânio Quadros, que foi presidente do Brasil, visitou Cuba de Fidel.   Jânio condecorou Chê Guevara  (em 19-08-61) com a maior comenda nacional -  a Ordem do Cruzeiro do Sul.
    (p.427)     Na Ditadura militar os amigos de Clarice, Paulo Francis e Ferreira Gullar, foram presos logo após a edição do AI 5 Ato Institucional número 5 que suspendeu as liberdades democráticas no País em 1969.            
     Em resumo nosso País é novo e estamos no aprendizado... 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

RESENHA DA BIOGRAFIA DA CLARICE LISPECTOR II

Como simples leitor da Biografia de Clarice Lispector, seguem mais algumas frases que eu destaquei como marcantes na obra.   Isto tudo para mostrar que a escritora foi fora de série e merece ser lida com muita atenção.   
     Frase com comentário do crítico literário Milliet sobre uma obra de Clarice:    "A autora sucumbe ao peso de sua própria riqueza"  (cultural).    ... "livro desanimadoramente difícil de ler"..  (p.284)
     Sobre seu desapego a Deus:   "Acima dos homens, nada mais há."  (p.285)
     "Todos querem ter projeção sem saber como esta limita a vida."    ... "o que eu queria dizer, já não posso mais".   (p.360)
     Cazuza leu 111 vezes o livro Perto do Coração Selvagem.    Cita o biógrafo: "O livro inspirou paixões".   (p.457)
      "Que ninguém se engane.  Só consigo a simplicidade através de muito trabalho"   (p.479)
     Dica de Clarice para uma menina que gostava de escrever:   "Escreva em prosa... ninguém edita comercialmente livro de poesias".   (p.480)
     Sobre seu cão Ulisses:   "É um cachorro muito especial... é um pouco neurótico".   (p.482)
     Perto dos 47 anos de idade, que não chegou completar:     Em carta para o intelectual católico Alceu de Amoroso Lima (o Tristão de Athaide):   "Eu sei que Deus existe".

     Há material anotado para mais uns dois capítulos no blog, sobre detalhes do Brasil, do Jornalismo no Brasil (ela militou na área), da Guerra e na Diplomacia.   Vejamos...


Na matéria anterior deste blog está a parte I desta resenha.

sábado, 30 de agosto de 2014

RESENHA DA BIOGRAFIA DA CLARICE LISPECTOR (PARTE I)

 Como leitor franco atirador, um dia me chega às mãos  o livro biográfico "Clarice" de autoria de Benjamin Moser e tradução de José Geraldo Couto.  Obra da editora Cosacnaify, com 647 páginas.
     O livro é de uma riqueza de dados impressionante, não só da controversa Clarice, mas no retrato que o autor traça sobre a política brasileira, a Europa das primeiras décadas do século passado, a questão do povo judeu na Europa, as Guerras e muito mais.    
     Tendo o hábito de ler com papel e lápis do lado, anotando aquilo que mais me chama a atenção, percebi que no caso desta obra, dá para fazer até uma separata por assunto, como Política brasileira nos anos 20, aspectos da Geopolítica nos tempos das Guerras Mundiais,  aspectos da Diplomacia brasileira nos anos 20, aspectos do Jornalismo no Brasil e no front de batalha na Europa e por aí segue.
     Para esta primeira parte, já que a protagonista é a Clarice, resolvi destacar frases e citações que mostram um pouco do modo de pensar dela.      Ela no Cairo, esposa de diplomata, em frente à esfinge e o mito do "me decifra senão te devoro".     Ela teria dito após "encarar" a esfinge:  "Não a decifrei.. mas ela também não me decifrou".  (p12)
     Frase de Drummond sobre sua amiga Clarice:  "Veio de um mistério e partiu para outro"   (p.14)
     Ela por ela mesma:  "Sou tão misteriosa que não me entendo"   (p.15)
     Idem:   "Eu sou vós mesmos"   (p.17)
     Idem:   Dela que nasceu na Ucrânia e veio bem novinha para o Brasil:  "Eu pertenço ao Brasil"  (p.23)
     Consta que ela na juventude chegava a ler um livro por dia.   (p.126)    A literatura de Herman Hesse teria influenciado um pouco a pessoa e a obra de Clarice.    (p.127)
     Clarice, se referindo ao suicídio de Virginia Wolf:         "... não quero perdoar o fato de ela ter se suicidado.   O horrível dever é ir até o fim".   (p.205)
     Sobre viver longe do Brasil e das pessoas amigas na Europa, acompanhando o esposo diplomata.    "O que importa na vida é estar junto de quem se gosta". (210)
     Ela, morando numa pequena cidade do interior da Europa.   "É preciso ser feliz para morar em uma cidade pequena, pois ela alarga a felicidade como alarga também a infelicidade" (251)
     Para finalizar o capítulo de hoje, parte de uma frase dela numa carta enviada da Europa:    "... somente até um certo ponto que a gente pode desistir de si própria e se dar  aos outros e às circunstâncias...".       (259).    Ela leu muito os filósofos...
     

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

RESENHA DO LIVRO – LAOWAI (ESTRANGEIRO) - Sonia Bridi


Autora:    Jornalista Sonia Bridi -  Editora – Letras Brasileiras, 4ª.edição – 2008

Resenha (do meu jeito) elaborada pelo leitor Eng. Agr. Orlando Lisboa de Almeida

     Ela e o companheiro Paulo Zero (repórter fotográfico) morou na China por três anos como correspondente da Globo.

Página 202 – Na Índia, a maioria dos veículos não tem retrovisor.  Ao ultrapassar, buzinar.  Há até aviso em parachoques trazeiros:  Buzinar ao ultrapassar.
     202 – Segundo ela, na Índia o povo “escolhe” para viver, mais gente do sexo masculino.   Causa problema demográfico por isso.
     202 -  Índia e Paquistão, fronteiriços que já se enfrentaram militarmente.   Há guardas dos dois lados da fronteira.  Ritual diário de troca de guardas de forma ostensiva com direito a arquibancadas para os turistas assistirem tudo.
     208 – O Dalai Lama vive exilado na cidade indiana de Daharamsala, já que o Tibet, seu país está há anos sob o domínio da China.
     209 – O atual Dalai Lama é o 14º com esse título.  Seu nome original é Tenzin Gyatso.     A cidade de Lhasa é a capital do Tibet.
     No Tibet do tempo antes do domínio chinês, o Dalai Lama era o líder religioso e o líder político do país.   Uma teocracia.
     211 -  Quando a China invadiu o Tibet para “salvar” o povo da teocracia dos Lamas e da miséria.... o povo tinha expectativa de vida de 35 anos.      A China também era um país bem pobre.
     211 – Depois de 10 anos sob domínio chinês, o Dalai Lama (aos 24 anos de idade) foge para a Índia e se instala com seu governo no exílio na cidade de Daharamsala e com o passar do tempo seus adeptos foram agregando ao local que atualmente conta com mais de 100.000 tibetanos.
     213 – Um dos problemas para o catolicismo na China é que esta religião condena o tipo de controle de natalidade praticada naquele país.
     213 – Colocação do Paulo Zero (repórter) ao Dalai Lama.   “Além disso, nunca vimos na China a miséria extrema que está por toda a parte na Índia ou mesmo nas favelas brasileiras”.   (argumentando que é uma das ações do comunismo chinês)
     214 – Há muita maldade no mundo segundo o Dalai Lama, mas há muitos que praticam a compaixão..... se formos só ficar focados nos males..... se olhar só o lado negativo, podemos perder a esperança.
     215 – Diferentes povos pelo mundo e diferentes necessidades de religiões, defende ele.    “Porque o objetivo final é o mesmo:  amor, compaixão, perdão, tolerância e assim por diante.”
       continua  -   clicar abaixo, à esquerda