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domingo, 23 de maio de 2021

CAP. 08/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor: Jornalista americano Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca - anos 90

 CAP. 08/10

         Em 1989 ele numa das férias avisou que ia para o Sul e depois mandou um postal de Fairbanks no Alasca.     Alasca.... nunca teve dúvidas de que voltaria para lá.

           Carine, a irmã dele:  “Sabia que ele estava feliz e fazendo o que queria fazer, entendi que era importante para ele ver quão independente podia ser.   Ele ficava meses, até ano sem dar as caras nem notícias”.

         Capítulo 13 do livro – Virginia Beach

         O corpo do jovem foi cremado antes de voltar pra terra dele.   A mãe em lágrimas:  “Eu só não entendo por que ele tinha de correr aquele tipo de risco”.

         Capítulo 14 -  A Geleira Stikine

         O jovem ao se embrenhar na mata:   “Caminho agora para dentro da natureza selvagem”.    O repórter também na juventude foi um aventureiro de escalar montanhas. 

O jovem diz:  “Eu planejara passar entre três semanas e um mês na geleira Stikine”.     Antes ele já tinha feito duas expedições ao Alasca.

         ... “pendurado em dois cravos de cromo molibdênio enfiados em 2,5 cm na água congelada”.

         “Aprendemos a confiar em nosso autocontrole”.   Pendurado nas alturas.    Estava a mil metros e a parede da montanha estava quase sem local para fixar os apoios.   Teve que retornar para baixo.

         Capítulo 15 -  A geleira Stikine -    O repórter era de família de cinco filhos.   Ele mais quatro.  O pai era ambicioso ao extremo, como era o pai do jovem protagonista.

         ... “tal como Walt Mc Candless, estendia suas aspirações à sua prole”.

         Antes do repórter completar idade da pré escola o pai já projetava para ele a Medicina ou como consolação, um curso de Direito.

         O pai estudou em Harvard e queria isso para o filho.

         O jovem repórter se formou carpinteiro e vagabundo alpinista para a ira do seu pai.     “Eu ganhava liberdade e responsabilidade incomuns em tenra idade, pelo que deveria ter sido extremamente agradecido, mas não fui”.   Em vez disso, sentia-me oprimido pelas expectativas do velho”.

         Foi-me enfiando goela abaixo que qualquer coisa abaixo de vencer era um fracasso.  Se frustrou e frustrou o pai.   Lá adiante descobriu:

         “Percebi que eu fora egoísta, inflexível e um grande pé no saco”.

         O jovem por outra rota chegou ao ápice do pico Polegar do Diabo.

         ...agia conforme uma lógica obscura e cheia de furos.   Achava que escalar o Polegar do Diabo resolveria tudo que estava errado em minha vida”.

         Diferença entre o repórter e o jovem.   “Quando jovem, eu era diferente de Mc Candless em muitos aspectos importantes, sendo o mais notável que eu não tinha o seus intelecto, nem seus ideais elevados”.

         Capítulo 16 – O interior do Alasca

         O que deu carona ao jovem até o final, sendo três dias de viagem, disse para ele esperar a neve baixar, por uns tempos.   Era algo como cinquenta centímetros de camada de neve.   Nessa condição não havia erva com elementos comestíveis na floresta.

         Mas “ele estava mordendo o freio para sair e começar a caminhada”.

         Pedi e implorei para que ele telefonasse para seus pais.

         (o jovem não seguiu nenhum conselho no caso)

         Continua no capítulo 09/10

CAP. 07/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor americano - Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca - anos 90

 CAP. 07/10 – fichamento  - livro – NA NATUREZA SELVAGEM – Autor: Jon Krakauer -  Baseado em fatos no Alasca

         O jovem no passado cogitou de se armar e ir pra África do Sul lutar contra o apartheid.  Disse à família que não queria fazer faculdade.   A mãe, que era como o pai dele de origem operária, viam o estudo como essencial.

         A mãe recomendar que ele fizesse uma faculdade e preparado, pudesse enfrentar a vida e até ajudar os outros.

         Os pais ralaram, venceram, tinham vida confortável, chegaram a levar os filhos a  passeios na Europa.   Chris tinha vergonha disso tudo.

         Ele, jovem, era desde criança um empreendedor.   Plantava verduras e vendia na vizinhança.   Depois começou, com equipamento do pai, tirar xerox um pouco mais barato que a concorrência e fez sucesso.   Depois, nas horas vagas do estudo nível médio, foi agente de angariar clientes para uma empresa de reformas de domicílios.   Faturou bem nesse serviço.  Comprou um carro com essas economias.

         Página 127 – Capítulo 12 do livro – Annandale

         Grifo do jovem em livro do autor: Henry David Thoureau

         Livro Walden, ou a Vida nos Bosques.      “Mais que o amor, dinheiro e fama, dai-me a verdade”.

         Antes de partir para viagem, o jovem deu de presente para o pai um caro telescópio.  E, meio chumbado, fez um discurso de elogio ao pai que veio de baixo, criando os oito filhos.

         Os pais não conseguiram segura-lo de partir.  Deram um cartão Texaco de Crédito e pediram para ele ligar cada três dias...

         Isso em 1986, após o término do ensino médio.   Partiu de carro para a costa oeste americana e só voltou três dias antes do início do próximo ano letivo na faculdade.   Chegou 13 quilos mais magro.    Andou e chegou a se perder no Deserto do Mojave.

         Foram com muito jeito tentar dar conselhos a ele e o jovem ficou uma arara.    Esteve na cidade onde o pai teve a primeira esposa, a primeira família e que o casamento terminou num divórcio tumultuado.    O jovem descobriu que seu pai, na surdina, continuou por anos se relacionando com a ex e sua mãe.    Ele ficou possesso com isso.   Por não terem revelado a ele em família esse passado.

         Depois que o jovem nasceu, dali dois anos, seu pai teve mais um filho com a ex esposa Marcia.   Na ida à terra onde o pai tinha a ex, o jovem soube de tudo e ficou muito mal e se fechou mais ainda.

         O jovem...  “media-se a si e aos outros em torno dele por um código moral sabidamente rigoroso”.    Mas o jovem era tolerante com certas pessoas e seus autores preferidos.   Jack London e a bebida era um caso.

         Tolstoi e seus treze filhos e vida tumultuada e era um aventureiro sexual.   O jovem soube do passado dos pais mas sempre guardou isso para si.  Não os confrontou.

         O jovem na faculdade começou a se queixar das injustiças do mundo.  Racismo, fome, desigualdades sociais etc.

         Na política, era um conservador.   Ridicularizava o Partido Democrata a aplaudia o Republicano Ronald Reagan.

         Em 1989 ele numa das férias avisou que ia para o Sul e depois mandou um postal de Fairbanks no Alasca.     Alasca.... nunca teve dúvidas de que voltaria para lá.

                   Continua no capítulo 8/10

sábado, 22 de maio de 2021

CAP. 06/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor - Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca anos 90

CAP.06/10

         Outro jovem que em 1931 caminhava em aventura pelos cânions e desertos:  “Tive algumas experiências fantásticas no deserto...”   ...”mas acontece que estou sempre empolgado.  Preciso disso para me manter vivo”.

         O jovem do deserto mudou de nome várias vezes.  Num deles, era Nemo, em latim, ninguém.

         Personagem.  Capitão Nemo de Julio Verne.   O que fez promessa de nunca sair do mar.

         Comparando o jovem do livro e o do deserto.  “Everett era estranho.  Meio diferente, mas ele e Mc Candless pelo menos tentaram seguir seus sonhos. Isto é que faz a grandeza deles.   Eles tentaram.  Pouca gente faz isso”.

         Há muitos séculos, lá pela Irlanda, monges em pequenos barcos de carcaça de couro de boi e estruturas de junco, para se afastarem das povoações navegavam para os confins da Groenlândia.

         ...”Lendo sobre esses monges, emocionamo-nos com a coragem, a inocência afoita e a urgência do desejo deles”.

         Se percebe algum paralelo com as aventuras dos jovens da neve e do deserto citados.

         Capítulo 10 – Fairbanks   -   cidade no Alasca.

         Só no tempo de ajudante de colhedor de cereais o jovem forneceu o nome correto e o número da previdência.    Aí que houve elementos para identificar o morto.

         Capítulo 11 – Chesapeake Beach

         No diário sublinhou trecho do livro Doutor Jivago de Boris Pasternak.    “Ter um objetivo”.   “Precisavas render-te a um objetivo último de modo mais pleno...”

         O pai do jovem aos 56 anos, Samuel Walter.   Sete semanas após a morte do filho, o pai olha pela janela da casa beira mar e se pergunta:  “Como é possível que um menino com tanta compaixão pudesse causar tanta dor a seus pais?”

         Na garagem três carros e um barco catamarã de dez metros ancorado no cais.   Itens da família de Samuel Walter.

         Samuel era da equipe de montar inclusive componentes de satélite.  Projeto Seasat.  Ele era o diretor do Projeto.  No seu cargo, acostumado a dar ordens.

         “Quando Walter fala, as pessoas escutam”.

         115 – Depois que Chris, o jovem, deu o bilhete azul para todo mundo em 1990, algo mudou em Walt.  O desaparecimento do seu filho assustou-o e abrandou-o.    Walt teve infância pobre.   Walt tocava piano.

         Em 1957 os russos lançaram o Sputnik.  Assustaram os americanos, que passaram a aplicar fortunas para se aparelhar na disputa.

         O Sputnik abriu nos USA oportunidade para Walt recém casado se especializar nessa área aeroespacial.   Sam , seu primeiro filho, nasceu em 1959.

         Walt participou dos projetos do primeiro satélite não tripulado dos USA a pousar na lua.   Projeto Missão Surveyor 1.

         O jovem quando criança já era imaginoso.   Foi destacado para aulas especiais e ele não gostava porque tinha mais tarefas escolares a fazer.   Na reunião de pais, a professora disse à mãe de Chis em reservado:  “Chris marcha em ritmo diferente”.

         A irmã três anos mais nova.   Mesmo criança “ele era muito ensimesmado” diz a irmã.   Mas não era anti-social.   Podia ficar sozinho sem sentir-se solitário.

         Walt saiu da Nasa para tocar negócios próprios, ele e a esposa.

         Houve fase de vacas magras nas finanças da família e jornadas longas de trabalho do casal.   Em casa, mas no trabalho.

         Depois os pais começaram a ganhar bom dinheiro com a empresa, mas sempre trabalhando muito.    ...”trabalhavam o tempo todo”.

         Página 116 -  “Era uma vida estressante.  Ambos são muito tensos, emocionais, pouco inclinados a ceder terreno”.   O avô materno do jovem vivia perto da montanha e da floresta.    Caçava mas tinha dó dos animais.  Chris pegou gosto pelo avô e por tudo aquilo de floresta.

         O pai escalava pequenas montanhas com os filhos.   “Chris não tinha medo desde pequeno”, diz o pai.    O jovem saia de carro com o amigo e ias pras quebradas conversar com as pessoas, conversar com mendigos.  Comprava lanches e distribuía a eles.

                   Continua no capítulo 07/10 

CAP. 05/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor: Jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca anos 90

 O jovem teve nas andanças até uma breve paquerinha que durou pouco e ela era bem mais nova do que ele.   Ele era bem sociável e fez muitas amizades enquanto ajudava o amigo no mercado de trocas do acampamento onde ficou uns tempos.

         Página 58 – Anza Borrego

         O autor citou um trecho que foi lido e sublinhado pelo jovem.  Texto que acompanhou ele até morrer.  Autor do livro:  Henry David Thureau.  Livro Walden, ou a Vida nos Bosques.    Trecho:  “O que tenho na mão é um pouco da poeira das estrelas e um fragmento do arco-iris”.  

         60 – Moitas de indigueiro  (vegetal do qual se tira a tinta azul índigo)

         O rapaz avisou um idoso que lhe deu carona, que logo iria partir para o Alasca para iniciar uma aventura definitiva.

         63 – Há cascavel em Dakota do Sul – USA.

         O jovem em conversas com o amigo idoso...   “ficasse com o rosto rubro de raiva enquanto vituperava contra seus pais, os políticos ou a idiotia do modo de vida dominante americano”.

         O jovem estava com 24 anos e o velho, 81 anos.  

         Capítulo 7 – Cidadezinha de Cartago.  Página 72

         O jovem ao abandonar os pais disse à irmã:  “Vou divorciar-me deles de uma vez por todas e nunca mais falar de novo com um daqueles idiotas enquanto for vivo.  Não vou querer mais nada com eles, para sempre”.

         Nos depoimentos para o livro, o redator não encontrou indícios de que o jovem teve relação sexual com nenhuma mulher e também não encontrou nenhum indício dele ter relação homossexual.

         76 – O jovem tinha livro no qual sublinhou a frase sobre a castidade.   O autor deste livro diz:  “Nós, americanos, somos excitados pelo sexo, obcecados por ele, horrorizados com ele”.

         O amigo do jovem informou:   “Ele disse que iria escrever um livro sobre suas aventuras”.

         O jovem pediu dicas aos caçadores sobre cercar caça, preparar, secar carne etc.   Na despedida do amigo colhedor de cereais e sua equipe (Wayne), o jovem surpreendeu todos tocando piano e muito bem.

         Ele chorou na hora de despedir da esposa do amigo Wayne.   Ela pressentiu os riscos que ele iria correr.

         Ele mandou postal do Alasca, com um urso polar.  Estava em Fairbanks.

         No postal elogiou o amigo e disse:   “Caminho agora para dentro da natureza selvagem”.

         Capítulo 8 – página 81 – Alasca

         Das cartas dos leitores sobre o artigo que este autor escreveu à Revista Outside sobre a morte do jovem:   “Por que um filho causaria a seus pais e sua família uma dor tão permanente e excruciante?”

         Um crítico, em carta:  faltou a ele cuidado e ter ao menos uma bússola e um manual de escoteiro.

         O jovem no Departamento de Pesca do Alasca esperando abrir a temporada de pesca do salmão.

         91 – Um fotógrafo e sua expedição com 500 rolos de filmes.    Contratou um piloto para leva-lo até o local com muita neve e não contratou um voo para seu retorno ao fim da missão.    Acabou morrendo por lá.

         Comida acaba e ele, o jovem, no frio de menos vinte graus Celsius.

         Sobre este caso de um (mais um...) doido que morre no meio do inverno.    “Mc Cunn exibia uma escassez assombrosa de bom senso”.

         Já o jovem durou 113 dias na solidão na neve, no rigor do nada porque tinha certos raciocínios para ajudar na sobrevivência.

         96 – Mapa com o Arizona, Rio Colorado, o Grand Canyon que tem um Parque Nacional e fica ao lado da Reserva dos Índios Navajos.

         97 – Capítulo 9 – Garganta de Davis

         Só tem seis quilômetros de extensão.

         Continua no capítulo 6/10

sexta-feira, 21 de maio de 2021

A CHINA DE HOJE, O CENSO E A ESPECIALISTA (21-05-2021) /// TODAY'S CHINA, THE CENSUS AND THE SPECIALIST

 A CHINA DE HOJE, O CENSO E A ESPECIALISTA

Uma das articulistas da Folha de SP é Economista e Professora na Universidade de Negócios Internacionais em Pequim. O nome dela é Tatiana Prazeres.
Os artigos dela tem sido sempre bem objetivos e neste ela foca o censo da China mais atual. O artigo se chama O Sentido do Censo na Folha de hoje, 21-05-21.
Uns dados do artigo dela. O Censo atual revelou que a média de filhos atual está em 1,3 por mulher e precisaria de 2,1 para que a população no médio prazo não diminua, o que afetaria inclusive a oferta de mão de obra no país.
Outro dado interessante é que o país, com seus 1,4 bilhão de habitantes, tem 36% deles na zona rural. No Brasil estima-se que sejam apenas 16% na zona rural.
Expectativa de vida deles hoje é superior a 77 anos.
E o que para mim foi mais surpresa: Lá o homem se aposenta aos 60 e a mulher aos 55 e algumas categorias, aos 50.
Os dados que deixa cristalina a importância do censo para saber como está o país e sua população. Veja o que mudou em apenas dez anos lá. Há dez anos, a faixa de população acima de 60 de idade era de 13,3% do total populacional. Agora são 18,7%. Um verdadeiro salto, com as demandas crescentes nessa faixa. Dados oficiais repassados por uma pessoa categorizada e que vive naquele país.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

CAP. 04/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor: jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca (anos 90)

 CAP. 04/10

         Página 36 – Capítulo 4 do livro – Detrital Wash

         A mística do deserto.   Cita frase de Paul Shepard em “Homem na Paisagem”:   “Aqui, os líderes das grandes religiões buscam os valores terapêuticos e espirituais do retiro, não para fugir da realidade, mas para encontra-la”.    Deserto do Mojave nos USA.

         Uma flor que só tem lá, chamada papoula-pata-de-urso, nome científico Arctomecon californica.  Só nasce em solo com o mineral gipsito, portanto solo gipsífero perto do lago Mead.

         Os guarda parque fazendo levantamento das papoulas em extensão à beira  do lado e encontraram o carro abandonado pelo jovem com um bilhete “doando” o carro:  E mesmo o carro tendo suportado uma enchente do rio ao lado (o leito ficava seco na maior parte do tempo), ainda funcionava.    Por lá, dirigir fora da estrada era expressamente proibido.

         No deserto, a temperatura pode chegar aos 48 graus Celsius.   O jovem tinha andado quilômetros pelo leito seco do rio com seu carro e o percurso era proibido.    Deu uma chuva enorme, o leito do rio voltou a correr e ele não teve como escapar e abandonou o carro.  Antes, arrancou as placas para não poderem identifica-lo (e rastrea-lo).

         Página 40 – Queimou por querer as notas que totalizavam os 123 dolares que possuía.   Ele relatou isso no diário.   Subiu a Serra Nevada.  Em Arcata, na Califórnia, florestas com as famosas sequóias gigantes, perto da costa do Pacífico.   Por lá tem também cactos gigantes – Saguaros.   Segundo consta, esse tipo de cacto pode durar até 175 anos, pesar até 6.000 quilos e ter altura de até 15 metros (algo como um prédio de cinco andares).

         O jovem em cartão postal sugere ao amigo Wayne preso, ler Guerra e Paz de Tolstoi.

         No México por onde o jovem andou haveria parte do leito do Rio Colorado morto e seco.   Foram feitas tantas alterações no rio nos USA para irrigação, abastecimento, que este perdeu força e já em território mexicano onde desaguava no mar, não chega mais à foz.   Desaparece em certo ponto dos anos 50 mais ou menos para cá.   Há muita gente da região que se lembra do rio, das pescas e da beleza que era.

         No diário, o jovem escreve em terceira pessoa.  No México:    “Os habitantes ajudaram-no a carregar o barco e atravessar uma barreira...  Alex acha os mexicanos um povo cordial e amistoso.  Muito mais hospitaleiro que o povo americano”.  (e fala com conhecimento de causa sendo americano e tendo perambulado por longo tempo pelo território do seu país).

         Com ajuda, chega no Oceano no Golfo da Califórnia em território mexicano.  Golfo Santa Clara.    Ao lado do golfo, o Grande Deserto:  4.400 km2 de dunas cambiantes com os ventos.  O maior da América do Norte.   Ele saudou o ano novo no Grande Deserto entre 1990 e 1991.

         Passou apuro com a pequena canoa no mar.  Vento forte, ondas altas.  Quebrou um remo de raiva, de bater na lateral do barco.   Só se salvou porque tinha mais um de reserva.

         Ficou andando por lá e por 36 dias não conversou com ninguém.

         Nos USA sobe a leste, cruza até o Oeste e usa a estratégia de enterrar o dinheiro para não ser roubado pelos mendigos que também dormem na rua.

         Nas andanças, perdeu dez quilos.  Já sete meses de andanças.   Enterrou a câmera para se proteger de furtos e ela deixou de funcionar.

         Agora ele está em janeiro de 1992 e diz:  “Meu Deus, como é bom estar vivo! Obrigado, obrigado!”

         Capítulo 5 – Bulhead City

         Cita o escritor Jack London e o livro “O Chamado da Floresta”.   Escreveu num cartaz referência à aventura de J. London.  Cartaz é encontrado no ônibus onde ele morreu.  Cartaz de maio de 1992.

         Desde maio de 1991 quando ficou sem a câmera até maio de 1992, ficou também quase sem escrever.   Sem fotos e sem dados no diário.

         Página 50 – Em Bulhead City – Cabeça de Touro, cercada de deserto, foi o lugar onde ele mais parou nas andanças.  Trabalhou numa loja do Mc Donald´s e também na biblioteca local.

         Chegou a pensar em ficar por lá.     O jovem era apaixonado pela obra do Jack London    (eu como leitor na juventude li vários livros desse autor).

         Destaque dele pelo livro O Chamado da Floresta.    O autor fala sobre o Jack London,   “Sua condenação veemente da sociedade capitalista, sua glorificação do mundo primordial, sua defesa da plebe, tudo isso refletia as paixões do jovem”.

         O autor destaca que eram obras de ficção, muito da imaginação de J. London, diferente da realidade.   O jovem parecia esquecer como foi a vida e o fim do escritor J.London, este que só passou um inverno no Alasca e que se suicidara em sua fazenda na Califórnia aos 40 anos, bêbado delirante, obeso e patético, levando uma vida sedentária que pouco tinha a ver com as ideias que defendia no papel.

                   Continua no capítulo 05/10

CAP. 03/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - autor : jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca (anos 90)

CAP. 03/10

         Acharam o jovem aventureiro morto no ônibus abrigo na neve.

         Um terceiro que apareceu no local tinha rádio comunicador e chamou a polícia.

         O jovem morto tinha consigo uma câmera, cinco rolos de filmes batidos, o bilhete de SOS e um diário nas últimas páginas de um livro guia de campo de plantas comestíveis.

         Foram 113 notas concisas e enigmáticas no diário.   Na autópsia o corpo pesava 30 kg e a causa mais provável foi inanição.   Entre as fotos, vários auto retratos.   Não portava documentos.

         Capítulo 7 – Cartago   (cidade do oeste americano)

         O jovem tinha grifado no livro de Leon Tolstoi sobre felicidade familiar:   “Eu queria movimento e não um curso calmo da existência”.

         Cartago, Dakota do Sul, local com 274 habitantes.   Os comércios de lá: uma mercearia, um banco, um único posto de combustíveis e um bar solitário.

         Bar Cabaret, onde o jovem se encontrou com Wayne.   Agricultores por lá.  Campos de girassol perto da colheita.   Quando o rapaz apareceu em Cartago, ficou uns tempos e já tinha visitado muitos lugares e sempre contava coisas das andanças, mas sempre usando o nome de Alex.

         O amigo que ele fez em Cartago trabalhava de colher grãos numa vasta região com sua equipe e maquinários.  

         Alex, dentes grandes, era míope e usava óculos.    Estava muito faminto quando chegou em Cartago.    O amigo Wayne fez um bom jantar para ele. 

         O próximo destino era longe e local onde buscava alguns rubber tramps (vagabundos que possuem veículos), diferentes dos leather tramps que caminham à pé ou de carona.

         O anfitrião ofereceu emprego para que o rapaz trabalhasse quando quisesse e depois de vinte dias o jovem veio e encarou os serviços gerais com o amigo.   O amigo Wayne se lembra que o jovem era inteligente e lia muito.   Acha que até isso atrapalhou o jovem.

         Na casa de Wayne eram só marmanjos da equipe.  Saiam de vez em quando para beber e caçar mulheres, mas sempre sem sucesso.

         O jovem se identificou com as pessoas e o lugarejo simples.

         O anfitrião tinha pouco mais de trinta anos e era um faz tudo, até pilotar aeronaves e programar computadores.   Andou tendo problema com a lei por fazer “caixas pretas” para fazer “gato” de sinais de TV por satélite.  Por isso foi pego e ficou em cana por quatro meses.

         O jovem ficaria mais tempo lá se o amigo não tivesse sido preso.   Desde então o endereço de correspondência do jovem era Cartago e aos que conhecia pelo caminho, dizia que era de Cartago em Dakota do Sul.

         Na verdade o jovem cresceu no bairro classe média alta de Annandale na Virgínia.   O pai, Walt, engenheiro aeroespacial e de projetos.   Atuou para a Nasa e outras empresas do ramo.

         A mãe, Billie.  Eram em oito filhos.  Tinha mais uma irmã e seis meio-irmãos de outro casamento do pai.

         O jovem fez História e Antropologia.    Ao partir, doou o que tinha para a Ong Oxfam América, uma instituição de caridade e de combate à fome.

         Página 33 – Na formatura ele deu um presente à mãe que ficou comovida.  Dois anos antes ele avisou a família que não mais daria nem aceitaria presentes.   Os pais queriam dar um carro a ele e este não aceitou e ralhou com os pais.    

         Ele já tinha um carrão antigo com 200 mil quilômetro e em bom estado.     Um dia ele avisou os pais:   “Acho que vou desaparecer por um tempo”.    O jovem já não morava mais com os pais, o que é bem corriqueiro entre os jovens americanos.

         No tempo de estudante ele morava num tipo quitinete e por opção não tinha telefone.   Os pais um dia viajaram e foram visita-lo e encontraram seu antigo alojamento desocupado e a placa de aluga-se.

         O jovem pediu ao correio para estocar as cartas dos pais e só devolverem após certo tempo.   Foram devolvidas num maço de uma vez e os pais ficaram preocupados.

         Cinco semanas antes o jovem partiu sem destino, de carro, rumo ao Oeste.  Até adotou outro nome, Alexander Supertrump  - abreviado: Alex.

         Continua no capítulo 04/10