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quinta-feira, 20 de maio de 2021

CAP. 04/10 - fichamento - livro - NA NATUREZA SELVAGEM - Autor: jornalista Jon Krakauer - baseado em fatos no Alasca (anos 90)

 CAP. 04/10

         Página 36 – Capítulo 4 do livro – Detrital Wash

         A mística do deserto.   Cita frase de Paul Shepard em “Homem na Paisagem”:   “Aqui, os líderes das grandes religiões buscam os valores terapêuticos e espirituais do retiro, não para fugir da realidade, mas para encontra-la”.    Deserto do Mojave nos USA.

         Uma flor que só tem lá, chamada papoula-pata-de-urso, nome científico Arctomecon californica.  Só nasce em solo com o mineral gipsito, portanto solo gipsífero perto do lago Mead.

         Os guarda parque fazendo levantamento das papoulas em extensão à beira  do lado e encontraram o carro abandonado pelo jovem com um bilhete “doando” o carro:  E mesmo o carro tendo suportado uma enchente do rio ao lado (o leito ficava seco na maior parte do tempo), ainda funcionava.    Por lá, dirigir fora da estrada era expressamente proibido.

         No deserto, a temperatura pode chegar aos 48 graus Celsius.   O jovem tinha andado quilômetros pelo leito seco do rio com seu carro e o percurso era proibido.    Deu uma chuva enorme, o leito do rio voltou a correr e ele não teve como escapar e abandonou o carro.  Antes, arrancou as placas para não poderem identifica-lo (e rastrea-lo).

         Página 40 – Queimou por querer as notas que totalizavam os 123 dolares que possuía.   Ele relatou isso no diário.   Subiu a Serra Nevada.  Em Arcata, na Califórnia, florestas com as famosas sequóias gigantes, perto da costa do Pacífico.   Por lá tem também cactos gigantes – Saguaros.   Segundo consta, esse tipo de cacto pode durar até 175 anos, pesar até 6.000 quilos e ter altura de até 15 metros (algo como um prédio de cinco andares).

         O jovem em cartão postal sugere ao amigo Wayne preso, ler Guerra e Paz de Tolstoi.

         No México por onde o jovem andou haveria parte do leito do Rio Colorado morto e seco.   Foram feitas tantas alterações no rio nos USA para irrigação, abastecimento, que este perdeu força e já em território mexicano onde desaguava no mar, não chega mais à foz.   Desaparece em certo ponto dos anos 50 mais ou menos para cá.   Há muita gente da região que se lembra do rio, das pescas e da beleza que era.

         No diário, o jovem escreve em terceira pessoa.  No México:    “Os habitantes ajudaram-no a carregar o barco e atravessar uma barreira...  Alex acha os mexicanos um povo cordial e amistoso.  Muito mais hospitaleiro que o povo americano”.  (e fala com conhecimento de causa sendo americano e tendo perambulado por longo tempo pelo território do seu país).

         Com ajuda, chega no Oceano no Golfo da Califórnia em território mexicano.  Golfo Santa Clara.    Ao lado do golfo, o Grande Deserto:  4.400 km2 de dunas cambiantes com os ventos.  O maior da América do Norte.   Ele saudou o ano novo no Grande Deserto entre 1990 e 1991.

         Passou apuro com a pequena canoa no mar.  Vento forte, ondas altas.  Quebrou um remo de raiva, de bater na lateral do barco.   Só se salvou porque tinha mais um de reserva.

         Ficou andando por lá e por 36 dias não conversou com ninguém.

         Nos USA sobe a leste, cruza até o Oeste e usa a estratégia de enterrar o dinheiro para não ser roubado pelos mendigos que também dormem na rua.

         Nas andanças, perdeu dez quilos.  Já sete meses de andanças.   Enterrou a câmera para se proteger de furtos e ela deixou de funcionar.

         Agora ele está em janeiro de 1992 e diz:  “Meu Deus, como é bom estar vivo! Obrigado, obrigado!”

         Capítulo 5 – Bulhead City

         Cita o escritor Jack London e o livro “O Chamado da Floresta”.   Escreveu num cartaz referência à aventura de J. London.  Cartaz é encontrado no ônibus onde ele morreu.  Cartaz de maio de 1992.

         Desde maio de 1991 quando ficou sem a câmera até maio de 1992, ficou também quase sem escrever.   Sem fotos e sem dados no diário.

         Página 50 – Em Bulhead City – Cabeça de Touro, cercada de deserto, foi o lugar onde ele mais parou nas andanças.  Trabalhou numa loja do Mc Donald´s e também na biblioteca local.

         Chegou a pensar em ficar por lá.     O jovem era apaixonado pela obra do Jack London    (eu como leitor na juventude li vários livros desse autor).

         Destaque dele pelo livro O Chamado da Floresta.    O autor fala sobre o Jack London,   “Sua condenação veemente da sociedade capitalista, sua glorificação do mundo primordial, sua defesa da plebe, tudo isso refletia as paixões do jovem”.

         O autor destaca que eram obras de ficção, muito da imaginação de J. London, diferente da realidade.   O jovem parecia esquecer como foi a vida e o fim do escritor J.London, este que só passou um inverno no Alasca e que se suicidara em sua fazenda na Califórnia aos 40 anos, bêbado delirante, obeso e patético, levando uma vida sedentária que pouco tinha a ver com as ideias que defendia no papel.

                   Continua no capítulo 05/10

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