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sexta-feira, 28 de maio de 2021

CAP. 02/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP. 02/08

         O cozinheiro do pesquisador era quem comprava tudo para fazer as boias e não pechinchava em nada, justo na terra onde pechinchar é uma tradição.

         O cozinheiro ao comprar os ovos colocava-os em água para ver se afundavam logo e nesse caso seriam novos.   Se boiassem, eram velhos.

         As paradas nas horas certas para as preces muçulmanas, todos voltados para Meca...

         O Islã indiretamente introduz o fiel à geografia, ao tempo e ao espaço.

         A pessoa ao urinar, tem que ser no sentido contrário ao de Meca e estar agachado para urinar.

         Crianças nativas mexendo nas coisas do pesquisador e perguntando sobre tudo.  

         As famosas mutucas.   Aquele tipo de mosca que suga sangue das pessoas e tem uma ferroada que dá coceira além de tudo.

         Ele levando as crianças da aldeia para um passeio de carro.   A taxa de natalidade do Niger é de aproximadamente 5% (anos 70).  Uma das maiores do mundo.   Tem algo a ver com o Islã.

         Comida “contaminada” com areia do Saara.   Sente-se nos dentes ao ingerir alimentos na região.

         Um dos cereais bem usados lá é o milheto.      Tem aqui no Brasil e é rico em amido e pode compor ração animal em substituição ao milho com critérios.  

          O pessoal lá anda com o crânio liso, raspado a navalha.  Um dos pratos típicos deles:   fritada de morcegos, que chamam de oiseaux (aves em francês).    Em espanhol morcego se chama mure, sinônimo de cego.   O tal enxerga pouco, mais comumente sai à caça ou busca de alimentos à noite e usa um sonar que emite e recebe vibrações que orienta-os nos voos. 

         No caso do Brasil são umas quatro espécies de morcegos que se alimentam de sangue animal.    A grande maioria das espécies são insetívoras ou mesmo se alimentam de frutos.   Podem ajudar na polinização de plantas e mais comumente, no voo, defecando, lançam sementes dos  frutos dos quais se alimentaram e são muito eficientes para semear as plantas por onde passam.

         Muçulmanos não comem carne de porco.

         Entre os da aldeia em que o autor esteve, acertos de contas sempre é algo bastante complicado.

         Em termos de refeições, por diferenças culturais, acabou optando por lanches.  Pão francês com sardinha em lata ou atum em lata.   Mais tâmaras e amendoim.

         Em terras islâmicas não há empregadas domésticas.  Os homens não podem ficar falando com as mulheres....    Provérbio hauçá:   “Homem não pede informação para mulheres e crianças”.

         Só os idosos usam barba.   Prova de sabedoria, maturidade e fidelidade.

         Pilar o amendoim, tirar o óleo e depois fazer pasta com as mãos, após aquecer a pasta.

         Essa pasta era fácil de transportar, conservar e consumir.   Para o povo local, o amendoim é originário da África, enquanto na verdade não é, sendo originária do Brasil.  Mas não se discute com eles:  É da África e pronto!

         Lá o amendoim se chama gugiá.

         Os portugueses trouxeram da África para o Brasil, dentre outras o dendê (um tipo de palmeira), o inhame (taioba) e a galinha de Angola, que lá no Niger chamam de Zabô.

         Lá eles usam muito o milheto e o sorgo, grãos de gramíneas que contem principalmente amido como também o milho.

         Outras plantas originárias das Américas:  tomate, batatinha (dos Andes), mandioca, milho, cacau, abacaxi, pimenta etc.   (não a pimenta do reino que é da Ásia)

         Ele fala de comprar leite das “insinuantes” mulheres da etnia Peuls.  Isto no mercado de Maradi.   Fala da beleza das mulheres Peuls.   Elas usam o idioma fulbê.   Ele diz que as insimuantes vendedoras de leite, fazem rolar mais que compra de leite...

         Mei Dagi, o auxiliar, ajudava e usava o carro do chefe para transportar mercadorias e fazer seus negócios.

         Vários grupos Peuls viviam nos arredores de Magami.

         Água pouca, banho de cuia.  

 

                            Continua no capítulo 03/08

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