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domingo, 30 de maio de 2021

CAP. 05/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP. 05/08

         Uma constatação particularmente interessante sobre um tipo de planta daquela região que, ao contrário da estação, consegue se manter enfolhada na época da longa seca do ano e com isso gera alimentos para o rebanho.

         É um tipo de cássia.  (Detalhada na página 166 da edição que eu li – Editora Record, 1ª edição, 2015)

         Lá eles chamam a planta de gao.   Produz folhas na seca e perde as folhas nas águas.     Quem sabe poderia ter potencial nas regiões mais áridas do Brasil...

         O gao com essa peculiaridade é considerado um vegetal sagrado e venerado pelo povo local cujo rebanho é fonte primordial de sustento deles.

         Cita também uma espécie de pássaro tecelão africano e seus ninhos.  Eles também tem o famoso baobá, cujas árvores costumam ser enormes e em muitos casos são usados como arvore da palavra.    Na aldeia, se sentam embaixo da árvore da palavra para trocar ideias e tomar decisões. 

         O baobá por lá se chama kuka e chega a ter o tronco com até sete metros de diâmetro.    Essa planta é parente botânica das nossas paineiras e também produz frutos com paina.

         Nas aldeias, os griots são contadores de histórias.   Quando morrem, são “enxertados” nos baobás.    Os griots eram os que cantavam a memória dos ancestrais quando não havia escrita.   Inventavam também histórias e fatos.   Estão em extinção por lá.   Sobram uns cegos e surdos. (anos 70)

         Caiu um velho baobá.   Todos correm para lá com as sandálias nas mãos para matar os insetos que saem da árvore.    Alguém alerta:  protejam os celeiros para os insetos não irem para lá.

         No Sahel, a natureza e os homens tem muito tempo para pensar.  Período seco anual de nove meses.

         Todos falando simultaneamente de muitos assuntos.  Quase um jogo de habilidade para ver quem acompanha vários temas ao mesmo tempo.   Habilidoso era alguém que conseguia fazer uma colocação que se ajustava a vários temas em discussão ao mesmo tempo.

         Os Hauçás são grandes jogadores de dama e até de xadrez.   O pesquisador ensinou eles a jogarem palito ou “porrinha”.  Eles gostaram muito.

         Cada povo tem seus pontos fortes e seus pontos fracos.   Incas e Astecas formaram grandes civilizações mas não conheciam a roda.   Nenhum povo nas Américas conhecia a roda até a chegada dos colonizadores.

         O autor diz que aprendeu muito com os povos locais.   No caminho, alguém pergunta até quando durará a independência.   O Níger foi colônia francesa de 1922 a 1960.   (o autor esteve lá na década de 70)

         Vários indivíduos locais demonstravam vontade de ir para a França, isto em 1978.   Tempos em que o presidente da França era Valery Giscard d´Estaing.    O pesquisador um dia fez uma dinâmica lúdica de “levar” os interessados à França e o pessoal que participou da dinâmica gostou muito.

         Ele como Engenheiro Agrônomo constatou que o solo da região vem empobrecendo pelo uso contínuo sem reposição de nutrientes e a população aumentando.  Projeta-se um cenário desconfortável para o futuro deles.

         Cita a falésia de Tiguidit.  (numa busca rápida no Google não achei imagem).  Cita também a cidade de Agadez que é grande para o padrão local.

         Fala do Tifinagh, a escrita milenar dos tuaregues.

         A luz vem do Oriente e o progresso vem do Ocidente.

         Continua no capítulo 06/08

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