CAP.01/08
O autor
deste livro é um Engenheiro Agrônomo paulistano do bairro da Mooca, que há
décadas foi à França fazer especialização.
A França tinha uma pesquisa a ser realizada no Níger, país da África
negra e que predominava a vida tribal com seu jeito milenar de vida
primitiva. O jovem pesquisador passou
um tempo lá na década de setenta e interagindo com a população local vivenciou
um pouco do mundo deles e tem muita coisa para contar. O nome do livro vem de insetos que picam as
pessoas e deixam marcas na pele que formam cicatrizes como uma “geografia da
pele”.
Vamos ao
livro na forma do fichamento. Li e fiz
fichamento em dezembro de 2016.
Indicado pela filha Socióloga Antropóloga.
Livro em
primeira edição pela Record no ano de 2015.
362 páginas.
País,
Níger, vizinho da Nigéria, ao sul do Deserto do Saara. País dos mais pobres do mundo. Região do Sahel. Nesta, há fronteiras políticas, mas os povos
da região seguem a natureza e ignoram as fronteiras.
A
pesquisa do autor tinha a ver com agricultura e a ecologia do Níger. Foi estabelecida a base de trabalho dele na
Aldeia de Magami. O ajudante dele era
Mei Dagi, mascador de noz-de-cola. Povo
de idioma Huaçá. O guia do pesquisador
era zarolho (cego de um olho).
A
capital da província em que ele estava se chama Maradi.
Lá na
região eles usam o feijão de corda, um tipo que há também no nordeste
brasileiro. O noz-de-cola contém
cafeína que é estimulante e é comum os que mascam a mesma.
Falou do
besouro chamado cantárida que queima a pele das pessoas causando muita
dor. O besouro tem hábito noturno.
Acácia,
um tipo de árvore. Ninhos de cegonhas
na praça da aldeia.
Os
nativos faziam infusão de cantáridas (besouros) para tomar como afrodisíaco. Usam o amendoim e acham que é originário da
África. O amendoim é originário do
Brasil, assim como é a mandioca.
Lá é
comum a bigamia. A pessoa ter duas ou
três esposas. São povos muçulmanos. Muitos migraram e a poligamia é até por haver
mais mulheres do que homens na região.
Insetos
fazendo marcas na pele das pessoas.
Algumas pessoas do Níger conheciam um pouco do idioma francês, país de
quem já foram colônia.
Em
pesquisa o autor descobriu que há mais de 2.600 espécies de cantáridas (aqueles
besouros que queimam) e assemelhados na região.
Mestre
Zabeiru é Marabu, ou seja, especialista em interpretar as marcas da pele das
pessoas causadas pelas cantáridas.
O autor
descreve as penas da ave Marabu que é da fauna regional.
Casas de
palha, já que por lá não há madeira. O
islã (religião dos muçulmanos) era relativamente recente na região e estava em
expansão.
Cita a
árvore do neem que é parente botânica da nossa Santa Bárbara, para-raio ou
Cinamomo. Essa planta tem vários
componentes medicinais e também de repelente de insetos. (No Brasil o pessoal mais voltado para
produtos naturais usa óleo de neem para vários fins)
O povo
local determina: nada de fotos!
Morcegos
se abrigam nas cabanas de palhas das pessoas.
Raro
aparecer um branco por lá. Para eles é
cor de cadáver, segundo depoimento das crianças de lá.
Comum o
uso de patuás para espantar os males.
Aqueles pequenos amuletos pendurados no pescoço. Lá tudo é pago. Chamam o dinheiro de kudi.
O autor,
de bermudas e camisa de manga curta. Os
huçás, recobertos de tecidos (comum
entre os muçulmanos...)
Até para
pedir informação tem que pagar. Os
maridos polígamos pagam às esposas pelo rango e pelos serviços domésticos.
Bastão. Mei Sanda, o Senhor do Bastão.
Ter um
ajudante de cozinha. “Todo branco tinha
um ajudante por lá...”. Mei Dagi, o
guia do autor.
Segue no
capítulo 02/08 (um por dia)
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