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sexta-feira, 28 de maio de 2021

CAP. 01/08 - fichamento - livro - A GEOGRAFIA DA PELE - Autor: Engenheiro Agrônomo Evaristo Miranda - vivência como pesquisador no Niger (África - anos 70)

 CAP.01/08

         O autor deste livro é um Engenheiro Agrônomo paulistano do bairro da Mooca, que há décadas foi à França fazer especialização.    A França tinha uma pesquisa a ser realizada no Níger, país da África negra e que predominava a vida tribal com seu jeito milenar de vida primitiva.    O jovem pesquisador passou um tempo lá na década de setenta e interagindo com a população local vivenciou um pouco do mundo deles e tem muita coisa para contar.    O nome do livro vem de insetos que picam as pessoas e deixam marcas na pele que formam cicatrizes como uma “geografia da pele”.

         Vamos ao livro na forma do fichamento.   Li e fiz fichamento em dezembro de 2016.     Indicado pela filha Socióloga Antropóloga.

         Livro em primeira edição pela Record no ano de 2015.   362 páginas.

         País, Níger, vizinho da Nigéria, ao sul do Deserto do Saara.   País dos mais pobres do mundo.    Região do Sahel.  Nesta, há fronteiras políticas, mas os povos da região seguem a natureza e ignoram as fronteiras.

         A pesquisa do autor tinha a ver com agricultura e a ecologia do Níger.    Foi estabelecida a base de trabalho dele na Aldeia de Magami.  O ajudante dele era Mei Dagi, mascador de noz-de-cola.   Povo de idioma Huaçá.    O guia do pesquisador era zarolho (cego de um olho).

         A capital da província em que ele estava se chama Maradi.

         Lá na região eles usam o feijão de corda, um tipo que há também no nordeste brasileiro.    O noz-de-cola contém cafeína que é estimulante e é comum os que mascam a mesma.

         Falou do besouro chamado cantárida que queima a pele das pessoas causando muita dor.  O besouro tem hábito noturno.

         Acácia, um tipo de árvore.    Ninhos de cegonhas na praça da aldeia.

         Os nativos faziam infusão de cantáridas (besouros) para tomar como afrodisíaco.    Usam o amendoim e acham que é originário da África.  O amendoim é originário do Brasil, assim como é a mandioca.

         Lá é comum a bigamia.   A pessoa ter duas ou três esposas.  São povos muçulmanos.   Muitos migraram e a poligamia é até por haver mais mulheres do que homens na região.

         Insetos fazendo marcas na pele das pessoas.    Algumas pessoas do Níger conheciam um pouco do idioma francês, país de quem já foram colônia.

         Em pesquisa o autor descobriu que há mais de 2.600 espécies de cantáridas (aqueles besouros que queimam) e assemelhados na região.

         Mestre Zabeiru é Marabu, ou seja, especialista em interpretar as marcas da pele das pessoas causadas pelas cantáridas.

         O autor descreve as penas da ave Marabu que é da fauna regional.

         Casas de palha, já que por lá não há madeira.   O islã (religião dos muçulmanos) era relativamente recente na região e estava em expansão.

         Cita a árvore do neem que é parente botânica da nossa Santa Bárbara, para-raio ou Cinamomo.   Essa planta tem vários componentes medicinais e também de repelente de insetos.     (No Brasil o pessoal mais voltado para produtos naturais usa óleo de neem para vários fins)

         O povo local determina:  nada de fotos!

         Morcegos se abrigam nas cabanas de palhas das pessoas.

         Raro aparecer um branco por lá.  Para eles é cor de cadáver, segundo depoimento das crianças de lá.

         Comum o uso de patuás para espantar os males.   Aqueles pequenos amuletos pendurados no pescoço.    Lá tudo é pago.   Chamam o dinheiro de kudi.

         O autor, de bermudas e camisa de manga curta.  Os huçás, recobertos de tecidos   (comum entre os muçulmanos...)

         Até para pedir informação tem que pagar.    Os maridos polígamos pagam às esposas pelo rango e pelos serviços domésticos.

         Bastão.  Mei Sanda, o Senhor do Bastão.

         Ter um ajudante de cozinha.   “Todo branco tinha um ajudante por lá...”.   Mei Dagi, o guia do autor.

         Segue no capítulo 02/08   (um por dia)