Total de visualizações de página

sábado, 31 de outubro de 2015

RESENHA DO LIVRO “REVOLUÇÃO RUSSA” (Primeira parte da resenha)

RESENHA DO LIVRO  “REVOLUÇÃO RUSSA”   (Primeira parte da resenha)

Autor do livro:   Steve A. Smith – historiador britânico
Editora :  L&PM – 206 páginas, edição de 2013 – formato de bolso  (R$.20,00)

Elaboração da “resenha” (na verdade, um apanhado das frases mais marcantes ao meu ver) pelo leitor Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida     -    outubro de 2015

     Página 7 -  A Rússia era, na época da Revolução, 1/6 do território do mundo.
     8 – A Federação Russa (antiga URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) ruiu como federação em 1991.  
     11 – Petrogrado era a capital russa no momento da Revolução em 1918.
     11 – Soviete = conselho.   Duma = parlamento.
     11 – O Czar Nicolau II era parte de uma dinastia de trezentos anos no comando da Rússia.
     Na pré revolução, a situação lá era de urbanização, industrialização, etc.
     12 – Em 1917, 3/4 da população russa se dedicava à agricultura atrasada em seu todo.
     13 – Em março de 1917, mesmo em meio aos enormes protestos dos trabalhadores de lá, se celebrou o Dia Internacional da Mulher.   O comunismo dá destaque ao papel da mulher na sociedade.
     13 – Entre os anos de 1860 e 1914 a população russa passou de 74 para 164 milhões de habitantes.   Houve pressão pelo uso da terra para agropecuária.    Entre 1861 e 1900 encolheu em 1/3 a área média por agricultor.    Destaquei isto porque mais que pessoas, as mudanças tem um fundamento de geografia humana inclusive.
     14 – As ferrovias se expandiram na Rússia.   Também o comércio e a indústria se expandiram.   Em 1913 a Rússia era o Primeiro país em exportação de produtos agrícolas do mundo em quantidade anual.
     Ainda assim, pobreza generalizada e uma das taxas de mortalidade infantil mais alta da Europa de então.
     Na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a capital São Petersburgo, com o comunismo implantado, mudou de nome para Petrogrado.  
     15 – Voltando aos anos 1830 – Novo grupo social emergia na Rússia.   A “inteligentsia” – postura crítica.
     16 – Nas vésperas da revolução comunista, em 1917 (em plena Primeira Guerra Mundial), o número de desempregados em indústrias e na mineração russas não era tão elevado, mas era concentrado em certos pólos, o que lhes deu enorme força de mobilização que desaguou na Revolução Comunista.
     (Pólos interligados por ferrovias – que ajudavam na interligação)
     Os Pólos:
Metalúrgicos – em Petrogrado
Indústria Têxtil – Moscou
Mineração -  Urais        
    OBS:  - clicar logo abaixo em Mais informações  para continuar a leitura do texto.   

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

BATE PAPO COM ESCRITORES – NA BIBLIOTECA PÚBLICA - CURITIBA

RESENHA DE BATE PAPO COM ESCRITORES – NA BIBLIOTECA PÚBLICA

Data:  27-10-15     - em Curitiba – PR
Tema: A Literatura Contemporânea de Curitiba
Escritores convidados:   Cristovão Tezza, Marcelo Sandmann e Cezar Tridapalli

Anotações por  - Orlando Lisboa de Almeida       orlando_lisboa@terra.com.br

     O Tezza, 63 anos, escreveu mais de 20 livros.  Li dele, O Filho Eterno.
     Ele é catarinense radicado há anos em Curitiba e tem inclusive doutorado em Letras.
     O Marcelo é escritor, professor universitário e músico.
     O Cezar, na casa dos 30 anos, é professor e escritor.   Teve o livro O Beijo de Shirley premiado em MG.    Começou a publicar em 2011.
     Tezza – Eu, quando jovem, já era leitor aqui na Biblioteca Pública do Paraná.   Disse que pela década de 70, até pela efervecência do mundo cultural lá fora, por aqui em Curitiba também havia o agito cultural.   Na ocasião, se fez até um evento que reuniu aqui vários escritores, inclusive Adonias Filho.  O evento foi no Prédio antigo do Correio.
     Lembrou que até a década de 70 havia ao redor de dez cinemas próximos à Rua XV, perto da Boca Maldita e o pessoal saia do cinema e reunia nos bares próximos para bate papo.
     Uma percepção dele:     O curitibano adora falar mal de si mesmo como povo.  Um sentimento profundo de inadequação.
     Passados os anos 70, na visão dele, houve um marasmo na parte cultural por aqui.  A universidade passa a dominar o discurso literário.
     O Brasil é um país muito atrasado no setor cultural, em particular na literatura.    Falou do divisor de águas.    Literatura pré internet e pós internet.
    
     Fala do Marcelo
     Antes de se dedicar à poesia, se dedicou à música.  Nos anos 80, tocou inclusive em Show no Teatro Paiol e outros espaços por aqui.
     O pai dele era professor de Língua Portuguesa.    O Marcelo sempre gostou de ler.  Fez curso de Letras na UFPR.   Esteve um tempo na Alemanha.   Deu aula na UFPR.
     Quando bem jovem, andou lendo inclusive Dalton Trevisan.
     Os professores de literatura da UFPR no seu tempo de estudante deixavam de lado a poesia e os poetas.
     Tinham um grupo de literatura no tempo da academia que se chamava “No Calor da Hora.”   O projeto da UFPR trazia inclusive escritores para bate papo com os acadêmicos.
     O Marcelo tem uma visão positiva do seu passado literário/cultural nos anos 80, 90 em Curitiba.   Uma percepção um pouco diferente da do Tezza.
    
     Fala do Cezar

     Ele também curtiu bastante a Biblioteca Pública de Curitiba.
     Fez Letras na UFPR e foi inclusive acadêmico do Marcelo.
     Ele notava que no seu tempo de acadêmico de Letras, na Universidade não se dava importância à literatura contemporânea.   Só focavam escritores de um certo passado.
     Hoje inclusive se cogita de levar as “letras” das mídias alternativas para o ambiente das Letras.   Novos tempos.   Ele ministrou aulas como professor no Colégio Medianeira aqui em Curitiba.   Professor de 1995 a 2015.    Em 2005 passou a atuar fora de sala de aula, em outras atividades em escola e só em 2011 lançou seu primeiro livro.
     A internet teria algum efeito negativo nos leitores, afastando-os um tanto dos livros mais profundos e ao mesmo tempo trazendo curiosidade para novos leitores e mesmo para gente criando textos, fazendo algum tipo de literatura.

     Há inclusive editoras por aqui.    Ele sente um tanto de falta de leitores por aqui.

        Continua na página abaixo...

PARTE FINAL - BATE PAPO COM ESCRITORES CURITIBANOS

     O Jornalista mediador perguntou aos escritores se eles enxergam algum traço comum ou diversidade nos autores Curitibanos contemporâneos.
     O Tezza disse que acha que há um traço curitibano.   Que Curitiba (seus escritores) tem uma obsessão FORMAL.  Citou como um dos exemplos o Jamil, que é bem conhecido no meio literário.    Todos correndo atrás do diamante lapidado.   Nossa literatura curitibana é muito introspectiva e pouco sensual.
     Até pouco tempo atrás os autores paranaenses mais conhecidos fora do Paraná eram o Dalton Trevisan e o Domingos Pelegrini.    A Lei Rouanet ajudou um bocadinho a profissionalizar o movimento cultural.    Destaca a questão dos poucos leitores.    Buenos Aires tem 400 livrarias e seria quase mais que o Brasil todo no setor.
     A fala do Marcelo
     Destacou dois extremos de diversidade do Paraná em escritores.  Num extremo o Dalton Trevisan e de outro a poesia da Helena Kolody.     Dalton – coesas, muito extremadas.
     Não há em termos de literatura uma “tradição local” curitibana na opinião dele.
     A fala do Cezar
     Para destacar a diversidade, ele cita o seu caso de gostar da literatura russa do século XIX.   Pode ser totalmente diferente do foco de outros autores.   Diz que se nota que os autores locais costumam convergir na abordagem brincando com o clima de Curitiba, que é bem peculiar.    Diz que a Academia tem o hábito de tentar agrupar os escritores em “escolas”.

     Perguntas do plenário
     Um jornalista que cursou Letras.     Aos escritores que foram ou são professores, se a profissão de professor ajudou ou atrapalhou no ofício de escritor.
     O Tezza deu aula de Português na Universidade.  Não deu aula de Literatura.   Acha que se fosse de Literatura poderia atrapalhar o lado escritor.
     Uma senhora fez uma “divagação” sobre os velhos tempos em que o Paraná tinha uma Secretaria de Educação e Cultura, tudo junto e misturado.  Se isso teria sido bom ou ruim para a literatura, ela pergunta.
     Os tempos eram outros, houve várias falas.
     O Cesar (que está na casa dos 30 de idade), foi professor desde 1995 até hoje.  20 anos no ramo, sendo que em sala mesmo, foi até 2005 e depois em outras atividades no campo da educação.   Foi só em 2011 que editou seu primeiro livro.   Depois do tempo em sala de aula.
     Foi citada meio de passagem uma entidade (Assis Brasil) do RS que teria algo como oficinas para escritores e teria havido resultados satisfatórios, lapidando talentos.
     Tezza – Temos uma história como conservadores em Curitiba.
     Ele citou inclusive a administração do Jaime Lerner que fez profundas alterações e modernizou a cidade de Curitiba e na época os intelectuais locais eram contra o citado governo e suas obras.
     O Tezza disse que esteve na China e constatou que por lá quase nada se conhece dos autores brasileiros.  Só conhecem mais o Jorge Amado.
     Que em outros países esse quadro quase não muda na visão dele.
     Ele destacou que o Jamil é forte fora do Paraná inclusive, como poucos daqui.
     Disse que lá fora as pessoas abordavam nossos editores buscando aquela visão das mulatas, praias, carnaval, etc.    Na atualidade, nos procuram com foco em livros que abordam morros, comunidades, violência, drogas, etc.

     Este foi o apanhado que consegui fazer do que foi o bate papo com os escritores na Biblioteca Pública do Paraná.      (Espero que tenha retratado de forma razoável o que lá foi dito)