RESENHA DE BATE PAPO COM
ESCRITORES – NA BIBLIOTECA PÚBLICA
Data: 27-10-15
- em Curitiba – PR
Tema: A Literatura Contemporânea
de Curitiba
Escritores convidados: Cristovão Tezza, Marcelo Sandmann e Cezar
Tridapalli
Anotações por - Orlando Lisboa de Almeida orlando_lisboa@terra.com.br
O Tezza, 63 anos, escreveu mais de 20
livros. Li dele, O Filho Eterno.
Ele é catarinense radicado há anos em
Curitiba e tem inclusive doutorado em Letras.
O Marcelo é escritor, professor
universitário e músico.
O Cezar, na casa dos 30 anos, é professor
e escritor. Teve o livro O Beijo de
Shirley premiado em
MG. Começou a
publicar em 2011.
Tezza – Eu, quando jovem, já era leitor aqui
na Biblioteca Pública do Paraná. Disse
que pela década de 70, até pela efervecência do mundo cultural lá fora, por
aqui em Curitiba também havia o agito cultural. Na ocasião, se fez até um evento que reuniu
aqui vários escritores, inclusive Adonias Filho. O evento foi no Prédio antigo do Correio.
Lembrou que até a década de 70 havia ao
redor de dez cinemas próximos à Rua XV, perto da Boca Maldita e o pessoal saia
do cinema e reunia nos bares próximos para bate papo.
Uma percepção dele: O
curitibano adora falar mal de si mesmo como povo. Um sentimento profundo de inadequação.
Passados os anos 70, na visão dele, houve
um marasmo na parte cultural por aqui. A
universidade passa a dominar o discurso literário.
O Brasil é um país muito atrasado no setor
cultural, em particular na literatura.
Falou do divisor de águas.
Literatura pré internet e pós internet.
Fala do Marcelo
Antes de se dedicar à poesia, se dedicou à
música. Nos anos 80, tocou inclusive em
Show no Teatro Paiol e outros espaços por aqui.
O pai dele era professor de Língua
Portuguesa. O Marcelo sempre gostou de
ler. Fez curso de Letras na UFPR. Esteve um tempo na Alemanha. Deu aula na UFPR.
Quando bem jovem, andou lendo inclusive
Dalton Trevisan.
Os professores de literatura da UFPR no
seu tempo de estudante deixavam de lado a poesia e os poetas.
Tinham um grupo de literatura no tempo da
academia que se chamava “No Calor da Hora.”
O projeto da UFPR trazia inclusive escritores para bate papo com os
acadêmicos.
O Marcelo tem uma visão positiva do seu
passado literário/cultural nos anos 80, 90 em Curitiba. Uma percepção um pouco
diferente da do Tezza.
Fala do Cezar
Ele também curtiu bastante a Biblioteca
Pública de Curitiba.
Fez Letras na UFPR e foi inclusive
acadêmico do Marcelo.
Ele notava que no seu tempo de acadêmico
de Letras, na Universidade não se dava importância à literatura
contemporânea. Só focavam escritores de
um certo passado.
Hoje inclusive se cogita de levar as
“letras” das mídias alternativas para o ambiente das Letras. Novos tempos. Ele ministrou aulas como professor no
Colégio Medianeira aqui em Curitiba. Professor
de 1995 a
2015. Em 2005 passou a atuar fora de
sala de aula, em outras atividades em escola e só em 2011 lançou seu primeiro
livro.
A internet teria algum efeito negativo nos
leitores, afastando-os um tanto dos livros mais profundos e ao mesmo tempo
trazendo curiosidade para novos leitores e mesmo para gente criando textos,
fazendo algum tipo de literatura.
Há inclusive editoras por aqui. Ele sente um tanto de falta de leitores por
aqui.
Continua na página abaixo...
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