O Jornalista mediador perguntou aos
escritores se eles enxergam algum traço comum ou diversidade nos autores
Curitibanos contemporâneos.
O Tezza disse que acha que há um traço
curitibano. Que Curitiba (seus
escritores) tem uma obsessão FORMAL.
Citou como um dos exemplos o Jamil, que é bem conhecido no meio literário. Todos correndo atrás do diamante
lapidado. Nossa literatura curitibana é
muito introspectiva e pouco sensual.
Até pouco tempo atrás os autores
paranaenses mais conhecidos fora do Paraná eram o Dalton Trevisan e o Domingos
Pelegrini. A Lei Rouanet ajudou um
bocadinho a profissionalizar o movimento cultural. Destaca a questão dos poucos leitores. Buenos Aires tem 400 livrarias e seria
quase mais que o Brasil todo no setor.
A fala do Marcelo
Destacou dois extremos de diversidade do
Paraná em
escritores. Num
extremo o Dalton Trevisan e de outro a poesia da Helena Kolody. Dalton – coesas, muito extremadas.
Não há em termos de literatura uma “tradição
local” curitibana na opinião dele.
A fala do Cezar
Para destacar a diversidade, ele cita o
seu caso de gostar da literatura russa do século XIX. Pode ser totalmente diferente do foco de
outros autores. Diz que se nota que os
autores locais costumam convergir na abordagem brincando com o clima de
Curitiba, que é bem peculiar. Diz que
a Academia tem o hábito de tentar agrupar os escritores em “escolas”.
Perguntas do plenário
Um jornalista que cursou Letras. Aos escritores que foram ou são
professores, se a profissão de professor ajudou ou atrapalhou no ofício de
escritor.
O Tezza deu aula de Português na
Universidade. Não deu aula de
Literatura. Acha que se fosse de
Literatura poderia atrapalhar o lado escritor.
Uma senhora fez uma “divagação” sobre os
velhos tempos em que o Paraná tinha uma Secretaria de Educação e Cultura, tudo
junto e misturado. Se isso teria sido
bom ou ruim para a literatura, ela pergunta.
Os tempos eram outros, houve várias falas.
O Cesar (que está na casa dos 30 de
idade), foi professor desde 1995 até hoje.
20 anos no ramo, sendo que em sala mesmo, foi até 2005 e depois em
outras atividades no campo da educação.
Foi só em 2011 que editou seu primeiro livro. Depois do tempo em sala de aula.
Foi citada meio de passagem uma entidade
(Assis Brasil) do RS que teria algo como oficinas para escritores e teria
havido resultados satisfatórios, lapidando talentos.
Tezza – Temos uma história como
conservadores em Curitiba.
Ele citou inclusive a administração do
Jaime Lerner que fez profundas alterações e modernizou a cidade de Curitiba e
na época os intelectuais locais eram contra o citado governo e suas obras.
O Tezza disse que esteve na China e
constatou que por lá quase nada se conhece dos autores brasileiros. Só conhecem mais o Jorge Amado.
Que em outros países esse quadro quase não
muda na visão dele.
Ele destacou que o Jamil é forte fora do
Paraná inclusive, como poucos daqui.
Disse que lá fora as pessoas abordavam
nossos editores buscando aquela visão das mulatas, praias, carnaval, etc. Na atualidade, nos procuram com foco em
livros que abordam morros, comunidades, violência, drogas, etc.
Este foi o apanhado que consegui fazer do
que foi o bate papo com os escritores na Biblioteca Pública do Paraná. (Espero que tenha retratado de forma razoável
o que lá foi dito)
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