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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

PARTE FINAL - BATE PAPO COM ESCRITORES CURITIBANOS

     O Jornalista mediador perguntou aos escritores se eles enxergam algum traço comum ou diversidade nos autores Curitibanos contemporâneos.
     O Tezza disse que acha que há um traço curitibano.   Que Curitiba (seus escritores) tem uma obsessão FORMAL.  Citou como um dos exemplos o Jamil, que é bem conhecido no meio literário.    Todos correndo atrás do diamante lapidado.   Nossa literatura curitibana é muito introspectiva e pouco sensual.
     Até pouco tempo atrás os autores paranaenses mais conhecidos fora do Paraná eram o Dalton Trevisan e o Domingos Pelegrini.    A Lei Rouanet ajudou um bocadinho a profissionalizar o movimento cultural.    Destaca a questão dos poucos leitores.    Buenos Aires tem 400 livrarias e seria quase mais que o Brasil todo no setor.
     A fala do Marcelo
     Destacou dois extremos de diversidade do Paraná em escritores.  Num extremo o Dalton Trevisan e de outro a poesia da Helena Kolody.     Dalton – coesas, muito extremadas.
     Não há em termos de literatura uma “tradição local” curitibana na opinião dele.
     A fala do Cezar
     Para destacar a diversidade, ele cita o seu caso de gostar da literatura russa do século XIX.   Pode ser totalmente diferente do foco de outros autores.   Diz que se nota que os autores locais costumam convergir na abordagem brincando com o clima de Curitiba, que é bem peculiar.    Diz que a Academia tem o hábito de tentar agrupar os escritores em “escolas”.

     Perguntas do plenário
     Um jornalista que cursou Letras.     Aos escritores que foram ou são professores, se a profissão de professor ajudou ou atrapalhou no ofício de escritor.
     O Tezza deu aula de Português na Universidade.  Não deu aula de Literatura.   Acha que se fosse de Literatura poderia atrapalhar o lado escritor.
     Uma senhora fez uma “divagação” sobre os velhos tempos em que o Paraná tinha uma Secretaria de Educação e Cultura, tudo junto e misturado.  Se isso teria sido bom ou ruim para a literatura, ela pergunta.
     Os tempos eram outros, houve várias falas.
     O Cesar (que está na casa dos 30 de idade), foi professor desde 1995 até hoje.  20 anos no ramo, sendo que em sala mesmo, foi até 2005 e depois em outras atividades no campo da educação.   Foi só em 2011 que editou seu primeiro livro.   Depois do tempo em sala de aula.
     Foi citada meio de passagem uma entidade (Assis Brasil) do RS que teria algo como oficinas para escritores e teria havido resultados satisfatórios, lapidando talentos.
     Tezza – Temos uma história como conservadores em Curitiba.
     Ele citou inclusive a administração do Jaime Lerner que fez profundas alterações e modernizou a cidade de Curitiba e na época os intelectuais locais eram contra o citado governo e suas obras.
     O Tezza disse que esteve na China e constatou que por lá quase nada se conhece dos autores brasileiros.  Só conhecem mais o Jorge Amado.
     Que em outros países esse quadro quase não muda na visão dele.
     Ele destacou que o Jamil é forte fora do Paraná inclusive, como poucos daqui.
     Disse que lá fora as pessoas abordavam nossos editores buscando aquela visão das mulatas, praias, carnaval, etc.    Na atualidade, nos procuram com foco em livros que abordam morros, comunidades, violência, drogas, etc.

     Este foi o apanhado que consegui fazer do que foi o bate papo com os escritores na Biblioteca Pública do Paraná.      (Espero que tenha retratado de forma razoável o que lá foi dito)

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