RESUMO DA PALESTRA DO ENG.
JOEL KRUGER NA 73ª SOEA EM FOZ DO IGUAÇU
Data da palestra feita em nome da FISENGE Federação de
Sindicatos de Engenheiros: 01-09-2016
Anotações feitas pelo Eng.Agr. Orlando Lisboa de Almeida –
Conselheiro do CREA
Fala em Nação,
território. Problemas. Questões ligadas à Amazônia, ameaças ao
petróleo do pré sal, etc. Temos que ter
um Estado que se ocupe de tudo isso de forma adequada. Questão econômica, inserção internacional,
etc.
Barreiras que se
notam ao pleno desenvolvimento brasileiro.
Ø Macroeconomia - Elevadas taxas de juros e de câmbio;
Ø Temos trabalhado para pagar dívida
pública e alto juro da mesma
Atualmente a dívida pública está na
casa dos 380 bilhões de dólares e as nossas reservas internacionais estão
aproximadamente em 380 bilhões de dólares.
Nossa renda per
capita melhorou bastante mas ainda é muito concentrada.
Os bancos por aqui
sempre estão bem, independente de como anda a economia.
A população do
Brasil e uns parâmetros :
Em 1970 eramos em 94 milhões de pessoas. Em 2014 somos em 200 milhões em números
aproximados.
Diminuiu o número
de filhos por casal de umas décadas para cá.
Hoje a média está ao redor de 1,9 filhos por casal. Nossa população está envelhecendo, vivendo
mais e a figura da pirâmide das faixas etárias está mudando de forma por isso.
Houve um salto no
nosso PIB Produto Interno Bruto nos anos recentes. Salto também na renda per capita. Ele cita dados do Banco Mundial que seria um
órgão mais isento em tese.
O nosso IDH Índice
de Desenvolvimento Humano tem melhorado.
Citou a dívida
líquida brasileira em 1990 que seria de 3 bilhões de dólares. Em 2015 está em 331 bilhões de dólares, por
outro lado, as reservas internacionais que o Brasil tem em dólar empataram com
a dívida líquida.
Retração e
desmonte do Estado Nacional. Baixo
investimento em infraestrutura. Itens
como habitação, energia, transportes, saneamento, telecomunicações. A prioridade tem sido pagar juros
altos. Sobra muito pouco para itens de
infraestrutura no modelo vigente.
Se propõe um
Projeto de Estado para longo prazo.
Falta investimento
em tecnologia.
Mercado interno
brasileiro. Tem um potencial muito
grande de ser melhor aproveitado.
O vínculo
empregatício é precário (e falam em
deixar isso pior)
Exportamos
commodities de baixo valor agregado.
Tem ocorrido desde
a década de 80 um ciclo de desindustrialização no Brasil. Paga-se muito juro alto da dívida e sobra
pouco para infraestrutura, etc.
O Brasil tem sido
exportador de jovens talentos.
Desnacionalização
de setores estratégicos como siderurgia e minérios. Também problema do gênero no setor de
petróleo com o desmanche da Petrobras.
Ele defende que quem errou nas empresas tem que pagar pelos erros, mas
que a empresa tem que ser preservada.
O baque na Petrobrás se reflete forte na indústria naval e outras da
mesma cadeia produtiva.
Criar propostas
para mudanças desse paradigma de priorizar o pagamento de juros altos da dívida
e deixar a economia e a infraestrutura em segundo plano.
Construir esse
Projeto Nacional que seja Desenvolvimentista.
Precisamos de uma
reestruturação do Sistema de Planejamento e implementação de Planos Diretores.
O Estado precisa
planejar e para isso precisa de Engenheiros e remunerá-los bem. Revalorização dos profissionais de Engenharia
e Agronomia. Nós ajudamos no
crescimento do PIB. A FISENGE tem uma
Cartilha que trata desse tema.
Busca-se a extensão da lei do salário mínimo profissional aos
Engenheiros Estatutários que até o momento não são alcançados por esse
benefício da lei.
... defesa, valorização
e gestão responsável das grandes empresas públicas.
Interrupção nos
ajustes recessivos ditados pelo Executivo na economia.
Relações de
Gênero. Fim da divisão sexual do
trabalho. Buscar Equidade.
Incentivo ao
ensino de qualidade nas áreas tecnológicas. (clique no local indicado para continuar)...
O que o Sistema
Confea/CREA pode fazer? O sistema
tem que estar voltado para o profissional, pela valorização do mesmo.
Transparência,
impessoalidade, legalidade, publicidade e moralidade tem que estar presentes no
Estado e nas Instituições.
No Sistema
Confea/CREA atualmente ficamos perdendo tempo com detalhes de varejo como um
exemplo de talude de rodovia – quem é o profissional que deve ser responsável
técnico pelo plantio de grama, etc. Há
problemas mais amplos que não estão sendo discutidos internamente.
Deixa claro que a Fisenge e seus filiados sempre estivemos e
estamos a favor do Brasil. As
pessoas tem que acreditar mais no Brasil e um exemplo vem da realização da Copa
e da Olimpíada, onde a engenharia nacional inclusive mostrou qualidade e demos
a resposta positiva adequada. A Fisenge é de esquerda e luta por um
Brasil melhor.
Parte das perguntas da plateia
Alguém alegou que
o sistema Confea/Crea tem recursos financeiros e deveria fazer mais publicidade
do papel dos engenheiros junto à comunidade através dos meios de
comunicação. Valorização profissional.
O Joel lembrou que
mais da metade das prefeituras do Brasil não tem engenheiros em seus quadros de
carreira. Costumam ter comissionados,
mas estes duram no máximo um mandato e tem restrições legais como fiscalização
de obras, etc. São tarefas que tem que
ser por pessoa do quatro de carreira.
Alguém sugeriu que
as diferentes federações que representam os engenheiros poderiam compor em
conjunto um Plano para o Brasil. Até
sugeriu a criação de uma Confederação para articular as diferentes Federações.
O Joel lembrou que
a Unidade se dá de forma transparente, com diálogo. Hoje é o sistema financeiro que está em primeiro
plano. O ideal é que a engenharia
conseguisse protagonismo para poder influir no planejamento de Estado.
O Joel falou da
necessidade de governança nas empresas públicas inclusive para evitar desvios
de conduta.
Lembrado pela
plateia que na Alemanha todas as universidades são públicas e de
qualidade. Um professor engenheiro
inclusive cobrou do nosso Congresso da SOEA para que o mesmo lance os Anais do
congresso. Divulgar os conteúdos.
O Joel disse que
acha que o Confea deveria ser o Coordenador do Projeto de Brasil. Projeto feito a N mãos e dentre estas, as
Federações de Engenheiros.
Disse que hoje há
falta de sintonia inclusive entre a Academia e o MEC e os Conselhos. Alguém do plenário lembrou que a engenharia
(o ensino de) não tem cadeira no MEC, ao contrário dos advogados. Assim esta não é ouvida para o MEC aprovar
novos cursos na área das engenharias.
O Joel disse que
temos que produzir mais dados e articulação para conseguirmos melhorar tudo
isso. Ele disse que, sendo presidente
do CREA PR, em ocasiões que tem contato oficial com entidades públicas ou
privadas, é comum perguntarem qual o Plano da Engenharia para o Brasil. Fica constrangedor não ter um plano
efetivo. Eis os desafios.
Foi o que eu
consegui anotar da forma que compreendi e eventuais falhas ficam por conta
deste que fez o resumo. www.resenhaorlando.blogspot.com.br
orlando_lisboa@terra.com.br
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