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quinta-feira, 8 de março de 2018

08-03-18 - RESENHA DA PALESTRA - DIA INTERNACIONAL DA MULHER - PALESTRANTE AMYRA EL KHALILI


08-03-2018    RESENHA DE PALESTRA – DIA INTERNACIONAL DA MULHER

     Anotações pelo Eng.Agrônomo Orlando Lisboa de Almeida – Curitiba – PR

     Palestra:  “A FEMINÍSTICA DAS MULHERES E HOMENS PELA PAZ”
     Palestrante:   Economista e Ativista Ambiental AMYRA EL KHALILI  (SP)
     Local:   IEP Instituto de Engenharia do Paraná – Curitiba – PR

     Ela é especialista em Mercados de Capitais – Bolsas.   Professora Independente na área Sócio Ambiental  (filha de palestino com brasileira).    Milita pela Paz.   Tem e-book:  Commodities Ambientais...
     A fala dela, de forma resumida, pelo que captei.
     É uma palestra com compromisso e um chamamento, uma missão.    Há vários movimentos de mulheres.  Visões bem diversas.   Muitos colocam o Dia Internacional da Mulher como dia de protestos.  
     Hoje vivemos num mundo Neo Liberal e mercado capitalista.     Não estamos contentes.   O BR é capitalista, patrimonialista e oprime a mulher.    Ela disse que sempre que vai proferir uma palestra a platéia comumente fica procurando descobrir o ou os rótulos para ela.
     Habilidade feminina não é missão para a pessoa ser “prendas domésticas” e submissa.
     Qual a paz que eu quero?   A paz do túmulo ou a paz duradoura?     Falou um pouco dos muçulmanos e costumes diversos.   O véu para mulheres de certos países.   Pode não ser opressão desde que elas assim o vejam e sintam dentro da cultura específica.  No caso da indumentária das mulheres da Arábia Saudita a coisa já muda, pois pela lei da Sharia (lei com fundamento no islã) elas são obrigadas a usar roupa específica.
    
       Pergunta:   Como você criou ou está criando seus filhos, suas filhas?   Para respeitar as mulheres ou para serem machistas?
       Ela diz que tem encontrado em palestras sobre o tema, inclusive muitos homens que tem respeito e sensibilidade maior para o feminino.    Pessoas assim somam para a dingidade da mulher.
       Ela, economista com décadas de atuação na Bolsa de Valores em São Paulo, disse que foi bastante desafiador atuar num local então praticamente povoado por público masculino.    Tipo 600 operadores de bolsa e ela por lá.   Havia estranhamento, mas ela conseguiu se firmar naquele meio e vencer profissionalmente.
     Disse que lá pela década de 70 houve no BR uma verdadeira revolução na condição da mulher, inclusive com maior difusão de meios de anticoncepção e muito mais.  E na visão dela hoje em dia estamos caminhando para trás no quesito da evolução da convivência.   Uma mudança reacionária inclusive nas questões da mulher.     Mistura-se cantada com assédio e por aí vai.     Disse que essa mudança reacionária estaria inserida num contexto maior onde todo o sistema daria respaldo para esse estado de coisas.
     Contou que teve eventos com lideranças de diversos países latino americanos e constatou que as mulheres brasileiras estão atrasadas em conquistas da dignidade e cidadania.   Viu as de fora mais politizadas e mais ativas na luta pela condição da mulher mais plena.    Que as de fora tem vida dura, mas tem uma visão de cenário melhor que as daqui numa visão nesse foco.
     Ela diz sentir o que está “acontecendo na rua”.    Gente sendo expulsa da terra lá na Amazônia, gente sendo assassinada nas periferias dos grandes centros.
     Participou de evento com gente com a proposta de Engenharia da Periferia (Engenharia Social)
     Ela tem contato e acesso ao Pravda e tem colocado matérias na área Sócio Ambiental e social naquele órgão de imprensa.     Já militou na área sindical dos Economistas.   Já ouviu muitos pedirem para ela calar a boca.
     Economia não é exata.   Economia muda.  
     Sobre periferia.   Baile funk e a moçada vai em peso, gosta.   Pode haver casos da mulher ser sabotada com adição de drogas em bebida inclusive.     Há casos da mulher ser vítima de ações do gênero e depois estuprada.   Sem condições de reação e nem de lembrar o que se passou e quem foi o causador ou os causadores. 
     Se vai pedir providência, tem que fazer BO Boletim de Ocorrência.   Lugar geralmente machista.  Vai enfrentar perguntas e caras de quem a vê como uma pessoa sem dignidade.     Exame de Corpo de delito, etc.    Em resumo.   Além de tudo, se um processo começar errado, até por má vontade do pessoal que atende a ocorrência, o processo vai andar errado o tempo todo.   Impunidade.
      Ela disse que infelizmente temos razões para não confiar na polícia, o que é um enorme complicador da nossa sociedade e no enfrentamento da violência que é enorme.
      Ela vê a militarização da segurança, nas condições citadas, como algo negativo e que não vai resolver a questão da violência.
     Como Professora, o dia a dia dela é educar.   É uma ação transformadora da realidade social.
     Queremos segurança mas temos razões para não confiar na nossa polícia.
     Ela é ativa e articulada no meio em que vive e defende que a comunidade também tem que interagir no sentido de criar solidariedade entre si.    Criar cumplicidade, cooperação.
     Vivemos aqui no BR num estado de guerra.    Disse que o BR é o quarto maior exportador de armas leves do mundo.    Falou até em armas químicas que seriam feitas no Brasil.
     Reclamou da exorbitância dos juros no Brasil.   Disse que o capitalismo está com altos problemas aqui e no mundo.    O armamentismo crescente está nesse contexto.
     Voltando ao tema da mulher, ela disse que se as pessoas se fecharem em casinhas (grupos de ideias) e não interagirem com outros pontos de vista no tema, as coisas não avançam.   Se cria tirania.     Sugere diálogo inclusive em família.  Pais e filhos.
      A palavra que define o foco da luta dela no tema da mulher é a Feminística .  Seria um patamar diferenciado, não se fechar em nicho por grupos de ideias e estratégias. 
     Disse que a polícia ao tentar enfrentar a violência, olha tudo de quadradinho em quadradinho.  Não procura ver o cunjunto da obra.    A realidade social do meio.    O funcionamento da comunidade.  
     Ela é contra o uso de armas.   Tem que desarmar o povo.   Treinar pessoas em tiro achando que vai fazer defesa pessoal não é solução.
     Na visão dela mesmo as igrejas em geral estão aparelhadas politicamente o que seria ao seu ver, inadequado.
     Na militância dela pela paz, ela não tem ficado filiada a grupos até porque isto gera rótulos e estreita a visão.
     Destacou a importância da água na Sustentabilidade Econômico/Social/Ambiental do planeta. Até ela fez um paralelo com um slogan que a Globo vem fazendo do Agro.  Ela mudou para Água:  Água é tec / água é pop / água é tudo.     Todo alimento vai água, etc.
      Ela falou aproximadamente das 8 as 9.30 h e houve bastante perguntas que ela respondeu com muito boa vontade.           
    

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