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terça-feira, 24 de janeiro de 2023

CAP. 04/20 - fichamento - livro - COMO AS DEMOCRACIAS MORREM - Autores Professores de Harvard (USA) - STEVEN & DANIEL - Ed. 2018 e no BR em 2021

CAP 04

   Página 27 - A Venezuela antes de Chavez se vangloriava de ser a democracia mais estável da América do Sul, desde 1958.

     Chavez é eleito pelo voto popular em 1998.    ....    Nem todas as democracias cairam na mesma armadilha de apostarem em outsider, o que vem de fora.

     Hitler e Mussolini chegaram tentar antes no voto chegar ao poder, mas só chegaram quando os políticos tradicionais estavam sem forças e meios de debelar crises e apoiaram esse tipo de outsider para resolver a questão.   Desaguou em nazismo na Alemanha e fascismo na Itália.       

     Geralmente os partidos políticos tendem a filtrar para evitar aventureiros no embate eleitoral.    "Resumindo, os partidos políticos são os guardiões da democracia".   

     O líder húngaro Viktor Orbán começou como democrata liberal no final dos anos 80.   De 1998 a 2002 ele governou a Hungria democraticamente.  Depois desandou para a autocracia.   

     Sobre o tema da democracia, cita o Cientista Político alemão Juan Linz.   Foi professor em Yale, estudou como as democracias morrem e em 1978 publicou um destacado livro sobre o tema.   Ele criou uma "prova dos nove" para detectar líderes autocratas.   Já os autores deste livro que estou resenhando até com inspiração no trabalho de Linz, criaram quatro conjuntos de sinais.   Um político deve nos preocupar quando:  

      1) - rejeitam, em palavras ou ações, as regras democráticas do jogo;  

       2) - Negam a legitimidade dos oponentes; 

      3) -  toleram e encorajam a violência;  

     4) - dão indicação de disposição para restringir liberdades civis de oponentes, inclusive a mídia.

     Comumente os outsiders populistas caem nessas regras em parte ou no todo.      ...

     Página 32 -   ...."afirmando representar a voz do povo, tentam atropelar o sistema e as regras da democracia".     "Tendem a negar a legitimidade dos partidos estabelecidos, atacando-os como antidemocráticos e mesmo antipatrióticos".    

     "Prometem sepultar essa elite e devolver o poder ao povo".

     "Na América Latina, por exemplo, todos os quinze presidentes eleitos na Bolívia, Equador, Peru e Venezuela entre 1990 e 2012 eram outsiders populistas.   Alberto Fujimori (Peru), Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Lucio Gutierrez e Rafael Correa.   Todos os cinco acabaram enfraquecendo as instituições democráticas".

     Página 34 -  Os partidos devem erradicar de suas fileiras, extremistas.   Em 1933 uma liga da juventude na Suécia fazia parte de um partido.  Essa liga da juventude começou a radicalizar à direita e apoiar Hitler.  Foi podada pelo partido que em 1934 perdeu muitos eleitores mas não embarcou no nazismo.

     Partidos democráticos devem evitar aliança com pessoas que tem tendência a não respeitar a democracia.  

     "Por fim, sempre que extremistas emergem como sérios competidores eleitorais, os partidos predominantes devem forjar uma frente única para derrotá-los."    (O livro é de 2018.  Isto de certa forma ocorreu no Brasil na eleição no segundo turno em 2022).

     Quando há risco, uma das alternativas é a formação, como citado acima, de frente democrática contra o autocrata.

     Nos anos 30, a Bélgica se viu no risco de ter um presidente eleito com perfil alinhado ao nazismo.  Para debelar esse risco, fizeram uma coalizão entre parlamentares de partido Católico com partido Socialista.  Dessa forma, conseguiram adiar o avanço do nazismo por um tempo.   Depois em guerra o país foi invadido pelo nazismo alemão.

     Na Finlândia também nos anos 30 um movimento fascista causou momentos de agitação pública crescente e queria tomar o poder para colocar um perfil "apolítico" e "patriótico" no lugar da democracia.   Foram barrados.  

 

      continua no capítulo 05/20

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