capítulo 9/9 abril de 2025
Os filhos de Amedeo.
O filho Hugo Francisco Boggio fez Engenharia Agronômica na ESALQ USP Piracicaba (Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz). (Local onde fiz o mesmo
curso nos anos 70)
Item: O Cansaço começa
a incomodar
Amedeo já com mais de sessenta anos de idade já anda
cansado. Morar em São Paulo e viagens
frequentes para administrar suas propriedades distantes no Norte e Noroeste do
Paraná.
Em 1963, uma nova geada forte afeta os cafezais. Geada seguida de inverno seco e os incêndios
devastaram a região, inclusive os cafezais com folhas secas pela geada.
Mais adiante o autor cita que as estradas do Paraná
começaram a ser asfaltadas em maior intensidade a partir do governo Ney Braga
(1960-1964) e no governo seguinte de Paulo Pimentel (1964-1967). Este último nos tempos em que o Governo
Militar indicava os governadores.
O asfalto deu mais um alento ao povo das regiões Norte e
Noroeste do Paraná.
Capítulo – A fatalidade
A empresa aérea do Fontana, a Sadia, fazia voos regulares
para a região. Estava numa fase de ter
aviões novos de fabricação inglesa.
Aviões Dart-Herald, modelo HPR-7 com capacidade para 58 passageiros. A Sadia fazia voos diários entre
RJ-SP-Curitiba-Londrina-Maringá-PR.
Avião turbo-hélice com velocidade média de 435 km/hora.
Amedeu vinha ao Paraná nesse dia num avião da Sadia com
apenas dois anos de uso e 3.200 h de voo.
Tempo ruim chegando perto de Curitiba, região de montanhas da Serra do
Mar. Faltava 25 km apenas para chegar ao
aeroporto Afonso Pena e o avião acabou batendo numa montanha da Serra.
Dos 20 passageiros, só duas pessoas sobreviveram. Amedeo morreu nesse acidente em 1967.
Final – A fazenda de Amedeo em Maringá – PR é uma relíquia
Dos anos 50, resta em Maringá na Avenida Guaiapó a Capela de
Nossa Senhora Aparecida, da qual Amedeo ajudou com projeto e parte do material.
Ele tinha perto da zona urbana a fazenda Kaetê com a sede
preservada, construída em 1952. Tem
reserva de mata que ele deixou intocável.
O cuidado dele com a história sempre foi presente e ficou
material produzido por ele em anotações, filmes e fotos.
Quando o pai morreu (1967), o filho Hugo, Engenheiro
Agrônomo prestava serviço na Casa da Lavoura de Presidente Epitácio – SP. Deixou o emprego e veio cuidar da fazenda da
família.
Nessa fase a serraria da Familia Boggio em Umuarama PR já estava
em decadência inclusive por conta da pouca oferta de toras na região. Em 1971 encerrou as atividades da Serraria
Aratimbó e o terreno foi loteado por ficar em lugar valorizado dentro da
cidade.
O acidente que levou Hugo aos 39 de idade. Ele voava com o primo piloto num voo entre Mogi
Mirim e São Paulo. Era um voo de
retorno para casa em São Paulo e já era à noite, tempo chuvoso. O pequeno avião se choca em um edifício
perto do aeroporto no bairro Moema.
Já a Fazenda Kaetê em Maringá PR que tinha café, teve a
lavoura arrasada pela geada negra de 1975 e foi erradicada.
Tereza e Amedeo
Tereza, rodeada dos netos, veio a falecer aos 80 de idade em
1998. Relembrando, que Amedeo chegou
como imigrante no Norte do Paraná e foi um dos pioneiros em Londrina, quando
esta tinha apenas 18 moradias. Isto em 1930.
Tem atualmente rua em Maringá em homenagem a Amedeo Boggio,
assim como há em Umuarama PR também.
Finalmente destaco que o livro contém vários (9) QRCode que
permite com celular captar as imagens de fotos e filmes curtos do acervo
coletado por Amedeo e que mantém originais no acervo da família.
O autor deste livro, o experiente jornalista Rogério Recco
cita 43 bibliografias consultadas, algumas das quais andei lendo anteriormente.
Agradeço aos que tem acompanhado esta e outras resenhas ou
fichamentos que tenho feito. resenhaorlando@gmail.com Curitiba PR