capítulo 6
“A comarca de Curitiba contava em 1813 com 36.104 habitantes”.
“Em 1838 ela se compunha de Curitiba, Guaratuba, Paranaguá,
Antonina, Vila Nova do Príncipe (Lapa) e Castro.” Mais para o interior, a oeste era tudo não
colonizado.
O povoado de Apiai (SP) no vale do Rio Ribeira era o mais
próximo da província de São Paulo em relação a Curitiba.
“Em 1818 a varíola devastou a região”. O autor cita estatísticas das pessoas e das
profissões da região na época. (páginas
75 a 77)
Ponta Grossa era um distrito de Castro (1820). Em Curitiba, as mesmas culturas como milho,
feijão, trigo, fumo etc.
Destaca na região a produção de mate “que constituiu
importante produto de exportação”.
Produção de lã de carneiros. Produzem cochonilhos para colocar em cima do
arreio para cavalgar. Vendiam muito na
região e em Sorocaba que era um grande entreposto de vendas de tropas.
Em 1820 já não se explorava mais ouro na região de
Curitiba.
Muitos homens brancos, altos ...”e eles não mostram o menor
sinal daquela bazófia que comumente torna insuportáveis os empregados e os
comerciantes da capital do Brasil”.
As mulheres... “elas
são menos arredias e sua conversa é agradável”
Os imigrantes europeus, não portugueses dão apelido injurioso
aos portugueses, chamando-os de emboabas.
Emboabas eram aves que tinham penas até nos pés. Os portugueses usavam botas de cano alto e polainas
e assim ganharam o apelido.
Pessegueiros abundantes porque em certo tempo o capitão mor
obrigou os agricultores a planta-los.
“Tirania do Coronel Diogo...” faz relato.
...”Passei nove dias em Curitiba”.
Índios coroados de Guarapuava. O termo coroado seria porque os índios com o
cabelo comprido enrolavam o mesmo de forma a ficar coroado.
Os índios faziam com o milho ou a mandioca, uma bebida
chamada cauim que era alcoólica e causava embriaguez.
Em Curitiba ficou hospedado pelo Sargento Mor José Carneiro.
Capítulo VII
Paranaguá – Descida da Serra do Mar
Logo após Curitiba no rumo da Serra, passa pela fazenda da
Borda do Campo. Esta foi dos Jesuitas e
era produtiva e lucrativa.
Depois que os Jesuítas foram expulsos do Brasil, a Coroa
passou a administrar a citada fazenda e então esta ficou mal cuidada e
deficitária.
...”São conhecidos o descaso e a má fé com que era administrado
o Brasil, sob o governo de Portugal, tudo o que se relacionava com o serviço público.”
Na época a distância de Curitiba a Paranaguá era pelas vias
de então, ao redor de 110 km.
Em Minas Gerais chamavam o mate de congonha. Em MG usavam uma planta local parecida com o
mate mas que era de outra espécie.
O pesquisador observou que por aqui o preparo do mate na
região era inferior ao sistema do Paraguai, sendo que neste o produto ficava
melhor.
Melhorado,
o mate era mais bem aceito em Buenos Aires e Montevideu.
Na página 91 desta edição, o autor explica em detalhe o
barbaquá que era uma estrutura de madeira para o sapeco do mate. Depois de exposta ao fogo, era socada para
virar pó.
Cita a região de Curitiba produzindo por ano 300.000 a 400.000
arrobas de mate. (uma arroba = 15 kg)
Relata no trecho da Serra, o majestoso Pico Marumbi.
O Bispo do Rio de Janeiro, José Caetano da Silva Coutinho. Este teve a ideia de conhecer a sua imensa
diocese. Para isso, teve que descer a
serra entre Curitiba e Paranaguá. Levavam
ele numa rede. Em certo ponto os
carregadores reclamaram de forma bruta, que o bispo era muito pesado. Este ficou muito aborrecido e mandou parar a
marcha, desceu da rede, pegou um bastão e apoiado nele desceu a Serra à pé.
Por várias ocasiões o pesquisador conversou com o Bispo
sobre as andanças de ambos por várias partes do Brasil.
Continua no capítulo 7/12
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